quarta-feira, 22 de fevereiro de 2006


Arthur Schopenhauer [n. 22 Fevereiro 1788 - 1860]

"Os alemães distinguem-se das outras nações pela sua negligência de estilo, do mesmo modo que no vestuário, e o carácter nacional é que é responsável por essa dupla desordem. Do mesmo modo que um trajo abandonado revela o pouco apreço que se dá à sociedade que se frequenta, assim um mau estilo, desleixado, mostra um desprezo ofensivo pelo leitor, que se vinga com todo o direito não os lendo. O que é sobretudo picante é ver os críticos julgar as obras alheias no seu estilo desmanchado de escritores pagos. Isto produz o efeito de um juiz que estivesse no tribunal com robe de chambre e chinelos" [Schopenhauer, in Amor, Mulheres e Casamento]

"O exagero em todo o género é tão essencial ao jornalismo como à arte dramática: porque se trata de tirar de cada acontecimento o maior partido possível. Assim todos os jornalistas são alarmistas de profissão: é o seu modo de se tornarem interessantes. Por isto assemelham-se aos cães de guarda, os quais, logo que se faz o menor movimento, ladram que parece vir tudo a baixo. Deve-se regular por aqui a atenção que convém prestar ao seu apito de alarme, afim de que eles nos não perturbem a digestão" [idem, ibidem]

"A vida do homem oscila, como um pêndulo, entre a dor e o tédio; tais são na realidade os seus dois últimos elementos. Os homens exprimiram isto de uma estranha maneira; depois de terem feito do inferno o lugar de todos os tormentos e de todos os sofrimentos, o que ficou para o céu? Justamente o tédio" [idem, ibidem]

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