sexta-feira, 27 de outubro de 2006
Esta noute deu-nos para os pastelinhos. De boca de dama. Não fazemos por menos. A coisa parece um tesouro. Ao lado d'outro que aqui temos. Ambas as proposta são tentadoras. Dizem-nos que ficamos aptos. Era isso mesmo que precisávamos.
Boa noute ... e nã se esqueça ... pastelinhos de boca de dama. Oferta totalmente grátis.
Flash desportivo: o eng. do Tenta
Não, não se trata de qualquer maledicência com Aquele (genuflexão!) que dá pontapés certeiros em programas eleitorais & outras graças menores. A nossa maldade, de facto, não anda distraída, apenas supinamente espinhosa. Portanto, deixemos o cómico eng. Sócrates no seu alegre despautério e falemos do eng. do Penta, o inefável Fernando Santos, e das suas alegres conversetas em família, lá para os lados da Grande Catedral.
Por mísera falta de leitura inducativa (assim mesmo), caiu-nos entre dedos essa bíblia do futebol indígena, noutros tempos bem regada por eruditas personagens lusas, que com fatuidade se chama, A Bola. Trabalho rijo de leitura, dado o oráculo futeboleiro pátrio ser sempre admirável de nebulosidades narrativas. O periódico da populaça do futebol é arrebatado de estilo, ameno com as corruptelas clubísticas, fero nos refrãos populistas, brioso & rendilhado de engenho. Enfim, um assombro de jornalismo, a fazer corar de inveja a rapaziada, dita, de referência. Lá dizia Bocage: "Musas, falai, nem todos podem tudo".
Acontece que o pranto último do eng. do Tenta oferecido aos adeptos do Glorioso na semana passada e castamente citado pela A Bola, sobre a subtileza arbitral (ou milagre oftálmico) que feriu o sr. Carlos Xistra e o levou a ser acometido da estranha doença dos cartões (cartolinas, para os iniciados), despertou a curiosidade da populaça. A nós e ao público, nem por isso. Vimos harpejar, em várias conferências de imprensa, o eng. Santos. E bem vestido estava de turbulência ética ou desportiva. O homem, afinal, mesmo eng. que seja, tem raciocínio. Mas não é original.
De facto, temos ideia (acontece aos melhores) que o eng. do Penta sabe bem mais, que a esqualidez lamecha que testemunha. Afinal, quando andou extraviado pela toca das Antas, a soldo desse Grande Português (genuflexão!) Pinto da Costa, ensinaram-no como "tosquiar" putativos adversários. São muitos anos de tirocínio azul na lide de afecto & devoção pela arbitragem. Portanto, eis o dogma do apuro do sistema. E que deve fazer pensar o neófito (José) Veiga, entretanto colhido em conversas dúbias ao telefone, que seria melhor restar mudo e quedo. E do mesmo modo, a ilustre & perpétua dupla Vieira & Vilarinho, Lda, novos sobas do nosso e vosso SLB.
Assim, quer o eng. Santos fazer o obséquio e aclarar o que decorou e sabe das maleitas & escapadelas arbitrais engendradas nas Antas, que nós desconhecemos de todo. Muito obrigado. Agradecido. Viva o Benfica! (momento de pura poesis).
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
Arrumações - Vynil, CD's e Cassetes Piratas
Hoje estamos ... assim. Com desejos invocados, mesmo que errantes de gratidão. A noute venturosa tem um perfume de mulher que nos arranha de dentro, com cuidado, docemente. Trabalhos corporais. Ilustrados de luzes, campos de olhos doces, sem qualquer prudência & mando.
À nossa princesa ... Mayra Andrade - Comme S'Il En PleuvaitCastpost
Boa noute!
PREC
PREC- "Pensa, Rosna, Estica, Corta", nº 1
"quem faz o PREC fá-lo por gosto"
Aqui demos conta do lançamento do número zero do P[õe] R[apa] E[mpurra] C[ai], datado de Novembro de 2005. Jornal encorpado, papel de copiosa qualidade, leitura & textos contra o esquecimento e gozo. E anda, por aí, muito disso. De momento, ao que se sabe, saiu o nº1. O lançamento em Coimbra do P[ensa] R[osna] E[stica] C[orta] será no Teatro Académico Gil Vicente, dia 6 de Dezembro, pelas 18 horas. Hora celestial!
sábado, 21 de outubro de 2006
Boa noite, Ursula K. Le Guin [n. 21 Outubro 1929]
"Alguma vez pensaste nos vários mundos, nos homens e animais que os habitam, nas constelações dos seus céus, nas cidades que constroem, nas sua canções e modos de vida? Tudo isso se perdeu, tudo, tal como aconteceu com a tua infância. O que é que realmente sabemos da época em que fomos grandes? Uns poucos de nomes de mundos e heróis, uma baralhada de factos que tentámos coligir numa espécie de história ..."
[Ursula K. Le Guin, in A Cidade das Ilusões]
Locais: Ursula K. Le Guin's official website / Ursula K. Le Guin / Ursula K. Le Guin: uma biobibliografia
kultura & crise
um homem parou à minha frente e quiz à viva força vender-me a sua própria cabeça. trazia-a debaixo do braço e sangrava como um sol cortado muito perto. insistiu que era um artista: precisava de viver e sustentar o futuro e comprar uma camisa em rebaixa. e também que já não tinha inspiração nem faca e garfo
confesso que foi terrível e dum horror completo. mas
por sorte apareceu um polícia ou um santo (não me recordo muito bem) que resolveu legalmente o assunto
[António Aragão, in textos e pretextos, Loreto 13, nº2, 1978]
[O economista no Diário de Lisboa]
"Excelente, na sua cautela e lucidez, o artigo habitual do economista no Diário de Lisboa. Sem dúvida que o problema português é um problema de reforma fiscal no regime de taxa progressiva, que permitisse um maior rendimento aliviando o maior número, e uma questão de redistribuição da grande propriedade e da compulsão do investimento. De outro modo não é possível elevar o nível de um país que não é economicamente um país de investimentos coloniais, mas um país de rendimentos egoístas, aos quais o governo cria, à custa da restante população (à qual se dão lavadouros e futebol), o melhor dos mundos possíveis."
