segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Descascando o Cebolo
Sábado passado fomos à Catedral da Luz. Isso mesmo: uns vão para as universidades de verão (curioso nome), outros caminham em passeata presidencial para o Leste, mas nós não fazemos por menos. Fomos pedir a bênção à Catedral e a solene pastoral só podia correr bem. Anoitecemos de júbilo. Idonea vero causa!
Ora na Catedral de todos nós, apesar do relvado apresentar estimáveis doses de cebolas & outros tubérculos menores, convém dizer que não houve cheiro algum a futebol e presume-se, mesmo assim, que ninguém chorou por isso. O que conta é lá ter estado, entre a nossa gente! E mesmo que as importações de cebolas argentinas pelos Andrades das Antas seja um verdadeiro cebolório – o caso de Lucho Gonzalez e o rapaz Lisandro revelaram mesmo pouco tango -, aquele cebolo do Rodriguez, made in Uruguai, anteriormente player do Glorioso e que, na época, era "bom de briga" [brasileirismo, evidentemente], como se viu, foi bem lavado com a pele que apresentava no momento. Pouco desenvolvido e sem flor de cheiro, ainda assim mostrou que quem arriba ao quintal das Antas alcança maquinalmente a figura de um inabalável caceteiro. Na Luz tal tumulto nunca se lhe viu. Nem seria desejável!
No resto, evitando falar nessa ideia pouco doutrinal de entregar o meio-campo ofensivo ao rapaz Carlos Martins e continuar - com tenacidade diga-se – a manter o Katso na defesa, o nosso Glorioso está como está: falta-lhe a espada de conquistador. Por sua vez, os Andrades, sem um tal Paulo Assunção, foram simplesmente incompetentes. Em vantagem numérica, curiosamente desarrumados, com um guarda-redes me(r)droso e sem atacantes lúcidos, mostraram temor, muito temor. Até o inefável Bruno Prata – jornaleiro com assento na bacia das Antas - o compreendeu. Coisa que o dito cujo prof. Jesualdo não assina. Manias!