sexta-feira, 21 de novembro de 2003

HEINRICH VON KLEIST [1777-1811]



Heinrich von Kleist [1777-1811]

Morre a 21 de Novembro de 1811

"Um homem de trinta e dois anos, com cabeça uma cabeça redonda, vincado pela vida, sujeito a caprichos, bom como uma criança, pobre e altivo" [Brentano sobre Kleist, in Stefan Zweig, O Combate com o Demónio]

"Eu não posso estar alegre senão quando estou sozinho, porque só então me é permitido ser absolutamente verdadeiro" [Kleist, ibidem]

"Falta aos homens um meio de expressão. A palavra, o único meio de comunicação que nós conhecemos, não é suficiente. Não sabe pintar a alma, dá apenas retalhos dela. " [ibidem]

"Um homem livre que reflecte não fica onde o acaso o põe ... sente que se pode elevar acima do destino, e que pode até dirigi-lo, dentro do seu verdadeiro significado. E decide, de acordo com a sua razão, o que é para ele a felecidade suprema: estabelecer o seu plano de vida" [ibidem]

"Minha muito querida Ulrica:

O que te escrevo pode custar-te a vida, mas é preciso que o faça, é preciso, é preciso e eu faço-o. Reli a minha obra em Paris, ou pelo menos o que já tinha escrito, repudiei-a e queimei-a [trata-se de "Guiscard"]; agora tudo acabou. O céu recusa-me a glória, o maior dos bens da terra; como uma criança caprichosa, abandono-lhe todos os outros. Não posso mostrar-me digno da tua amizade e, no entanto, é-me impossível viver sem ela; refugio-me na morte. Não tenhas receio, alma sublime, morrerei a bela morte das batalhas ... vou alistar-me no exército francês e em breve o exercito vogará para Inglaterra; o fim de nós todos será o mar e embriaga-me a ideia desse explêndido e infinito tumulo" [ibidem]

"Fiz tudo quanto está no poder dum homem ... Tentei o impossível. Pus a minha última esperança num lance de dados. O dado decisivo rolou. Sou obrigado a compreender ... que perdi" [in Pentesileia, ibidem]