[Jorge de Sena, Diário do Tempo das Evidências, 9/03/1954. Jorge de Sena escreveu este diário no tempo em que era "secretário do Eng. Carmona, presidente da Comissão para o estudo das ligações entre Lisboa e a margem sul do Tejo" - in Nova Renascença, nº 32/33, 1988/89]
quinta-feira, 19 de outubro de 2006
Solidários com os professores - parte II
Noutro registo, menos paciente ou virtuoso (se quiserem) e sem inocência, porque cansados estamos de alguns escribas do eduquês, que tão chorosos andam aos pés da senhora ministra da educação e da política socrática para o ensino, continuamos, porque "há pessoas que são como aviões no ar: / precisam de muita gente a apoiá-los de terra" [O'Neill]
Considerando a originalidade do pensamento dos respeitáveis amigos da ministra, que aplaudem freneticamente o charco de contradições presente na proposta de alteração do ECD, há que confessar que o registo conceptual que expandem não é o mesmo. O saco ministeriável colhe, desde os despeitados da escola que culpam qualquer professor (a "sintomatologia do abandónico" é bem real), os empastados da política (caso do vendedor televisivo Miguel Sousa Tavares), maviosos ex-responsáveis governativos (o malfadado Grilo está em todas), o cacho de uvas liberal (assombrados pela provisão da coisa pública), uns tantos aliterantes da prosápia anti funcionário-público, a nauseabunda cáfila partidária (atenção! genuflexão e gorjeio ao dr. Sócrates!) & outros vaidosos figurinos do funcionalismo público universitário. A divertida opinião de tantos seria ternurenta, se tivesse substância argumentativa. Ou, mesmo, se tivessem estudado, conceitos e práticas educativas, entre o folguedo das suas putativas afirmações. Mas nada disso, em geral, se verifica. Simples perfídia.
Dos oradores assinalados, de onde partem os mimos com que escorcham os docentes e as suas revindicações? Ponto de parte a bondade de alguma análise romântica de graciosos comentaristas, deixando de vez excitantes caricaturas vindas de néscios, resta a frescura arrancoada pelo grupo, perfumada de intriga caseira, dos amigos da senhora ministra. Um ajuntamento curioso, cujo lindismo teorético acampa aqui, alardeia ali ou segrega acolá. De comum, a carícia de serem todos socialistas e terem, ainda, os primeiros o enlevo de pertenceram à notável ourivesaria do regime, o ISCTE, onde pontifica a senhora ministra. Diga-se, desde já, que esse registo nunca foi escondido. Muito bem.
Dir-se-ia que a estes últimos mancebos se exigiria uma argumentação conceptual e trabalho teórico, sociologicamente falando, mais robusto e estruturado no campo e problemática da sociologia da educação, identificando o papel da Escola, a sua dimensão comunicacional (relação pedagógica, organização do espaço e relações de mando e poder), traçando as necessárias competências do acto educativo e sua interdependência em contexto escolar, a representatividade, legitimação e poder dos seus clientes, bem como os recursos exigidos para uma gestão e administração mais dinâmica e autónoma da Escola. E depois, evidentemente, sem jogos de linguagens (à maneira de Wittgenstein) partir para "tricotar" a relação funcional da Escola e o processo "produtivo", na lógica modernizadora da reorganização e reestruturação do sistema educativo. Depois disso, um possível e aceitável conceito de profissionalização para os docentes, poderia ser esculpido, bem como o seu estatuto.
Tais enquadramentos, absolutamente necessários para qualquer conversação séria sobre a análise em causa (reformulação do ECD), esbatem-se sempre por estes exaltados sociólogos, em aplicações recheadas de automatismos neotayloristas, privilegiando-se a máxima racionalidade economicista, decalcada de processos e técnicas de "management", e onde a Escola é tomada como uma qualquer "organização formal" sem "construído cultural". A performance assim proposta configura, sem brilho algum, uma ilusória decomposição do político no domínio do tecnocientífico, o que remete, em último lugar para o fim das ideologias. Mas isso é outra história.
Daí que a colorida argumentação resida, apenas, no fulminar dos incautos leitores com uma barragem de dados estatísticos (aqui, tais escolásticos, simulam um Medina Carreira vergastando números infindáveis, esquecendo qual é a questão em debate) que acabam por escancarar a faccis do indígena. Eles são vencimentos luxuosos que auferem os docentes, acompanhados por mapas, tão vigorosos como irreais, da putativa desbunda financeira do ensino educativo não-universitário, necessariamente a encolher. Pouco mais dizem, a não ser, por certo, acompanhar a hilariante teorização do eng. Sócrates, à rapaziada acofiada dos jornais e em resposta à pretensão dos professores de não aceitarem as cotas para efeitos de mérito avaliativo, quando declara: "Nem todos os jornalistas chegam a editores". Fulminante! Ao que parece a escola argumentativa do dr. Pinho está a tornar-se uma praga. E um desastre! Enfim ... é a vida!
