segunda-feira, 16 de outubro de 2006



Eu sou
o mais boquiaberto
dos ministros

Estas finanças
doem
como um calo.

Estas finanças
devem ser um galo
cantando o ouro
que urinam
as crianças

Estas finanças
devem ser um falo
ubérrimo Brasil
de esquálidas
donzelas.

[Armando da Silva Carvalho, Cinco Almas Triviais, in Os Ovos d'Oiro, 1969]


... dizem - alguns indígenas - de Sócrates.

domingo, 15 de outubro de 2006


Revista Sema

Sema (Primavera de 1979 e Junho 1982), revista de muita memória, foi uma publicação trimestral de artes e letras, sob direcção de João Miguel Barros e Maria José Freitas, de que saíram 4 números. Todos de muita estimação.

"A divulgação, a critica, a polémica: sim, mesmo que façam ferida. Fundamentalmente, a intervenção no âmbito das letras e das artes. Numa palavra: da sensibilidade ..." [nº1]

Apresenta um rol notável de colaboradores [Al Berto, Álvaro Lapa, Almeida Faria, Ana Hatherly, António Areal, António Maria Lisboa, Carlos Eurico da Costa, Carlos Nejar, Cruzeiro Seixas, Melo e Castro, Eugénio de Andrade, Ernesto Sampaio, Fernando Martinho, Helder Moura Pereira, João Miguel Fernandes Jorge, Jorge de Sena, José Augusto França, José Bento, Jorge Fallorca, Luís Miguel Nava, Manuel Hermínio Monteiro, Maria Estela Guedes, Mário Henrique-Leiria, Nuno Júdice, Pedro Oom, Philip Larkin, Raul Carvalho, Vítor Silva Tavares ... entre muitos]. Referência em especial ao nº1 (Sobre as Vanguardas, dossier Surrealismo em Portugal), nº2 (Cultura e Contracultura), nº3 (Revistas Literárias) e nº 4 (As Perspectivas Actuais da Cultura Portuguesa).

TEATRO DOS ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA


TEUC - Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra

A Ilha dos Escravos (Marivaux): encenação de Luís de Lima, Coimbra, 1969

"Rio-me das regras e não vejo nisso grande mal; o nosso espírito não merece, muitas vezes, que lhe prestemos tanta atenção" [Marivaux]

quinta-feira, 12 de outubro de 2006


O sindicalista

João Proença, o sindicalista que foi possuído pelo amor aos trabalhadores, vive eternamente alapado às saias do poder político. Nada o demove dessa superior monomania, que de tão graciosa e visionária o transformou no ungido do bric-a-brac governamental. João Proença, o sindicalista que congelou a ho(n)ra operária, ass(ass)ina tudo de cruz. Não precisa de ler, de sentir, de reflectir, de fazer contas. Abaliza tudo de rajada. Ontem, hoje e amanhã, eis João Proença, o sindicalista das lamentações sindicais. Aquele que não tem alma nem vida própria. Aquele que carrega sempre a caneta para os benignos acordos da "concertação social" e que, no fim, morre sempre, com gosto, às mãos dos seus putativos inimigos. Como um herói de um filme negro, o sindicalista da UGT, prenhe de glamour e um sorriso perpetuamente triunfal, sempre a despontar por debaixo da sua fornecida testa sindical, declara servir "a classe". Esforçadamente! Com zelo de antigo cliente. Daí o tamanho do sorriso conceptual que exibe. Os óculos espirituais que ostenta são, inteligentemente, para despistar o patronato. Há ali folgados exercícios venatórios. Tudo puro intelecto.

Sem estranheza alguma viu-se, o João, assinando "acordos históricos", com o bom do eng. Guterres. Aqueles que garantiam a "sustentabilidade financeira da Segurança Social até ao final do século XXI". E Paulo Pedroso, a pensar no prefácio ao livro de René Passet, "Ilusão Neoliberal" (ed. Terramar), abonava, então, que era "uma reforma que visa melhor protecção social, com um futuro mais sólido, garantido nas condições económicas e sociais previsíveis pelo horizonte de um século e com uma situação positiva de pelo menos 40 anos". Os indígenas choraram de comoção. Desde os tempos imemoráveis em que o glorioso Benfica foi campeão europeu, nunca se tinha visto tamanha euforia.

