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* Curiosa separata da "Nação Portuguesa", tomo I, série V, intitulada "Investigação Sobre Combatentes d'Ourique em Documentos Medievais", Lisboa, 1928, pelo Tenente-Coronel A. Botelho da Costa Veiga. O autor, a partir da "Memoria de Santa Cruz de Coimbra" onde se nomeavam os combatentes de Ourique (Fernando Mendes Bragança, Egas Moniz e seus dois filhos, Afonso ou Moço Viegas, Soeiro Viegas, Garcia Mendes, Lourenço (e Fernando) Mendes de Gundar, Gonçalo Mendes da Maia, Pêro Paes, Diogo Gonçalves, Godinho Fafes, Paio Guterres, Martim Anaya, Fuas Roupinho, Martim Moniz, Fernão Pires e Gonçalo Dias, entre os 21 indivíduos citados), procura a partir de referências várias a possibilidade desses combatentes terem ou não militado na "campanha de Julho-Agosto de 1139". É um conjunto estimado de referências que nos é sugerido, a partir de documentos medievais (e "fidedignos"), concluindo o autor da "admissibilidade da presença, na lide de Ourique, de 20 dos 21 personagens mencionados por Fr. António Brandão". Conclui o opúsculo com uma curiosíssima "Nota sobre cálculos estatégicos".
* O "Crime da Poça das Feiticeiras", que apaixonou o país [trata-se do drama do assassinato de João Alves Trindade, tendo recaído as culpas sobre o genro e na própria filha, nos tempos idos de 1925] aparece sob a pena de Álvaro de Magalhães (advogado), com a republicação de dois artigos anteriormente saídos no Diário de Lisboa (1939/1940) e um outro no Século (1932). É referido o pedido de revisão do processo, formulado pelos drs. Orlando Marçal e Alberto Pinheiro Torres. Na capa pode-se ler a afirmação de Vieira de Castro: "Das grades da cadeia é que se vê bem a lama que vai pela rua!". A juntar ao conjunto assinalável de livros e artigos saídos sobre o assunto.