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sábado, 7 de janeiro de 2012
COMO IDENTIFICAR UM MAÇON * Anúncio completamente grátis
V. Excia é da família do sr. José Cabral (genuflexão!), aquele que escarafunchou & vassourou a infame Maçonaria da paróquia nos tempos idos do dr. Botas de S. Comba (de muita memória), e está chocalhante de saudades desses sacros tempos? V. Excia arreganha (graciosamente) a dentuça quando se fala em maçonarias, enquanto dá brilho à venera cruz gamada ou à orelha de judeu que traz no bolso do casaco? V. Excia quer obsequiosamente conhecer a estoriadora Helena Matos para constituir família reaccionária e para se arrumar como escriba blasfémio em versão José Manuel Fernandes ou inspirado comentadeiro de blog, mas não sabe como desovar postas contra a infame pedreirada e o maçonismo? V. Excia, à cautela mas com grande espírito fraternal, deseja experimentar o sol alentejano (com cão de caça ao fundo) ou o Algarve pitoresco (burricando por Monchique) em companhia do eminente tudólogo M. Sousa Tavares, mas não sabe identificar um maçon (com palavra, peso e medida) de avental e jóias? V. Excia que tem uma paixão intelectual (e carnal) pelo sapientíssimo jornaleiro Ricardo Costa do Expresso/SIC, essa autoridade ou mito vivo da glória nacional, mas não dardeja (ou esgaratuja) um livre-pensador ou um jacobino (de perfil suave) a um palmo de si (em pé e à ordem) ou em contorno sugestivo? V. Excia, que é um José Agostinho de Macedo de sofá, almeja lutar pelo trono e o altar (e a divina Providência) espreitando, benevolente, trabalhos maçónicos, mas teme o irmão terrível e não sabe manejar o maço e o cinzel... então tem V. Excia ali (em cima) à sua disposição um magnifico vídeo doutrinal que não o deixa ficar filosoficamente atormentado quando se fala nos hereges filhos da viúva.
Boa noute!
domingo, 13 de fevereiro de 2011
ANTÓNIO TELMO - A AVENTURA MAÇÓNICA
Lançamento do Livro (póstumo) de António Telmo: "A Aventura Maçonica. Viagens à Volta de um Tapete. Seguido de Autobiografia e Sobrenatural em Luís de Camões"
DIA: 14 de Fevereiro (21 horas)
LOCAL: Círculo Eça de Queiroz [Largo Rafael Bordalo Pinheiro, 4]
APRESENTAÇÃO: Nuno Nazareth Fernandes
EDITORA: Zéfiro
[via Almanaque Republicano]
segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007
JOAO ANTUNES - NOTAS E BIBLIOGRAFIA
O dr. João Antunes - Notas e Bibliografia
O dr. João Antunes, como foi dito, escreveu com rara inteligência, um conjunto apreciável de artigos (em revistas) e livros, sobre "conhecimentos que pela sua natureza se não devem vulgarizar". Trata-se, evidentemente, de temas ligados ao ocultismo (na sua versão primitiva, via Papus), cabalismo, esoterismo, teosofia, martinismo, teurgia, templarismo, maçonaria, carbonarismo, etc. Mas foi, particularmente, um grande mentor do pensamento teosófico, quando este estava ainda (por cá) no seu começo, tendo sido um dos fundadores (e primeiro presidente: até 1924?) da Sociedade Teosófica de Portugal [STP], nascida em 1921 [juntamente com Silva Júnior (secretário-geral e presidente a partir de 1924?), Oscar Garção, Berta Garção, Francisco Esteves da Fonseca, Artur Nascimento Nunes, Domingos Costa, Maria O'Neill].
João Antunes conhece, estuda e divulga os grandes iniciados, de Hermes Trismegisto aos pitagóricos e mestres gnósticos, passando por Besant, Elifas Levi, Blavatsky, Guaita, Leadbeater, Peladan, Huissmans, G. Encausse (ou Papus, grão-mestre martinista), Saint-Martin, recorre até a Filon, Dante, Leonardo, Goethe. Conhece, portanto, a melhor (e, surpreendentemente, também a mais restrita) da bibliografia iniciática do seu tempo. Ao mesmo tempo convoca para as "ciências malditas" alguns autores ou adeptos lusos, incorporando-os na tradição iniciática portuguesa. Refira-se aos trabalhos feitos (ou às notas expostas) sobre Gil Eanes (ou Rodrigues) de Valadares, Colombo (vários artigos), Camões, D. Francisco Manuel de Melo, Pascoal Martins (ou Martinez de Pasqualys, reorg. do cabalismo maçónico), Padre António Vieira, Visconde Figanière e Morão [um dos primeiros membros da S. Teosófica de Blavatsky e pouco estudado por cá], Leonardo Coimbra, José Teixeira Rego, Ângelo Jorge (da O. Martinista), Sampaio Bruno, Alphum Sair (pseud. de um sócio do Instituto de Coimbra).
