segunda-feira, 19 de março de 2007


Os miúdos de Paulo Portas

Não tendo especial vocação para qualquer postura democrática construtiva, tal a má-língua com que nos habituou, Paulo Portas aconselha os meninos perdidos do PP, por ora travestidos de liberais, a espectáculos insolentes e repugnantes, como aquele que se passou no Conselho Nacional do PP. O construído jurídico nada diz a esta marujada liberal-portista. Fica, apenas, aquela dica (via SIC) da putativa conselheira a clamar higienicamente contra "os filhos-da-puta" (espécie de vocábulo simbólico entre a garotada portista), enorme confusão entre carroceiros desvairados e o edifício intelectual de um partido a cair no anedotário indígena. O ar saloio de Pires de Lima, Telmo Correia e, especialmente, as ameaças do poltrão Hélder do Amaral, dizem tudo. Betinhos, a brincar a gente séria. Os garotos seguidores (que os há) do velho Botas de S. Comba, não fariam exercício cívico melhor.

A puberdade (sabe-se) é bem curiosa, mas não explica tudo o que se passou em Óbidos. Os miúdos do PP, muito grosseiros no trato e torpes de inteligência, revelam rancor e desprezo (total) pela vida democrática. Cerram fileiras em torno da figura abjecta e enlameada do dr. Portas. E tudo vale, nesse desvario mental. Estão no seu direito, mesmo se o balneário do PP se torne num espaço público devassado. A estrumeira pública com que nos brindaram este fim-de-semana estava escrita. A paródia começou, antes mesmo do camarada Vasco nos reportar, postumamente, a delinquência havida.

Uma palavra para Maria José Nogueira Pinto. A dra Nogueira Pinto nunca pode ser incomodada pelas flatulências daquela gentalha. Se existe alguém que dá credibilidade (pouca que seja, é certo) ao PP, é ela mesmo. Pode Paulo Portas, com a maior da naturalidade, tomar de assalto o PP, que nunca passará de um bobo obsceno. Ele e a sua insolente tropa de choque. A vida o provará.