Solidários com os professores
Já, aqui e aqui, prescrevemos o que vai resultar a movida iniciada pelo trio virtuoso & exuberante do Mi(ni)stério da Educação. A saber: a destruição total do ensino e da educação no país. A implementação do renovado ECD, que daí resulta, irá conduzir (mais do que já está) ao caos educativo.
Alguns exemplos mais: aumento da conflitualidade entre os diversos corpos escolares (a avaliação sendo feita por todos, não é por ninguém); persistência de graves insuficiências científicas e pedagógicas na Escola, quer pela via da nova estrutura hierarquizada pretendida (docentes de diferentes disciplinas, em sede de área curricular/departamento, a darem putativo apoio científico e pedagógico uns aos outros, é de um total nonsense e puro disparate) quer pela inexistência de acções de formação de profs com características científicas (não há dinheiro para acordos com as faculdades respectivas, nessa matéria, nem o eduquês ministeriável permitiria tais aventuras, decerto bem "perigosas"); a presença de constantes litígios entre os docentes, sendo que os professores (os não-titulares) terão todo o trabalho e os titulares farão exercer a autoridade (que em muitos casos, quer cientifica quer pedagógica, é nenhuma), o que contraria a linha orientadora esboçada pela ministra para o aparecimento de dois tipos de docentes (na altura, obrou a senhora ministra que os profs mais antigos deviam trabalhar mais, daí a proposta avançada); impedimento, real e objectivo, de docentes excelentes atingirem o topo (e a chefia da gestão pedagógica escolar) dado que o mérito anunciado pela ministra se sagrar em 1/3 do corpo docente, fazendo com que a Escola seja entendida (aliás como seria de esperar vindo de quem tal pensou) como a tropa, onde a velhice é um posto, independentemente da real valia científica e pedagógica de cada um. E haveria muito mais a registar. Fiquemos por aqui.
Estará tudo bem? Evidentemente que não, aliás nunca esteve. Mas as pretensões da ministra tornarão tudo ainda pior. É difícil construir, sabe-se bem, mas para destruir é bem mais fácil. E, certo é, que alguns se afadigam muito bem. Mesmo que seja a coberto da paranóia do défice.
Resulta desta inquietação, muito nossa, que a educação e o ensino, pela demagogia dos vários e alucinados ministros (alguns ex, com audácia, dão entrevistas a jornais, como nada se tivesse passado), pela indiferença dos pais e educandos (que querem mais, é que lhes guardem os filhos), apoiados pelo oportunismo partidário (em todos os governos foi sempre assim) e formatado pelo amigueiro corporativo mais demagógico, dizíamos nós que a educação, restará um espectáculo medonho, onde a interdependência entre o ensino, a aprendizagem e a avaliação estarão a saque. Onde, o prodígio instrutivo destes anos tantos de eduquês e os objectivos educacionais que lhe correspondem, incidirão, doravante, no exercício da mera "passagem administrativa" (para efeitos estatísticos da UE) e onde o rigor, o esforço, o trabalho e a avaliação não serão encarados, como deviam. Triste maldição, a nossa.
[continua]
terça-feira, 17 de outubro de 2006
Livraria Artes & Letras - Catálogo
... assim mesmo se pode ler na capa do último Catálogo da Livraria Artes & Letras, dado à luz pelo estimado livreiro antiquário do Largo da Trindade, 3-4, Lisboa. 1809 peças à venda, versando Antropologia, Enologia, Bibliografia, Culinária, Gastronomia, Vinhos, Direito, Ensaio, Filosofia, História, Lisboa, Literatura, Literatura Africana, Mar, Marinha & Pesca, Música, Teatro e Ultamar. O site está em remodelação, pelo que a espera ... desespera.
Algumas referências: Malaposta, de Azinhal Abelho, 1945 / Poema primeiro, por António Aragão, 1962 / Na senda da poesia, de Ruy Belo, 1969 / vários de António Botto [Cantares, 1928, 2º ed. / Ciúme. Canções, 1934 / O meu amor pequenino, 1934 / The Childen's book] / O Pobre de pedir, por Raul Brandão, 1931 / Memória descritiva, de Rui Cinatti, 1971 (mais 3 outros do mm autor) / A Área. Ode didáctica na primeira pessoa, por João Pedro Grabato Dias (aliás ps. de António Quadros), 1971 / Mar Alto, de António Ferro, 1924 / Agiológico rústico. Santos da minha terra, de Tomas da Fonseca, 1957 / Engrenagem, de Joaquim Soeiro Pereira Gomes, 1951 / A Torre de Babel ou a porra do Soriano seguida de as musas, por Guerra Junqueiro, 1979 / A Pata do pássaro desenhou uma nova paisagem, de Manuel de Lima, 1972 / É proibido apontar. Reflexos de um burguês, de José Rodrigues Miguéis, 1964 / Lote de Wenceslau de Morais (ref. Aquela tremenda gargalhada, 1954, etc.) / O segredo do Ouro Preto e outros caminhos, de Vitorino Nemésio, 1954 / Lote de Luiz Pacheco (ref. Critica de Circunstancia, 1966, O libertino ...) / Paquita, de Bulhão Pato, 1894 / Antologia de poemas portugueses modernos, 1944 (ed. por Fernando