Alguma Bibliografia: As origens historicas do Christianismo e o racionalismo contemporâneo, s.d. / O Hipnotismo e a Sugestão, 1912 / Hipnologia Transcendental, 1913 / Oedipus: As Sciencias Malditas, 1914 / O Espiritismo, 1914 / A Teosofia: estudo da filosofia sincrotista, 1915 / A História e a Filosofia do Hermetismo, 1917 / A Maçonaria Iniciática, 1918 / O Livro que mata a morte [de Mário Roso de Luna, em versão port. de J. A.], Ed. Isis, 1921 / O Ocultismo e a Sciencia Contemporânea, 1922
e colabora (sendo director) na revista Isis [Revista de Questões Teosoficas e de Sciencias Espiritualistas, pertencente à Sociedade Teosofica de Portugal [1921-1922] e, do mesmo modo, na revista Eleusis [Revista Mensal Ilustrada de Cultura Filosófica – Janeiro 1927 a Março 1928, ed. da Livraria Clássica Editora].
Para terminar, e a fazer fé no que nos é dito (julgamos) pela pena de João Antunes, arquivamos o seguinte: "Está em organização a Sociedade Ocultista Portuguesa, filiada na Ordem Martinista" [in Eleusis, Maio de 1927]. Bem curioso. Fiquemos por aqui.
quinta-feira, 30 de junho de 2005
EMÍDIO GUERREIRO (1899-2005)
«um homem digno é um homem livre e só se é livre quando se é digno» [E.G.]
"Emídio Guerreiro nasceu em Guimarães em 6 de Setembro de 1899 e ali morreu, ao fim de 105 anos de andanças por um mundo que lhe apareceu à luz da candeia e o viu partir em plena aventura espacial. O tempo andou depressa e ele fez tudo por acelerá-lo. Gostava de falar e prolongava os prazeres da vida, mas nunca ao ponto de perder a ocasião de ver a história passar diante de si.
Aos 17 anos ofereceu-se como voluntário do Corpo Expedicionário Português, com guia de marcha para as trincheiras da Flandres, onde queria ser soldado na Grande Guerra de 1914-18 (...) O homem teve sempre uma atitude democrática e quando perdia afastava-se. A sua cidadania exerceu-a na divulgação dos princípios da liberdade, igualdade e fraternidade (...)
A 5 de Dezembro de 1917, Sidónio Pais fez um golpe de Estado e desmobilizou as tropas que deviam ir render os que estavam na Flandres, desviando Guerreiro do conflito. Mas outras viriam e nelas participou: a Guerra Civil de Espanha (1936-1939) e a II Guerra Mundial (1939-1945).
Regressou aos estudos e tornou-se um brilhante aluno de Matemática, na Universidade do Porto. Mereceu a distinção de em 1931 ser nomeado assistente extraordinário de Cálculo Diferencial, trabalhando com Gomes Teixeira, um insigne mestre. Foi-o por três meses. A nomeação não foi homologada por insubmissão política. O seu nome estava já referenciado pela polícia política do regime do Estado Novo desde 3 de Fevereiro de 1927, quando participou no levantamento militar contra a ditadura, liderado pelo general Sousa Dias, pelo director da Seara Nova, Jaime Cortesão, e pelo republicano de esquerda José Domingos Oliveira (...)
A interdição quanto à realização de uma carreira docente (...) foi a gota de água na paciência daquele jovem assistente. Ele fora convidado e, num acto de intolerância política, despediam-no (...) É certo que já estava ligado à oposição democrática, através da loja maçónica Comuna, onde adoptara o significativo nome de «Lenine» ..." [António Melo, in Público, 30 Junho 2005]
[colabora no semanário Humanidade (1 de Set. 1929 a 5 Abril 1931) - periódico do Grupo de Estudos Filosóficos Social «Lux», do Porto, e sob direcção de Carlos Cal Brandão - juntamente com Viriato Gonçalves (Grupo Liberdade), Mem Verdia, M. Sousa Cabral, Barros Lima, Ângelo Vaz, Guedes do Amaral, Alfredo Leitão, Jaime Cirne, Sentieiro de Almeida, Luís de São-Justo, A. Barros Júnior, Gonçalo Moura, José Manuel de Deus, Elmano Lavrar, Diógenes Fernandes Costa, Luiz Andrade, ...]
