Sei onde o trigo ilumina a boca.
Invoco esta razão para me cobrir
Com o mais frágil manto do mar.
O sono é assim, permite ao corpo
Este abandono, ser no meio da terra
Essa alegria só prometida à água.
Digo que estive aqui, e vou agora
A caminho doutro sol mais branco.
20.2.79
[Eugénio de Andrade, in Loreto nº4, 1979]