Pessoa e António Botto em 1929) / Sobre Sade diga-se que (plaquete Surrealista assim. por António José Forte, Ricardo-Dácio, Bruno da Ponte, Manuel de Castro, Ernesto Sampaio e Virgílio Martinho) / Obras de Eça de Queiroz (ed. centenário), XV vols / Espólio, de Alves Redol, 1943 / Lote de José Carlos Ary dos Santos (ref. Insofrimento in sofrimento, 1969) / Lote de Mário Cesariny Vasconcelos / In Memoriam de Ferreira de Castro, 1976 / Portuguese hebrew grammars and grammarians, por Moses B. Amzalak, 1928 / Sousa Viterbo e a sua obra, de Victor Ribeiro, 1915 / Poemas, de Reynaldo Ferreira, 1960 / Terras do sol, e da febre ?, por Julião Quintinha, 1932 / Arqueologia e História, X vols, 1922-32 / Historia da Expansão Portuguesa no Mundo, de António Baião, 1937-40, III vols / Da reorganização social dos trabalhadores e proprietário, por João Bonança, 1875 / Economia Política, de Bento Carqueja, II vols, 1926 / Cartas Políticas, por João Chagas, 1908-10, V vols / A verdade Monárquica, de Alberto Monsaraz / Lote de António Sardinha (ref. A Epopeia da Planície, 1915) / Figuras Gradas do Movimento Social Português, por Alexandre Vieira, 1959 / Nobreza de Portugal e do Brazil, por Afonso Eduardo M. Zuquete, 1960-61, III vols / Crime de cárcere privado. A censura medica pelo Tribunal da Boa-Hora, por José de Castro, 1909 / Tradições populares e vocabulário da Guarda, por A. Gomes Pereira, 1912 / Obras de Júlio de Castilho (A Ribeira de Lisboa; Lisboa Antiga Bairros Orientais; O Bairro Alto de Lisboa) / O Carmo e a Trindade, de Gustavo de Matos Sequeira, 1939-41, III vols / Colecção de Leis sobre a Pesca desde Março de 1522 até Janeiro de 1891 / Angola (Para uma nova política), de Henrique Galvão, 1937
segunda-feira, 16 de outubro de 2006
Arrumações - Vynil, CD's e Cassetes Piratas
Ainda não caímos no sono fútil ou bodas de Sócrates, em que o politicamente acertado é uma astúcia simplória que muitos cantam, nos jornais, em frementíssimas palavras. Não nos tresmalhamos na mísera cantata dos estouvados do bem público. Assistir ao dr. Pinho metendo os pés pelas mãos na economia, não nos aborrece, na medida que a inteligência não é inspiração sua. Observar o eng. Sócrates a cogitar aos indígenas da rosa, em raids patrulhados pelo país, não nos impressiona nada. Com Salazar ou Cavaco, o canibalismo era o mesmo. Entender a Ministra da Educação é tarefa que não desejamos ao nosso melhor arqui-inimigo. Não há pedagogia que aguente. E descobrir o S.N.S. sobre a farpela branca do dr. Correia de Campos é elogio demasiado para nós. Preferimos sempre os originais, a todos estes formadores.
Por isso, deixamos aos críticos do dr, Cavaco Silva, Ferreira Leite, do embotado dr. Vítor Constâncio, do dr. Barroso & dr. Lopes ou aos néscios aduladores destes exquisitos socialistas no governo, a improvisação das discursatas de apoio ou esconjuração. Estes últimos extraordinários 30 anos são prenhes de luminárias de estatura moral minguada. Por isso os escombros são de boa qualidade.
Por cá, nesta nossa botica, a rebeldia (agora coisa pecaminosa para uns) é um pergaminho que se usa com vaidade. Nada por cá está amodorrado. O nosso rosário ainda é esse sonho, iradíssimo, do desejo de viver. Porque, como diria Ernesto Sampaio: "O cómico é a impotência". Vate retro!
Assim, para os inocupados da retórica, para aqueles que fatigados de toda a laudatória ainda sorriem, para admiradores de outras musicalidades que em tempos acariciaram o tempo & a pedido de várias famílias e alguns filhos varões, eis de fugida para ritmar gramáticas perdidas de 77 ... o
G.A.C. (Grupo de Acção Cultural) - Ir e VirCastpost
domingo, 15 de outubro de 2006
Revista Sema
Sema (Primavera de 1979 e Junho 1982), revista de muita memória, foi uma publicação trimestral de artes e letras, sob direcção de João Miguel Barros e Maria José Freitas, de que saíram 4 números. Todos de muita estimação.
"A divulgação, a critica, a polémica: sim, mesmo que façam ferida. Fundamentalmente, a intervenção no âmbito das letras e das artes. Numa palavra: da sensibilidade ..." [nº1]
Apresenta um rol notável de colaboradores [Al Berto, Álvaro Lapa, Almeida Faria, Ana Hatherly, António Areal, António Maria Lisboa, Carlos Eurico da Costa, Carlos Nejar, Cruzeiro Seixas, Melo e Castro, Eugénio de Andrade, Ernesto Sampaio, Fernando Martinho, Helder Moura Pereira, João Miguel Fernandes Jorge, Jorge de Sena, José Augusto França, José Bento, Jorge Fallorca, Luís Miguel Nava, Manuel Hermínio Monteiro, Maria Estela Guedes, Mário Henrique-Leiria, Nuno Júdice, Pedro Oom, Philip Larkin, Raul Carvalho, Vítor Silva Tavares ... entre muitos]. Referência em especial ao nº1 (Sobre as Vanguardas, dossier Surrealismo em Portugal), nº2 (Cultura e Contracultura), nº3 (Revistas Literárias) e nº 4 (As Perspectivas Actuais da Cultura Portuguesa).
