quinta-feira, 30 de junho de 2005
UMA CAMPANHA ALEGRE
O País está uma choldra. O espectáculo é deprimente. Cheia de graça a equipa dos anotadores dos crentes grava por toda a fazenda a salvação & a virtude da santidade do défice minguado. As aparências de tão nobre programação, em nome da rosa, não são amortecidas pelos indígenas, que jazem enfastiados por tão elevado quanto repetitivo tributo pátrio. O sono da indiferença & da morte arrastada, por tão abundantes promessas regeneradoras, é um acto patriótico. Contra a sanha feroz da turba costumeira dos amigos Socráticos todas as suspeitas são legítimas. A tolerância tem limites. A sem vergonha, que aparece em altos brados, presume-se que ainda não. Sempre assim foi. "Todos iguais, irmãos em tudo". O que seria a Nação sem tais sujeitos?
Para que à sombra dos seus abrigos cada um se recoste em doce prelecção, dali, da pedra esquerda adoptiva, lhes enviamos, neste rigor de estação política, o sempre estimável Eça de Queirós em "Estudo Social de Portugal em 1871". Que vos faça bom proveito!