Há poucos dias, agora com o compadre Sócrates pela mão, o mesmo João presenteou a canalha lusa com novos acordos de sustentabilidade da Segurança Social. Tudo envolto nas encomiásticas frases costumeiras. José Manuel Fernandes, intimo do poder, aplaudiu. Van Zeller marcou almoço no Tavares. E o próprio Medina Carreira pavoneou, imediatamente, dois papers curvados de números e forneceu um triste obituário ao jornal Público. A bravata do João, não poderia ser melhor. Que venha à próxima! Viva o sindicalismo!


"O trabalho não é apenas para produzir obras, é para dar valor ao tempo" [Delacroix]

quarta-feira, 11 de outubro de 2006


"O vinho foi definido como o cavalo do poeta. E efectivamente não se pode negar que na sela desse cavalo, o poeta, se não vai devagar, pelo menos vai longe" [E. de Amicis]

"Eu fui à Serra da Gralheira,
À vindima de meu pai;
O pão lá vai na cesta,
O vinho na cabeça vai!
"

"Melhor que a mulher é o vinho,
Que faz esquecer a mulher;
Que faz dum amor mais velhinho,
Ressurgir novo prazer!"

"Três inimigos tem o segredo: Baco, Vénus e o interesse; o primeiro descobre, o segundo vende, o terceiro arrasta"

"A mulher, o estudo, a experiência e o vinho mudam a natureza do homem"

"Com a vinha, em Outubro, come a cabra, engorda o boi e ganha o dono"

... À saúde dos presentes & ausentes. Boa ceia!

Vindima & lagarada

"De aí a nada, arregaçados, os homens iam esmagando os cachos, num movimento onde havia qualquer coisa de coito, de quente e sensual violação. Doirados, negros, roxos, amarelos, azuis, os bagos eram acenos de olhos lascivos numa cama de amor. E como falos gigantescos, as pernas dos pisadores rasgavam máscula e carinhosamente a virgindade túmida e feminina das uvas. A principio, a pele branca das coxas, lisa e morna, deixava escorrer os salpicos do rosto sem se tingir, Mas com a continuação ia tomando a cor do moreto, do sousão, da tinta carvalha, da touriga, do moscatel, do bastardo, do alvarelhão, da farinhata, da mourisca, conforme as castas ..."

[Miguel Torga, citado por J. Duarte Amaral, in O Grande Livro do Vinho]

Nós hoje acordámos assim ...

"O cortimento uns o fazem desengaçando as uvas, cortindo somente com a baganha. Não tenho isto por desacertado, ainda que custe mais trabalho: a razão é porque, se fazem o cortimento com o engaço, este põe travo o vinho"

[Vicencio Alarte (aliás Silvestre Gomes de Moraes), in "Agricultura das Vinhas", 1712 (aliás, in O Desengace e suas vantagens na vinificação, de Duarte de Oliveira, 1911)]

terça-feira, 10 de outubro de 2006


A Reorganização do PRP no Algarve

Na revista História, do passado mês de Setembro, Artur Barracosa Mendonça apresenta um texto curioso, que é um contributo importante para o estudo e reflexão sobre as "elites algarvias", ligadas ao Partido Republicano, nos tempos idos de 1906. A reunião dos republicanos algarvios, em Portimão, em Junho de 1906, considera o autor, foi "um marco na reorganização do PRP no Algarve", em crise até essa data. Refere que os republicanos, até então, tinham apenas o jornal "O Futuro" (Olhão) como veículo de agitação contra o "regime monárquico". Diz-nos, mesmo assim, que desde o seu início o PRP sempre manteve nas suas fileiras importantes personalidades naturais do Algarve, entre as quais cita: João Bonança, José Manuel Martins Contreiras, José Francisco Azevedo e Silva, José Benevides, José Veríssimo de Almeida (pres. eleito da Câmara Municipal de Lisboa), Tomás Cabreira (deputado, ainda na monarquia) e José Estêvão e Vasconcelos (médico em Vila Real de Santo António, deputado eleito pelo circulo de Setúbal em 1908 e, mais tarde, ministro da I República). Tal peso significa, de facto, que "algumas personalidades da elite cultural e política regional aderiram aos objectivos do republicanismo".

Aponta, ainda, os elementos "mais destacados" na referida reunião de reorganização do PRP, entre os quais: Ernesto Augusto Cabrita e Silva (médico em Portimão), António Fernando Pires Padinha (médico em Tavira), Silvestre Falcão (médico em Tavira), Francisco Marques da Luz (comerciante de Portimão), Joaquim Eugénio Júdice (proprietário em Lagoa), Jacques Pessoa (agrónomo em Olhão e Tavira), Zacarias José Guerreiro (comerciante e industrial em Faro e Tavira) e António Vaz Mascarenhas Júnior (proprietário e industrial de cortiça em S. Bartolomeu de Messines). Refere o impacto dessa reunião na imprensa da época, analisando todo o desenvolvimento dessa actividade e sua posterior implantação na região. A consultar.


