De novo V. Gallo. Regresso ao cinema com "Brown Bunny", que Vasco Câmara n'O Publico refere. Não conheço bem V.Gallo como actor ou realizador, mas a sua música (quantas semanas passei a ouvir When?) é uma admirável companhia. Irresistível, perturbador. Como afinal tudo o que faz ou nos diz, assim deste modo como nos confessa n'O Publico: «Numa provocação há sempre verdade. De facto nunca li um romance. Li partes de 'O Padrinho', na altura em que o filme saiu, mas deixei-o a meio. Vivi algum tempo com William S. Burroughs, mas nunca li nada dele, a não ser postais que me enviava. Nunca li um argumento, mas consigo estar horas a ouvir um realizador a contar-me a história do seu filme. A palavra escrita não me provoca emoção. Os meus pais não liam. A Bíblia lá de casa nunca foi lida. Só consigo ler livros técnicos, porque servem para concretizar algo ou melhorar a produtividade»
O culto de Vincent Gallo é grande. Como as suas metamorfoses no campo das artes em geral. Impossível resistir, experimentem.
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