TEATRO DOS ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA
quinta-feira, 12 de outubro de 2006
O sindicalista
João Proença, o sindicalista que foi possuído pelo amor aos trabalhadores, vive eternamente alapado às saias do poder político. Nada o demove dessa superior monomania, que de tão graciosa e visionária o transformou no ungido do bric-a-brac governamental. João Proença, o sindicalista que congelou a ho(n)ra operária, ass(ass)ina tudo de cruz. Não precisa de ler, de sentir, de reflectir, de fazer contas. Abaliza tudo de rajada. Ontem, hoje e amanhã, eis João Proença, o sindicalista das lamentações sindicais. Aquele que não tem alma nem vida própria. Aquele que carrega sempre a caneta para os benignos acordos da "concertação social" e que, no fim, morre sempre, com gosto, às mãos dos seus putativos inimigos. Como um herói de um filme negro, o sindicalista da UGT, prenhe de glamour e um sorriso perpetuamente triunfal, sempre a despontar por debaixo da sua fornecida testa sindical, declara servir "a classe". Esforçadamente! Com zelo de antigo cliente. Daí o tamanho do sorriso conceptual que exibe. Os óculos espirituais que ostenta são, inteligentemente, para despistar o patronato. Há ali folgados exercícios venatórios. Tudo puro intelecto.
Sem estranheza alguma viu-se, o João, assinando "acordos históricos", com o bom do eng. Guterres. Aqueles que garantiam a "sustentabilidade financeira da Segurança Social até ao final do século XXI". E Paulo Pedroso, a pensar no prefácio ao livro de René Passet, "Ilusão Neoliberal" (ed. Terramar), abonava, então, que era "uma reforma que visa melhor protecção social, com um futuro mais sólido, garantido nas condições económicas e sociais previsíveis pelo horizonte de um século e com uma situação positiva de pelo menos 40 anos". Os indígenas choraram de comoção. Desde os tempos imemoráveis em que o glorioso Benfica foi campeão europeu, nunca se tinha visto tamanha euforia.
Há poucos dias, agora com o compadre Sócrates pela mão, o mesmo João presenteou a canalha lusa com novos acordos de sustentabilidade da Segurança Social. Tudo envolto nas encomiásticas frases costumeiras. José Manuel Fernandes, intimo do poder, aplaudiu. Van Zeller marcou almoço no Tavares. E o próprio Medina Carreira pavoneou, imediatamente, dois papers curvados de números e forneceu um triste obituário ao jornal Público. A bravata do João, não poderia ser melhor. Que venha à próxima! Viva o sindicalismo!
quarta-feira, 11 de outubro de 2006
"O vinho foi definido como o cavalo do poeta. E efectivamente não se pode negar que na sela desse cavalo, o poeta, se não vai devagar, pelo menos vai longe" [E. de Amicis]
"Eu fui à Serra da Gralheira,
À vindima de meu pai;
O pão lá vai na cesta,
O vinho na cabeça vai!"
"Melhor que a mulher é o vinho,
Que faz esquecer a mulher;
Que faz dum amor mais velhinho,
Ressurgir novo prazer!"
"Três inimigos tem o segredo: Baco, Vénus e o interesse; o primeiro descobre, o segundo vende, o terceiro arrasta"
"A mulher, o estudo, a experiência e o vinho mudam a natureza do homem"
"Com a vinha, em Outubro, come a cabra, engorda o boi e ganha o dono"
... À saúde dos presentes & ausentes. Boa ceia!
Vindima & lagarada
"De aí a nada, arregaçados, os homens iam esmagando os cachos, num movimento onde havia qualquer coisa de coito, de quente e sensual violação. Doirados, negros, roxos, amarelos, azuis, os bagos eram acenos de olhos lascivos numa cama de amor. E como falos gigantescos, as pernas dos pisadores rasgavam máscula e carinhosamente a virgindade túmida e feminina das uvas. A principio, a pele branca das coxas, lisa e morna, deixava escorrer os salpicos do rosto sem se tingir, Mas com a continuação ia tomando a cor do moreto, do sousão, da tinta carvalha, da touriga, do moscatel, do bastardo, do alvarelhão, da farinhata, da mourisca, conforme as castas ..."
[Miguel Torga, citado por J. Duarte Amaral, in O Grande Livro do Vinho]
Nós hoje acordámos assim ...
"O cortimento uns o fazem desengaçando as uvas, cortindo somente com a baganha. Não tenho isto por desacertado, ainda que custe mais trabalho: a razão é porque, se fazem o cortimento com o engaço, este põe travo o vinho"
[Vicencio Alarte (aliás Silvestre Gomes de Moraes), in "Agricultura das Vinhas", 1712 (aliás, in O Desengace e suas vantagens na vinificação, de Duarte de Oliveira, 1911)]
terça-feira, 10 de outubro de 2006
A Reorganização do PRP no Algarve
Na revista História, do passado mês de Setembro, Artur Barracosa Mendonça apresenta um texto curioso, que é um contributo importante para o estudo e reflexão sobre as "elites algarvias", ligadas ao Partido Republicano, nos tempos idos de 1906. A reunião dos republicanos algarvios, em Portimão, em Junho de 1906, considera o autor, foi "um marco na reorganização do PRP no Algarve", em crise até essa data. Refere que os republicanos, até então, tinham apenas o jornal "O Futuro" (Olhão) como veículo de agitação contra o "regime monárquico". Diz-nos, mesmo assim, que desde o seu início o PRP sempre manteve nas suas fileiras importantes personalidades naturais do Algarve, entre as quais cita: João Bonança, José Manuel Martins Contreiras, José Francisco Azevedo e Silva, José Benevides, José Veríssimo de Almeida (pres. eleito da Câmara Municipal de Lisboa), Tomás Cabreira (deputado, ainda na monarquia) e José Estêvão e Vasconcelos (médico em Vila Real de Santo António, deputado eleito pelo circulo de Setúbal em 1908 e, mais tarde, ministro da I República). Tal peso significa, de facto, que "algumas personalidades da elite cultural e política regional aderiram aos objectivos do republicanismo".