Arrumações & encantos muitos - Colecção Argonauta

domingo, 8 de outubro de 2006


State of Denial - o livro de Bob Woodward

Depois da devassa sobre o escândalo Watergate (que levou à queda de Nixon), eis de novo Bob Woodward a revelar outros recentes embustes do poder político e as mesmíssimas patranhas da governação, registando o estado mental de toda esta gentalha e a loucura que há nisto tudo. No seu último livro, State of Denial, conta todas as peripécias que envolveram a decisão da administração criminosa de George Bush na, miserável, invasão do Iraque.

Do que se sabe, pelos jornais e via TV, (não) espanta o desmedido poder que tem Donald Rumsfeld (um psicopata perigoso, como outros neocons), o papel de virgem louca da sra. Rice, o cântico trapaceiro de Dick Cheney, a reaparição de Kissinger regressado do além-Vietname (ainda cravado na sua insana memória), as desavenças mantidas na administração com Colin Powell e reforça-se a ideia, tão vulgarizada, da fragilidade e senilidade mental do presidente G. Bush.

Locais: Anderson Cooper 360 Degrees [CNN] / Bob Woodward: Bush in State of Denial / Bob Woodward: Bush Misleads On Iraq [CBS] / Bob Woodward finally emerges from 'State of Denial' / Condi Rice vs. Bob Woodward: Let the Battle Begin / Did Bush Administration Bamboozle Media?; Coverage of Bob Woodward's Book [CNN] / Falling on His Sword [Washington Post] / Newsweek Editor: Bush Administration 'Incompetent' And Needs to be Held Accountable / Public Confidence, Private Doubts [Washington Post] / Secret Reports Dispute White House Optimism [Washington Post] / 'State of Denial' [Newsweek] / 'The Essence of Tragedy' [Newsweek] / White House in crisis over 'Iraq lies' claims [Guardian] / Woodward and You State of Denial A reader's Guide to State of Denial [Slate]

Videos: Charlie Rose - An Hour with Bob Woodward [via Google] / State of Denial: Bob Woodward on Meet The Press [via You Tube]

sábado, 7 de outubro de 2006


Luuanda, José Luandino Vieira & a PIDE

"Quando escrevi Luuanda eu estava preso, em 1961/62. (...) A minha mulher, Linda, a quem o livro é dedicado, dactilografou e mostrou a um amigo que era jornalista no ABC, que era o jornal dos democratas liberais portugueses. O Alfredo Bobela Motta, angolano, escritor e nosso amigo era, na época, 1963, chefe de redacção. E decidiu logo que se devia avançar e fazer o livro. O livro foi então composto na tipografia do jornal. E o tipógrafo tirou logo provas que depois circularam nos musseques de Luanda. Esta foi a edição que veio para Portugal para o concurso da Sociedade Portuguesa de Escritores. Noutra edição do Luuanda é que o título está a vermelho. A edição "brasileira". Essa é uma história incrível. A indicação é que se trata de uma edição feita em Belo Horizonte, mas a realidade é que essa edição foi feita à minha revelia, por dois agentes da PIDE, em Portugal, na tipografia Pax, penso eu. Com todo aquele escândalo, que envolveu a destruição da Sociedade Portuguesa de Escritores, o livro tornou-se muito procurado. Esses dois agentes fizeram o livro, em Braga, distribuíram e ganharam um bom dinheiro com aquilo. O meu advogado quis logo meter um processo em tribunal e isso deu uma outra história incrível. Resumindo, perdi o processo, porque não se conseguiu provar nada - embora tudo fosse evidente até pelo tipo de papel era fácil identificar a tipografia - e ainda tive de pagar as custas do processo ..."

