sexta-feira, 25 de junho de 2004
Inglaterra ... já foste!
O amigo inglês caiu da vaidade fervorosa que os seus professavam e assistiu a um espectáculo assombroso de orgulho luso. Ignorando a grandeza dos nomes, desfilaram no inferno da Luz (onde podia ser!?) os intérpretes do nosso coração. A intensidade dramática da jogatina foi um cântico ao futebol. A emoção manteve-se até ao último minuto. Afinal não somos completamente desprovidos de humor. Só não entende estas trivialidades do futebol quem se refugia na comédia de ser intelectual. Convenhamos que o work ego, assim desenvolvido, deve ser fantástico. Mas não passam de um desmancha-prazeres. Caso para dizer: "Os zelantes têm vistas curtas, só pensam em curar. E se isso não convém à pessoa?"
Dos nossos jogadores, todos infinitamente belos e garbosos, assinaram a excepcionalidade os dois Ricardos (excelente luvada, Ricardo, aos críticos com pronúncia do Norte) e Maniche. Ah! E o golaço de Rui Costa, o tal velhinho que emociona os críticos de bancada, não pode ser esquecido. Nem esse poema-penalty marcado por Hélder Postiga. C'est futebol!