Aponta, ainda, os elementos "mais destacados" na referida reunião de reorganização do PRP, entre os quais: Ernesto Augusto Cabrita e Silva (médico em Portimão), António Fernando Pires Padinha (médico em Tavira), Silvestre Falcão (médico em Tavira), Francisco Marques da Luz (comerciante de Portimão), Joaquim Eugénio Júdice (proprietário em Lagoa), Jacques Pessoa (agrónomo em Olhão e Tavira), Zacarias José Guerreiro (comerciante e industrial em Faro e Tavira) e António Vaz Mascarenhas Júnior (proprietário e industrial de cortiça em S. Bartolomeu de Messines). Refere o impacto dessa reunião na imprensa da época, analisando todo o desenvolvimento dessa actividade e sua posterior implantação na região. A consultar.
domingo, 8 de outubro de 2006
State of Denial - o livro de Bob Woodward
Depois da devassa sobre o escândalo Watergate (que levou à queda de Nixon), eis de novo Bob Woodward a revelar outros recentes embustes do poder político e as mesmíssimas patranhas da governação, registando o estado mental de toda esta gentalha e a loucura que há nisto tudo. No seu último livro, State of Denial, conta todas as peripécias que envolveram a decisão da administração criminosa de George Bush na, miserável, invasão do Iraque.
Do que se sabe, pelos jornais e via TV, (não) espanta o desmedido poder que tem Donald Rumsfeld (um psicopata perigoso, como outros neocons), o papel de virgem louca da sra. Rice, o cântico trapaceiro de Dick Cheney, a reaparição de Kissinger regressado do além-Vietname (ainda cravado na sua insana memória), as desavenças mantidas na administração com Colin Powell e reforça-se a ideia, tão vulgarizada, da fragilidade e senilidade mental do presidente G. Bush.
Locais: Anderson Cooper 360 Degrees [CNN] / Bob Woodward: Bush in State of Denial / Bob Woodward: Bush Misleads On Iraq [CBS] / Bob Woodward finally emerges from 'State of Denial' / Condi Rice vs. Bob Woodward: Let the Battle Begin / Did Bush Administration Bamboozle Media?; Coverage of Bob Woodward's Book [CNN] / Falling on His Sword [Washington Post] / Newsweek Editor: Bush Administration 'Incompetent' And Needs to be Held Accountable / Public Confidence, Private Doubts [Washington Post] / Secret Reports Dispute White House Optimism [Washington Post] / 'State of Denial' [Newsweek] / 'The Essence of Tragedy' [Newsweek] / White House in crisis over 'Iraq lies' claims [Guardian] / Woodward and You State of Denial A reader's Guide to State of Denial [Slate]
Videos: Charlie Rose - An Hour with Bob Woodward [via Google] / State of Denial: Bob Woodward on Meet The Press [via You Tube]
sábado, 7 de outubro de 2006
Luuanda, José Luandino Vieira & a PIDE
"Quando escrevi Luuanda eu estava preso, em 1961/62. (...) A minha mulher, Linda, a quem o livro é dedicado, dactilografou e mostrou a um amigo que era jornalista no ABC, que era o jornal dos democratas liberais portugueses. O Alfredo Bobela Motta, angolano, escritor e nosso amigo era, na época, 1963, chefe de redacção. E decidiu logo que se devia avançar e fazer o livro. O livro foi então composto na tipografia do jornal. E o tipógrafo tirou logo provas que depois circularam nos musseques de Luanda. Esta foi a edição que veio para Portugal para o concurso da Sociedade Portuguesa de Escritores. Noutra edição do Luuanda é que o título está a vermelho. A edição "brasileira". Essa é uma história incrível. A indicação é que se trata de uma edição feita em Belo Horizonte, mas a realidade é que essa edição foi feita à minha revelia, por dois agentes da PIDE, em Portugal, na tipografia Pax, penso eu. Com todo aquele escândalo, que envolveu a destruição da Sociedade Portuguesa de Escritores, o livro tornou-se muito procurado. Esses dois agentes fizeram o livro, em Braga, distribuíram e ganharam um bom dinheiro com aquilo. O meu advogado quis logo meter um processo em tribunal e isso deu uma outra história incrível. Resumindo, perdi o processo, porque não se conseguiu provar nada - embora tudo fosse evidente até pelo tipo de papel era fácil identificar a tipografia - e ainda tive de pagar as custas do processo ..."
[Rita Chaves, in Agência Carta Maior]
Mário Cesariny de Vasconcelos - entrevista ao semanário Sol
"... na primeira exposição que fizemos, em 1949, resolvemos fazer uma noite dos poetas, num aposento muito engraçado, todo forrado com figuras, que era da Pathé-Baby, ali ao pé da Sé Catedral. Lemos poemas do Victor Brauner, do André Breton, do Antonin Artaud e alguns nossos. Com uma certa encenação. Estilhaçámos uma data de vidros no chão e deitamos tinta. Mas a encenação, grande ou pequena, era só para nós, porque não foi lá ninguém, nem nós queríamos que fosse. Fechámos a porta à chave. E assim continuámos. A imprensa de Lisboa não dedicou uma linha à nossa exposição, mas a do António Pedro e do então Grupo Surrealista de Lisboa causou um escarcéu desgraçado. O António Pedro tinha muitos conhecimentos, assustava muita gente, nós não assustávamos ninguém ...
