quarta-feira, 19 de novembro de 2003

EPISTOLÁRIO




Caro camarada a Dias:

Mando-te junto a croniqueta que o pessoal do Indy me pediu, porque sei que sociologicamente falando preferes o CM, o Crime e a Maria ou esse Record de grande jornalismo e não tens pachorra para leres prosas intelectuais. Dado os meus afazeres bloguísticos e, agora, com compromissos profissionais de monta, não te posso ir abraçar e dar-te uma monumental maçada sobre politica, música e futebol. Eu que até vesti a pele de mouro e tudo, enfim obrigações de intelectualóide lisboeta. Uma merda, pá. Mas o que me custa, é andar com os tipos do Público em cima. São uma cola, lá se dizia no Nino's Show, e não me posso ausentar das Lisbias. Deves compreender, que és nortista.
Tenho dias que não dá para blogar. Até pensei se não seria melhor começar a escrever obras de grande espessura, que o país precisa é leituras pesadas para adormecer com liberalidade, apesar de reinar a ordem em todo o país, mas depois penso que até uma segóvia era melhor. Coisas de tímido. Estava melhor era a fazer testes ao governo, mas a rapaziada neocon lá do jornal não compreenderia. A propósito, sabes que por vezes fico com a sensação (vi isso no A Perfect World, de Clint Eastwood) que o JPC é um infiltrado, assim que a modos que com prosa afiada de lumpen-fnacista a atirar para a sociedade sem classes? Enfim, com o PM é que não se pode contar, agora que anda em pousio pelos cafés e restaurantes em trabalho de escopofilia ao mulherio. Espero é que não tome a peito aquela máxima comuna de "a mulher a quem a trabalha". Seria a catástrofe. Que o céu não lhe caia em cima.
 
Tenho de acabar que estou com pressa de ir escrever dois ensaios ("Algumas palavras de conselho e estimulo aos nossos trabalhadores de blogs nobres" e "Ninguém há-de chorar os avós da classe operária"), um opinativo protestatório sobre "Jorge Sampaio em presidência à Berta" e terminar o livro de propaganda que o Portas me encomendou (quinhentinhos já cá cantam) que intitulei, "Schwarzenegger: um homem Lusitano".

Um abraço