"Em 1932, a autoria de um panfleto contra o presidente Óscar Carmona levou-o à prisão, de onde se evadiu no mesmo ano. Partiu então para o exílio em Espanha, onde deu aulas. Quando, em 1936, começou a Guerra Civil de Espanha, Emídio Guerreiro lutou ao lado dos republicanos. Em 1939, com a vitória dos franquistas, fixou-se em França, passando à clandestinidade quando os nazis invadiram o país, já em plena Segunda Guerra Mundial. Durante os anos da guerra, Emídio Guerreiro foi um membro activo da Resistência contra a ocupação alemã.
Findo o conflito, Emídio Guerreiro voltou ao ensino de Matemática na Academia de Paris. Na capital francesa, foi um dos fundadores da Liga Unificada de Acção revolucionária (LUAR), em 1967. De regresso a Portugal, depois do 25 de Abril, participou na fundação do PSD e foi presidente do partido em 1975, devido a doença de Sá Carneiro" [in Jornal de Notícias, 30 Junho 2005]
domingo, 8 de fevereiro de 2004
ÉLIPHAS LÉVI [1810-1875]
n. em Paris, a 8 de Fevereiro de 1810
"Os franco-maçons tiveram sua lenda secreta; é a de Hiram, completada pela de Ciro e de Zorobabel. Eis a lenda de Hiram: Quando Salomão mandou construir o templo, confiou seus planos a um arquitecto chamado Hiram. Este arquitecto, para por ordem nos trabalhos, dividiu os trabalhadores segundo sua habilidade e como era grande o número deles, a fim de reconhecê-los, quer para empregá-los segundo seu mérito, quer para remunerá-Ios segundo seu trabalho, ele deu a cada categoria de aprendizes, de companheiros e aos mestres palavras de passe e senhas particulares... Três companheiras quiseram usurpar a posição de mestres, sem o devido merecimento; puseram-se de emboscada nas três portas principais do templo, e quando Hiram se apresentou para sair, um dos companheiros pediu-lhe a palavra de ordem dos mestres, ameçando-o com sua régua. Hiram lhe respondeu: "Não foi assim que recebi a palavra que me pedis". O companheiro furioso bateu em Hiram com sua régua fazendo-lhe uma primeira ferida. Hiram correu a uma outra porta, onde encontrou o segundo companheiro; mesma pergunta, a mesma resposta, e esta vez Hiram foi ferido com um esquadro, dizem outros com uma alavanca. Na terceira porta estava o terceiro assassino que abateu o mestre com uma machadinha (...)
Cada grau da ordem possui uma palavra que lhe exprime a inteligência. Não há senão uma palavra para Hiram, mas esta palavra pronuncia-se de três maneiras diferentes. De um modo para os aprendizes, e pronunciada por eles significa natureza e explica-se pelo trabalho. De outro modo pelos companheiros e entre eles significa pensamento explicando-se pelo estudo. De outro modo para os mestres e em sua boca significa verdade, palavra que se explica pela sabedoria. Esta palavra é a de que servem para designar Deus, cujo verdadeiro nome é indizível e incomunicável..." [Eliphas Lévi, Lenda de Hiram]
Locais: Biografia / Eliphas Lévi / Eliphas Levi (1810-1875) / Levi, Eliphas / Éliphas Lévi was a freemason / A Chave dos Grandes Mistérios / O Livro dos Sábios / Fiches de Lecture
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2004
ANOTAÇÃO SOBRE O MARTINISMO
[Pascoal Martins] "era um hebreu português foragido em França, onde reorganizou o kabalismo maçónico (Lojas em Bordéus, Marselha, Tolosa) (1760) e Paris (1768) tendo, segundo J. Bertrand (L'Occultisme Ancien et Moderne, Paris 1900) como discipulos principais Van-Loo, Saint-Martin e Bacon de la Chevalerie. Ao principio algumas tradições maçónicas não ligaram importância ao movimento. É o que se deduz da Biblioteca Maçónica, dedicada aos Orientes Lusitano e Brasiliense por um Cav. Rosa-Cruz, pag. 118, 1º vol. Em França parece que só se conhece o 1º volume desta rara e interessante publicação, dando-se como único publicado. Possuímos os quatro volumes publicados em França, os três primeiros em 1840 e o quarto em 1834 (o que supõe outras edição, tendo o quarto servido a bastas iniciações)
