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"Quando eu morrer voltarei para buscar os instantes que não vivi junto do mar" [Sophia Mello Breyner, dito por Maria Bethãnia, in Canto de Oxum, Mar de Sophia]
Bethânia concebe o mar, essas "águas do meu querer ... beijando a areia", o chorado de azul, e, por isso, canta o seu feitiço, a sua benção, canta a Rainha do Mar, Nossa Senhora ou Iemanjá. Porque "dentro do mar tem rio", como Sophia Mello Breyner diria. Esse mar é sempre desejo, paixão, desamor, "águas salgadas mansas", felicidade nos "longes" por onde nos perdemos. As nossas praias desertas ou "felicidade a dois". Que pode ser no Sertão em sambas de roda ou no mar da Bahia de Todos os Santos, ou Kirimurê, que o "mundo é grande e cabe na cama, no colchão de amar e na janela sobre o mar". Memórias do mar ou voltas que o mundo dá.
Dois álbuns, Mar de Sophia e Pirata - ambos de Maria Bethânia - para vadiar, navegar, chorar e "respirar". Assim, para decorar a alma de ledores em pecado de vontade, para moças lindas "com esperança de casar", para paraíso nosso e vosso, eis
Maria Bethânia - Debaixo d'Água Castpost
e para marinheiros abandonados, deuses do mar suspirados no berço do oceano ... temos para ouvir
Maria Bethânia - Marinheiro Só (O Marujo Português) Castpost
Boa noute!