Nos fizemos uma revolução. Mas acho que implodimos, não explodimos. E andámos a sempre clandestinos por aí. Clandestinos no sentido lato: fazer uma coisa num sítio e desaparecer; depois aparecer noutro e desaparecer ... Até que houve as célebres sessões na Casa do Alentejo, em que fomos dizer ao povo o que era o surrealismo. E o que era o surrealismo? Éramos nós [risos]. Lemos textos, poemas, e uma declaração chamada Afixação Proibida. A assistência gostou muito (...)"
[a não perder - in revista Tabu, jornal Sol, 7/10/2006]
sexta-feira, 6 de outubro de 2006
Em nome da rosa
Bastava assistir ao alinhamento do jornal da noite de ontem (5 de Outubro) da RTP, estação pública, para entender, definitivamente, como as produções Sócrates & Silva Pereira anestesiam bem os indígenas lusos. Qual comemoração do 5 de Outubro, qual discurso do senhor Presidente da República, qu'é qu'é isso de manifestações contra o bom governo da Nação!? Podia lá ser!? Não era, jamais existiu, nunca haverá. Os homens da rosa da RTP, punho a meia haste e lágrima ao canto do olho, consideraram o discurso do dr. Cavaco (apenas um dos mais exemplares da sua vida) uma ebulição mental do chefe de Estado e a manifestação dos professores (cambada de malandros e iletrados, a passear na avenida, como todos os dias ... já se ouve, ao longe, a voz do inenarrável Jorge Pedreira) como picaresca e indigesta para o jantar.
O obsceno daqueles curiosos jornalistas-voyers da RTP, que num devaneio intelectual capricharam em nos dar 15 minutos de abertura noticiosa sobre um caso de instabilidade emocional e com um senhor dos GOE a explicar, delicadamente nos estúdios, o que se faz contra sequestros, é inolvidável. A RTP, qual governo rosa, anda muito cediça. E provocadora. Mas será bom que tenham atenção à plateia. Há encomendas que se pagam caro ...
Tunhas ... o operário em construção
"... Consequência maior do processo diluidor que a revolução é, a anulação da falsa dualidade entre produção artística e o meio social que intimamente a origina, estabelece, à margem de si, a metáfora de uma outra realidade própria do sistema, que lhe cabe aniquilar: a separação entre a vida privada e a vida em sociedade, permanecendo, representa o prolongar da ordem capitalista.
Inverter dialecticamente a cultura dominante, conjurar o seu fim, acabar definitivamente com esta excrescência mercantilista, é a tarefa de todos aqueles, para quem o desejo da revolução é a expressão individual da revolução proletária"
[Paulo Jorge Tunhas, Dezembro 1976, Caderno Arco Iris]
A arte de escrever ao povo
O direktör do Público expõe, em editorialho último, a sua imensa dor de persistir na sociedade portuguesa (actual & letrada) aquilo que considera ser "uma perniciosa tendência para resolver discussões complexas recorrendo a simplificações grosseiras" e "à demagogia simples". Na sua prosa "Debates Complexos", tenta persuadir os leitores, através da sua costumeira technê bem ornada, que os críticos da nova política da Segurança Social (made in partido socialista no governo) ou os maldizentes da extraordinária Convenção do Beato têm a "tentação para ver o mundo a preto e branco, para os dividir em bons e maus, para traçar linhas entre puros e impuros". Eis a arte de escrever ao povo.
Não faz por menos o sofista direktör, na sua declamação impressa. Mas ressalvando, evidentemente, que José M. Fernandes anda desmemoriado, tal as rapsódias políticas onde mete o bedelho, ainda assim a sua disputa erística (que é mais consigo mesmo, que com outros) é escandalosa. Patética! Abjecta!
Porque o fórum dos críticos da putativa "derrocada" da Segurança Social, do anedotário Compromisso Portugal ou da miserável guerra do Iraque (citado, sem pudor, pelo magnifico direktör), cada um à sua maneira e com a sua própria gramática, porque ninguém é de companhia, dizem exactamente o contrário do que lhes é apodado pelo senhor direktör. No fórum dos críticos não há uma única voz, um único caminho, uma única instrução, uma única utilidade política ou militar, um único acto consumado. E, contrariamente a JMF, há todas as dúvidas, salvo umas tantas, de que não desistem: a honra, o respeito por si próprio e pelos outros, a verdade contra a embuste, a civilização contra a barbárie, o exercício de uma cidadania solidária, pela economia ao serviço do homem e não o contrário, por um mundo livre e plural. Pormenores que não devem datar o senhor direktör e seus amigos. Porque, e como dizem muito emproados, "estamos em guerra". E decerto estão. Com eles próprios. O que, obviamente, se respeita. Mas não explica, por si só, a retórica habitual e a memória presente no artigalho de José Manuel Fernandes. Ele há receituários muito sórdidos.
terça-feira, 3 de outubro de 2006
BOLETIM BIBLIOGRÁFICO 32 DE LUÍS BURNAY
Acaba de sair Boletim Bibliográfico 32 (Setembro 2006) do Livreiro-Antiquário Luís P. Burnay (Calçada do Combro 43-47, Lisboa). Apresenta livros estimados, alguns raros, de história, arte, romance, poesia, jornais e revistas, entre muitos temas.
