segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007


Leilão da Biblioteca de Diogo e José Bayolo Pacheco de Amorim – II sessão

Hoje pelas 21 horas decorre o segundo dia do Leilão da Biblioteca dos Professores Doutores Diogo e José Bayolo Pacheco de Amorim, que está a ser organizado pela livraria de Luís Burnay, conforme aqui dissemos.

Algumas referências: Iardim da Sagrada Escriptura ..., de Fr. Cristóvão de Lisboa, 1653 / Livro de Marinharia. Tratado de Agulha de Marear de João Lisboa, 1956 / Chronica del rey D. Pedro I, ..., de Fernão Lopes, 1760 (2ª ed.) / O Veo levantado, ou o Maçonismo desmascarado; ..., anónimo [José Agostinho de Macedo], 1822 / O Segredo Revelado ou a Manifestação do Systema dos Pedreiros Livres, ..., de José Agostinho de Macedo, 1809 / Príncipes d'Économie Politique ..., por T.R. Malthus, Paris, 1820 (1ª ed. francesa) / [Ms] Livro de Horas. Igreja católica. Liturgia e Ritual, sec. XV / Manvale Secvndvm. Ordinen almae Bracarensis Ecclesiae, 1562 (of. António Mariz) / Poblacion General de España ..., de Rodrigo Mendez de Silva, Madrid, 1675 / Dicionário Geographico das Províncias e possessões portuguezas no Ultramar, ..., por José Maria de Souza Monteiro

terça-feira, 11 de dezembro de 2007


Hoje - Leilão da Biblioteca de Diogo e José Bayolo Pacheco de Amorim

Vai hoje e amanhã a leilão – Hotel Roma (sala Veneza) pelas 21 horas - alguns livros antigos e manuscritos da Biblioteca dos Professores Doutores Diogo e José Bayolo Pacheco de Amorim, organizado pelo livreiro-antiquário Luís Burnay.

A magnífica e valiosa biblioteca, com importantes e raras peças setecentistas e oitocentistas, de um classicismo invejável, a par de um precioso lote de manuscritos do século XV a XVII, é absolutamente notável. Daremos conta das peças a leilão para o dia de amanhã (12 de Dezembro)

Um leilão notável e a não perder.

Leilão – Pintura Moderna e Contemporânea

No próximo dia 13 de Dezembro (21.30h) na rua de Santo António à Estrela, 31B (Lisboa) vai decorrer um Leilão de Pintura Moderna e Contemporânea, a cargo da Leiria e Nascimento. Apresenta quadros de Álvaro Lapa, Antoni Tapiés, António Martinez, António Saura, António Soares, Artur Bual, Artur Loureiro, Artur Varela, Augusto Barros, Cândido Costa Pinto, Carlos Botelho, Cesariny de Vasconcelos, Costa Camelo, Domingos Pinho, Domingos Rego, Guilherme Parente, Henrique Tavares, Isabel Laginhas, J. J. Ramos, Jorge Barradas, José de Guimarães, Júlio Pomar, Júlio Resende, Leonel Moura, Luis Neuparth, Maria Fernanda Amado, Manuel Gregório Pereira, Mónica Morais, Noronha da Costa, Onik Sahakian, Rocha Pinto, Stuart Carvalhais, Vieira da Silva, entre outros.

O Catálogo ser consultado on line.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007


Noite Marinheira

"A ternura é húmida" [Raul Brandão]

Afonso Duarte disse num poema:"vive-se de olhar uma flor/contar-lhe as pétalas". Estamos exaustos dessa preguiça demorada. Que o amor não me engana. Viemos compor a seiva da língua, (des)prender a manta, embaraçar o silêncio e voltamos de novo.

"Muito à flor das águas
Noite marinheira
Vem devagarinho
Para a minha beira
"

Para quem levanta a cabeça, sem esquecimento. Para quem demora o olhar, pelo mar fora. Para quem o segredo morre sem grito ... nesta noite marinheira vos damos

Frei Fado d'El Rei - Que o amor não me engana


Boa Noite!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007


Catálogo da Livraria Manuel Ferreira

Saiu o LXXXVI Catálogo de Livros raros e Esgotados da Livraria Manuel Ferreira (Rua Dr. Alves da Veiga, 89, Porto). Peças estimadas e curiosas, edições quinhentistas, manuscritos setecentistas, raros folhetos, alvarás, peças curiosas e invulgares sobre Tabacos e Vinhos, colecção dos Inventários Artísticos de Portugal, Monografias, História, Teatro, etc.

