quarta-feira, 18 de junho de 2003

PARA O ABRUPTO ...

Para o Abrupto, seguido de vénia:

«Já Voltaire disse um dia a Luís XV que um rei precisava de coleccionar qualquer coisa, como curiosidade e alegria do espírito. Parece que o filho do rei Sol lhe respondera.

“A única coisa que vale a pena coleccionar são mulheres. E mesmo isso tem mais de curiosidade do que de alegria”. Seja como for, todos nós coleccionamos qualquer coisa, mesmo sem dar por isso. (…) À parte a preocupação mundial de coleccionar selos e moedas, borboletas e caixas de fósforos, rótulos de hotel, bengalas e garrafas, existem alguns persistentes maduros que reuniram famosos agrupamentos de armas, espadas, azulejos, livros de memórias, baralhos de cartas, autógrafos, leques, caixas de rapé e até escovas de dentes célebres. Um amigo nosso, valenciano de alta categoria diplomática, possui um volumoso álbum de desenhos de touros, com especial particularidade de estes serem vistos e desenhados por toureiros. São, evidentemente, sanguíneas.»

[in, Corvos, Leitão de Barros e Abel Manta, Vol.II, E.N.P., s/d]