Algumas referências: Obras de Nicolau Tolentino de Almeida (pref. de Alexandre O'Neill), Estúdios Cor, 1968 / Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica (sel., pref, notas de Natália Correia, ed. dita do Rio de Janeiro sem as ilustrações de Cruzeiro Seixas) / Década 13 da História da Índia, composta por António Bocarro, 1876, II vols / O Brasil Mental, de Sampaio Bruno, 1898 / O Encoberto, por Sampaio Bruno, 1904 / Cadernos de Literatura, Coimbra, 1978-1986, 25 numrs / Obras de Luís de Camões (pref. do Visconde de Juromenha), 1860-1869, VI vols / O Campeão Portuguez em Lisboa, ou o amigo do Povo e do Rei Constitucional (semanário politico liberal, editado por José Liberato Freire de Carvalho), 1822 [nº1 ao nº XXV] / Lembranças para S. Tomé e Príncipe, por Ruy Cinatti, 1972 / Claro Escuro: revista de Estudos Barrocos, 1988-1990, V numrs / Registo Genealógico de famílias que passaram à Madeira, por Luís Peter Clode, 1952 / Cântico do país emerso, de Natália Correia, ed. Contraponto, 1961 / Diana: revista de caça, 256 numrs / Dicionário da Pintura Universal, Estúdios Cor, 1973, III vols / Esboço de uma bibliografia (exaustiva bibliografia enológica e da cultura do vinho), 1945 / Onde tudo foi morrendo, de Vergílio Ferreira, 1944 / Bancarrota: exame à escrita das agências divinas, por Tomás da Fonseca, 1950 / Antropófagos, de Henrique Galvão, 1947 / A Hora: Revista-panfleto de Arte, Actualidade e questões Sociais [raríssima publicação dirigida por Ferreira de Castro, c/ a col. de Raul Brandão, João Pedro de Andrade, Eliezer Kamenezky, Eduardo Frias e Bramão Almeida), 1922, VI vols [nº1, 12 Março 1922 ao nº 6, 23 de Abril 1922) / Istoria do cativeiro dos prezos d'Estado na Torre de S. Julião da Barra de Lisboa ..., por João Baptista da Silva Lopes, 1833-34, IV vols / Bibliotheca Lusitana, por Diogo Barbosa Machado, Coimbra, 1965-66, IV vols / D. Manuel II, de Rocha Martins, II vols / Historia do Regímen Republicano em Portugal, dir. Luís de Montalvor, 1930-35, II vols / Traços do extremo oriente, por Wenceslau de Morais, 1895 / Novo Cancioneiro (imp publicação de poesia, com poemas de Mário Dionísio, João José Cachofel, Joaquim Namorado, Carlos de Oliveira, etc.), Coimbra, VII (dos 9) vols / Oceanos: revista, 1989-2002, 49 numrs / Lusitânia transformada, de Fernão d'Alvares do Oriente, 1781 / O Passatempo: jornal de instrucção e recreio para ambos os sexos, 1839, III vols / A Cidade e as Serras, de Eça de Queiroz, 1888 / A Criação do Mundo, de Miguel Torga, 1937-1981 (completo)
Algumas referências: Obras de Nicolau Tolentino de Almeida (pref. de Alexandre O'Neill), Estúdios Cor, 1968 / Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica (sel., pref, notas de Natália Correia, ed. dita do Rio de Janeiro sem as ilustrações de Cruzeiro Seixas) / Década 13 da História da Índia, composta por António Bocarro, 1876, II vols / O Brasil Mental, de Sampaio Bruno, 1898 / O Encoberto, por Sampaio Bruno, 1904 / Cadernos de Literatura, Coimbra, 1978-1986, 25 numrs / Obras de Luís de Camões (pref. do Visconde de Juromenha), 1860-1869, VI vols / O Campeão Portuguez em Lisboa, ou o amigo do Povo e do Rei Constitucional (semanário politico liberal, editado por José Liberato Freire de Carvalho), 1822 [nº1 ao nº XXV] / Lembranças para S. Tomé e Príncipe, por Ruy Cinatti, 1972 / Claro Escuro: revista de Estudos Barrocos, 1988-1990, V numrs / Registo Genealógico de famílias que passaram à Madeira, por Luís Peter Clode, 1952 / Cântico do país emerso, de Natália Correia, ed. Contraponto, 1961 / Diana: revista de caça, 256 numrs / Dicionário da Pintura Universal, Estúdios Cor, 1973, III vols / Esboço de uma bibliografia (exaustiva bibliografia enológica e da cultura do vinho), 1945 / Onde tudo foi morrendo, de Vergílio Ferreira, 1944 / Bancarrota: exame à escrita das agências divinas, por Tomás da Fonseca, 1950 / Antropófagos, de Henrique Galvão, 1947 / A Hora: Revista-panfleto de Arte, Actualidade e questões Sociais [raríssima publicação dirigida por Ferreira de Castro, c/ a col. de Raul Brandão, João Pedro de Andrade, Eliezer Kamenezky, Eduardo Frias e Bramão Almeida), 1922, VI vols [nº1, 12 Março 1922 ao nº 6, 23 de Abril 1922) / Istoria do cativeiro dos prezos d'Estado na Torre de S. Julião da Barra de Lisboa ..., por João Baptista da Silva Lopes, 1833-34, IV vols / Bibliotheca Lusitana, por Diogo Barbosa Machado, Coimbra, 1965-66, IV vols / D. Manuel II, de Rocha Martins, II vols / Historia do Regímen Republicano em Portugal, dir. Luís de Montalvor, 1930-35, II vols / Traços do extremo oriente, por Wenceslau de Morais, 1895 / Novo Cancioneiro (imp publicação de poesia, com poemas de Mário Dionísio, João José Cachofel, Joaquim Namorado, Carlos de Oliveira, etc.), Coimbra, VII (dos 9) vols / Oceanos: revista, 1989-2002, 49 numrs / Lusitânia transformada, de Fernão d'Alvares do Oriente, 1781 / O Passatempo: jornal de instrucção e recreio para ambos os sexos, 1839, III vols / A Cidade e as Serras, de Eça de Queiroz, 1888 / A Criação do Mundo, de Miguel Torga, 1937-1981 (completo)
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