domingo, 2 de março de 2008


Typos Lvsitanus: o chefe par(a)lamentar

Arrasta consigo uma freguesia ardente, amanuense ou não, ainda dos bons tempos do Quartier Latin à Porta Férrea (Coimbra me mata!). As alegres criaturas que lhe cobiçam o lugar (olhem o sr. Vitalino Canas a sorrir), invejam-lhe a barba, a pose, a voz e as medalhas. Porém, a historiografia é o seu infortúnio. É que noutros tempos, o chefe par(a)lamentar fez brejeirices anti-fascistas com os camaradas de luta. A ocasião era, evidentemente, dos românticos. E, o nosso typo par(a)lamentar deixou de praticar há anos, quando contraiu a doença da maturidade. Traz atestados de bom porte democrático e distribui-os diariamente aos indígenas. Quer homenagem! Um pedestal no Largo do Rato e estátua na aldeia que o viu nascer. Confuso, admira-se por os seus exercícios venatórios da mocidade lhe caírem aos pedaços entre os amigos, conhecidos, simples cidadãos. Há coisas que não se esquecem! Tomem nota.

Ontem, durante o debate par(a)lamentar, o chefe par(a)lamentar vestiu a sua bela farda de chefe par(a)lamentar para interpelar o senhor Presidente do Conselho de Ministros, sugerindo que sua Excelência enchesse a boca de promessas de obras públicas indígenas. O engenheiro, nada mouco, após considerar que estava perante uma sábia pergunta, não se fez rogado. E zás, perfumou a paróquia de estradas macadamizadas, avenidas à beira-mar, autoroutes ligeiras, trens de aluguer. Tudo isso acompanhado pelo olhar de rara cobiça do sr. Mário Lino.

Eis como está a garagem política nativa. Um must!