REGRESSO DO CÃO DE PARARA
14 de Janeiro de 2007 não conseguimos "escapar" ao encantamento professo e à sensibilidade narrativa sobre a problemática do "
cão de parar", que o nosso camarada e amigo
A. Caseiro, no seu eloquente cantar d'amigo, nos modulava em arquitectada
sabedoria e sublime
paixão. Os seus testemunhos luminosos, a sua eloquente inspiração, a sensibilidade da sua investigação e a cadência documental que a acompanhava eram tais, que o "
mérito sobre este antiquíssimo saber" não nos podia deixar indiferentes. E fizemos o "
Cão de Parar" para que fosse espaço conversável. Para que, dessa imensa riqueza que será sempre o convívio entre "
a natureza, o homem, os deuses e os animais", essa "
demanda" fosse proveitosa. Parámos por um dia, tropeçamos de espanto, mas é sempre tempo do regresso. O "
Cão de Parar" está de volta!
Ao tempo,
foi este o nosso Edital:
"
um cão perdigueiro de dous narizes, o melhor da matilha" [
Camilo]
Sendo presente que existe um conjunto estimado de documentos escritos sobre o
cão de parar, de altíssima memória, ou trabalhos autorizados sobre o elogio do cão - "
de aves, de falcão, de busca, de mostra, de parar" - e outros, bem valiosos, que a poeira dos arquivos condena ao esquecimento; sabendo que há um grémio de ilustres e respeitados amantes das "
antigas artes de cetraria, altanaria ou montaria" e do
perdigueiro português, em particular; não se desconhecendo que o debate, entre diligentes espíritos lusitanos, levanta inspiradas perplexidades, generosas polémicas e amenas narrativas, quase sempre de quantiosa erudição; vêm estes
apontamentos dar testemunho da vivacidade sobre o estudo e a grandeza do debate sobre o "
cão de parar", louvando e prestando homenagem fraternal ao
Mestre A. C., cuja familiaridade e sensibilidade a esta narrativa nos assombra e encanta. A
ele, pois, este espaço de conversação e de elogio do cão.
Declaramos, pois, que
O Cão de Parar está aberto a todos os seus amantes, recenseando informações e memórias (
bio)bibliográficas, registando curiosidades, elogios, testemunhos, notícias e apontamentos, para que destas inscrições & impressões se desenvolva o gosto e o mérito sobre este
antiquíssimo saber, que põe em convívio a
natureza, o
homem, os
deuses e os
animais. Que a
demanda seja proveitosa.
E para que conste, aos leitores, se fez este edital. Vale!