[Rita Chaves, in Agência Carta Maior]

Mário Cesariny de Vasconcelos - entrevista ao semanário Sol

"... na primeira exposição que fizemos, em 1949, resolvemos fazer uma noite dos poetas, num aposento muito engraçado, todo forrado com figuras, que era da Pathé-Baby, ali ao pé da Sé Catedral. Lemos poemas do Victor Brauner, do André Breton, do Antonin Artaud e alguns nossos. Com uma certa encenação. Estilhaçámos uma data de vidros no chão e deitamos tinta. Mas a encenação, grande ou pequena, era só para nós, porque não foi lá ninguém, nem nós queríamos que fosse. Fechámos a porta à chave. E assim continuámos. A imprensa de Lisboa não dedicou uma linha à nossa exposição, mas a do António Pedro e do então Grupo Surrealista de Lisboa causou um escarcéu desgraçado. O António Pedro tinha muitos conhecimentos, assustava muita gente, nós não assustávamos ninguém ...

Nos fizemos uma revolução. Mas acho que implodimos, não explodimos. E andámos a sempre clandestinos por aí. Clandestinos no sentido lato: fazer uma coisa num sítio e desaparecer; depois aparecer noutro e desaparecer ... Até que houve as célebres sessões na Casa do Alentejo, em que fomos dizer ao povo o que era o surrealismo. E o que era o surrealismo? Éramos nós [risos]. Lemos textos, poemas, e uma declaração chamada Afixação Proibida. A assistência gostou muito (...)"

[a não perder - in revista Tabu, jornal Sol, 7/10/2006]

sexta-feira, 6 de outubro de 2006


Em nome da rosa

Bastava assistir ao alinhamento do jornal da noite de ontem (5 de Outubro) da RTP, estação pública, para entender, definitivamente, como as produções Sócrates & Silva Pereira anestesiam bem os indígenas lusos. Qual comemoração do 5 de Outubro, qual discurso do senhor Presidente da República, qu'é qu'é isso de manifestações contra o bom governo da Nação!? Podia lá ser!? Não era, jamais existiu, nunca haverá. Os homens da rosa da RTP, punho a meia haste e lágrima ao canto do olho, consideraram o discurso do dr. Cavaco (apenas um dos mais exemplares da sua vida) uma ebulição mental do chefe de Estado e a manifestação dos professores (cambada de malandros e iletrados, a passear na avenida, como todos os dias ... já se ouve, ao longe, a voz do inenarrável Jorge Pedreira) como picaresca e indigesta para o jantar.

O obsceno daqueles curiosos jornalistas-voyers da RTP, que num devaneio intelectual capricharam em nos dar 15 minutos de abertura noticiosa sobre um caso de instabilidade emocional e com um senhor dos GOE a explicar, delicadamente nos estúdios, o que se faz contra sequestros, é inolvidável. A RTP, qual governo rosa, anda muito cediça. E provocadora. Mas será bom que tenham atenção à plateia. Há encomendas que se pagam caro ...

Tunhas ... o operário em construção

"... Consequência maior do processo diluidor que a revolução é, a anulação da falsa dualidade entre produção artística e o meio social que intimamente a origina, estabelece, à margem de si, a metáfora de uma outra realidade própria do sistema, que lhe cabe aniquilar: a separação entre a vida privada e a vida em sociedade, permanecendo, representa o prolongar da ordem capitalista.

Inverter dialecticamente a cultura dominante, conjurar o seu fim, acabar definitivamente com esta excrescência mercantilista, é a tarefa de todos aqueles, para quem o desejo da revolução é a expressão individual da revolução proletária"

[Paulo Jorge Tunhas, Dezembro 1976, Caderno Arco Iris]

A arte de escrever ao povo

O direktör do Público expõe, em editorialho último, a sua imensa dor de persistir na sociedade portuguesa (actual & letrada) aquilo que considera ser "uma perniciosa tendência para resolver discussões complexas recorrendo a simplificações grosseiras" e "à demagogia simples". Na sua prosa "Debates Complexos", tenta persuadir os leitores, através da sua costumeira technê bem ornada, que os críticos da nova política da Segurança Social (made in partido socialista no governo) ou os maldizentes da extraordinária Convenção do Beato têm a "tentação para ver o mundo a preto e branco, para os dividir em bons e maus, para traçar linhas entre puros e impuros". Eis a arte de escrever ao povo.

Não faz por menos o sofista direktör, na sua declamação impressa. Mas ressalvando, evidentemente, que José M. Fernandes anda desmemoriado, tal as rapsódias políticas onde mete o bedelho, ainda assim a sua disputa erística (que é mais consigo mesmo, que com outros) é escandalosa. Patética! Abjecta!