Algumas referências: D. AVRELII AVGVSTINI HIPPONENSIS EPISCOPI ..., de Santo Agostinho, 1546 / Dicionário de citações, de A. Tenório de Albuquerque, Rio Janeiro, 1957-1960, VIII vols / Conjunto curioso de Alvarás setecentistas / Conjunto estimado de Manuscritos [Documento históricos sobre o Brasil assinados pelo Marquês de Pombal; Bulas e Graças Concedidas à Ordem de S. Jerónimo / Imposto do Subsidio Literário em Viana do Castelo / ...] / Homens de Outros Tempos, por J. M. Teixeira de Carvalho, 1924 / Guignol's Band, de Celine, 1944 / Congresso Internacional de História dos Descobrimentos. Actas, Lisboa, 1961, VII tomos / Chroniques Chevaleresques de L’Éspagne et du Portugal ..., de Ferdinand Denis, 1839, II vols / Os Primórdios da Maçonaria em Portugal, de Silva Dias, 1986, II vols em 4 tomos / A Capella de Santo Abdão na Correlhã (Ponte de Lima), de Luís de Figueiredo Guerra, 1924 / História da Literatura Portuguesa Ilustrada, dir. Forjaz de Sampaio, 1929-42, IV vols / O Estado e a Revolução do Direito, por Campos Lima, 1914 / Pólvoras. Explosivos Modernos e suas Aplicações, de Luís Mardel, 1893-96, II vols / D. Carlos. História do seu Reinado, de Rocha Martins, s.d. / Reflexões sobre o Pauperismo ou as Classes Indigentes da Sociedade, por José Borges Pacheco Pereira, Braga, 1857 / O Algarve (Notas Impressionistas), por Júlio Lourenço Pinto, 1894 / Obras de Eça de Queiroz (ed. do Centenário), Lello & Irmão, 1946-48, XV vols / A Velha Casa, por José Régio, 1945-73, VI vols / O Século. Número Extraordinário Comemorativo do Duplo Centenário da Fundação e Restauração de Portugal, Lisboa, 1940

And Now Something Different

"Dê um coice no mundo e passará a viver com ele no melhor dos entendimentos" [Swift]

Há governos maus, outros demasiado infames. Uns são seriamente decadentes, outros piedosamente manipuladores. Há governos com o vício do disparate, outros são calamitosos de tanta soberba. Alguns não caem nas boas graças dos indígenas, outros ficam nas mãos dos lacaios partidários. Há governos curiosamente fanáticos, outros nem vergonha têm de esconder esse luxo, da idiotia nativa. Uns são incompetentes por nada fazerem, outros ineptos por tudo controlarem. Há governos laboriosamente reaccionários, outros usam cínicas terapias reaccionárias para enganarem e dominarem. Alguns zelam pouco pelo Estado, outros vivem a obrar virtuosas bravatas sobre o Estado. Há governos que têm a inocente arte de cair no espectáculo da política, outros vivem para ilusão e para elogio do seu próprio espectáculo. Alguns são trapalhões, outros pastam numa trapalhada de doutas opiniões. Mas todos bem animados e sempre, como sabem dizer, a Bem na Nação. Foi sempre assim, sempre assim será. O velho Botas de S. Comba deixou-nos bons e curiosos herdeiros. Sem nenhuma dúvida.

O que há de novo no governo doméstico do sr. Sócrates & Cia, e que não ensombra ou atropela as historietas de antanho, é que todo esse novo cobertor - da destruição organizada, da incompetência generalizada, da admoestação pífia, da arrogância funcional, da ameaça e humilhação, da submissão abjecta -, virtuosamente puxado por um grupelho de falsários "reformadores", consegue tudo isso ao mesmo tempo. As últimas semanas revelaram, ainda mais, a esquizofrenia dessa emproada gente e o fantástico espírito com que governam a paróquia. E a miséria moral do país e de todos nós.

Idiotia & Felicidade

"Como pode ser-se idiota e, ao mesmo tempo, feliz (...)

Pois explico já. A idiotia e a felicidade são ideias muito vagas, difíceis de cingir em conceitos de circulação universal, digamos. Mas, pensando melhor, acho que certa idiotia é susceptível de conferir ao idiota seu proprietário (ou seu prisioneiro) uma espécie de segurança em si própria que o levará, em determinados momentos, julgo eu, a uma beatitude muito próxima do que se pode chamar estado de felicidade (...)

Não se espante, por conseguinte, o leitor de que um qualquer idiota possa, ao mesmo tempo, ser feliz. É, até, assaz corrente. Há idiotas que se consideram inteligentíssimos, o que é uma forma muito comum de idiotia, e extraem dessa certeza alguma felicidade, aquela maneira de felicidade que consiste em uma pessoa se julgar muito superior à que a rodeiam (...)

Os idiotas, de modo geral, não fazem um mal por aí além, mas, se detêm poder e chegam a ser felizes em demasia podem tornar-se perigosos. É que um idiota, ainda por cima feliz, ainda por cima com poder, é, quase sempre, um perigo ..."

[Alexandre O'Neill, Idiotia & Felicidade, in "Uma Coisa em Forma de Assim", 1985 - sublinhados nossos]