Porque o fórum dos críticos da putativa "derrocada" da Segurança Social, do anedotário Compromisso Portugal ou da miserável guerra do Iraque (citado, sem pudor, pelo magnifico direktör), cada um à sua maneira e com a sua própria gramática, porque ninguém é de companhia, dizem exactamente o contrário do que lhes é apodado pelo senhor direktör. No fórum dos críticos não há uma única voz, um único caminho, uma única instrução, uma única utilidade política ou militar, um único acto consumado. E, contrariamente a JMF, há todas as dúvidas, salvo umas tantas, de que não desistem: a honra, o respeito por si próprio e pelos outros, a verdade contra a embuste, a civilização contra a barbárie, o exercício de uma cidadania solidária, pela economia ao serviço do homem e não o contrário, por um mundo livre e plural. Pormenores que não devem datar o senhor direktör e seus amigos. Porque, e como dizem muito emproados, "estamos em guerra". E decerto estão. Com eles próprios. O que, obviamente, se respeita. Mas não explica, por si só, a retórica habitual e a memória presente no artigalho de José Manuel Fernandes. Ele há receituários muito sórdidos.

terça-feira, 3 de outubro de 2006

BOLETIM BIBLIOGRÁFICO 32 DE LUÍS BURNAY

Acaba de sair Boletim Bibliográfico 32 (Setembro 2006) do Livreiro-Antiquário Luís P. Burnay (Calçada do Combro 43-47, Lisboa). Apresenta livros estimados, alguns raros, de história, arte, romance, poesia, jornais e revistas, entre muitos temas.

Algumas referências: Obras de Nicolau Tolentino de Almeida (pref. de Alexandre O'Neill), Estúdios Cor, 1968 / Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica (sel., pref, notas de Natália Correia, ed. dita do Rio de Janeiro sem as ilustrações de Cruzeiro Seixas) / Década 13 da História da Índia, composta por António Bocarro, 1876, II vols / O Brasil Mental, de Sampaio Bruno, 1898 / O Encoberto, por Sampaio Bruno, 1904 / Cadernos de Literatura, Coimbra, 1978-1986, 25 numrs / Obras de Luís de Camões (pref. do Visconde de Juromenha), 1860-1869, VI vols / O Campeão Portuguez em Lisboa, ou o amigo do Povo e do Rei Constitucional (semanário politico liberal, editado por José Liberato Freire de Carvalho), 1822 [nº1 ao nº XXV] / Lembranças para S. Tomé e Príncipe, por Ruy Cinatti, 1972 / Claro Escuro: revista de Estudos Barrocos, 1988-1990, V numrs / Registo Genealógico de famílias que passaram à Madeira, por Luís Peter Clode, 1952 / Cântico do país emerso, de Natália Correia, ed. Contraponto, 1961 / Diana: revista de caça, 256 numrs / Dicionário da Pintura Universal, Estúdios Cor, 1973, III vols / Esboço de uma bibliografia (exaustiva bibliografia enológica e da cultura do vinho), 1945 / Onde tudo foi morrendo, de Vergílio Ferreira, 1944 / Bancarrota: exame à escrita das agências divinas, por Tomás da Fonseca, 1950 / Antropófagos, de Henrique Galvão, 1947 / A Hora: Revista-panfleto de Arte, Actualidade e questões Sociais [raríssima publicação dirigida por Ferreira de Castro, c/ a col. de Raul Brandão, João Pedro de Andrade, Eliezer Kamenezky, Eduardo Frias e Bramão Almeida), 1922, VI vols [nº1, 12 Março 1922 ao nº 6, 23 de Abril 1922) / Istoria do cativeiro dos prezos d'Estado na Torre de S. Julião da Barra de Lisboa ..., por João Baptista da Silva Lopes, 1833-34, IV vols / Bibliotheca Lusitana, por Diogo Barbosa Machado, Coimbra, 1965-66, IV vols / D. Manuel II, de Rocha Martins, II vols / Historia do Regímen Republicano em Portugal, dir. Luís de Montalvor, 1930-35, II vols / Traços do extremo oriente, por Wenceslau de Morais, 1895 / Novo Cancioneiro (imp publicação de poesia, com poemas de Mário Dionísio, João José Cachofel, Joaquim Namorado, Carlos de Oliveira, etc.), Coimbra, VII (dos 9) vols / Oceanos: revista, 1989-2002, 49 numrs / Lusitânia transformada, de Fernão d'Alvares do Oriente, 1781 / O Passatempo: jornal de instrucção e recreio para ambos os sexos, 1839, III vols / A Cidade e as Serras, de Eça de Queiroz, 1888 / A Criação do Mundo, de Miguel Torga, 1937-1981 (completo)