O Martinismo ainda hoje se mantem espalhado por toda a América e Europa (...) Gil Eanes ou Gil Rodrigues de Valadares andou imerso e apagado no agiologios até a aspiração romântica de Almeida Garrett (D. Branca e Viagens na Minha Terra). Fidelino de Figueiredo reduziu-o a uma interpretação naturalista (Serôes vol. XIII), António Correia de Oliveira criou-lhe uma aura panteísta (Tentações de S. Fr. Gil), o dr. Teófilo Braga reevoca-o num poema, encarnando sedentamente o platonismo (Fr. Gil de Santarém). A ementa agiologica pode ver-se nessa obra. José Pereira Sampaio aborda-o rapidamente (...) Goethe abordou a tragedia da psicose magica porque era um iniciado (...) Depois de ter recebido a iniciação em Francfort o grande dramaturgo estudou, dirigido po M.elle de Kletenberg, o Opus Mago-Cabalisticum de Weling, a Áurea Catena Homeri e as obras de Paracelso, da Agripa, etc. Os hermetistas alemães chamam ao Fausto, o Livro dos Sete Selos (Das Buch mit Sieben Siegeleng)
(...) De Dom Francisco Manoel foi publicado com as licenças da Inquisição o «Tratado da Sciencia Cabala» (1724) em edição póstuma. É um estudo rudimentar mas curioso (...) O Visconde Miguel Maria de Figanière, autor do Mundo, Sub-Mundo e Supra-Mundo, que Inocêncio não cita, primo co-irmão de Serpa Pinto, a quem dedica esta obra, pela afinidade das suas convições teosóficas, é pouco menos que ignorado em Portugal. (...)
[João Antunes, in nota de pé-página (p. 127) de Oedipus A Historia e a Filosofia do Hermetismo, Lisboa, 1917]
segunda-feira, 19 de janeiro de 2004
ASSOCIAÇÕES DE COIMBRA (XIX)
* Loja Pátria e Caridade (1852) - O Conimbricense refere que "depois de estabelecida a Sociedade de Instrução dos Operários, lutava esta por falta de meios para sustentar as aulas nocturnas". Assim, entenderam alguns dos fundadores da Sociedade, criar uma Loja Maçónica com o fim de conseguir meios para tal fim. Nos primeiros dias de Outubro de 1852, chega a Coimbra o académico Francisco das Neves Castanheira (Ir. Fuas Roupinho) com a necessária autorização para a fundação da Loja. Após uma reunião inicial numa casa da Rua do Poço, reuniram-se numa casa da Rua dos Grilos, pegada com o Jardim do Colégio de Santa Rita, e onde habitava o académico José Affonso Coelho, a Loja Pátria e Caridade. Dado a adesão verificada teve-se que mudar as instalações para o Colégio da Trindade. Pertenciam à Loja, na qual era Ven. Fillpipe de Quental, Francisco das Neves Castanheira, Manoel José da Fonseca (Ir. Robespierre), José Affonso Botelho, Henrique de Castro, Carlos Pacheco Bettencourt (Ir. Lafayette), José Bernardes Galinha, Augusto Pinto Tavares, Manoel Ignacio do Canto Ramos, António José da Silva Poiares, Joaquim Rodrigues de Andrade (Ir. Annibal), José Joaquim Ferreira, João de Brito Furtado de Mendonça, Amaro Affonso de Moura, Padre João Manoel Cardoso e Nápoles (Ir. Bailly), Joaquim Martins de Carvalho (Ir. Lamartine), Padre Luiz Caetano Lobo, etc. Deixou de se reunir depois de Junho de 1853. [in, Conimbricense, 1905]
* Associação Agrícola dos Campos de Coimbra (1853) [ibidem]
* Sociedade dos Operários do Theatro da Graça (1853) [ibidem]
* Choça Kossut (1853) - O Conimbricense refere que, de novo sob os auspícios do Padre António de Jesus da Costa, foi de novo organizado a Carbonária na cidade de Coimbra. Assim, em 1853 funcionava uma Choça com o título Kossut, de que foi eleito presidente Abílio Roque de Sá Barreto. Mas foi breve a sua existência e não teve seguimento. [ibidem]
domingo, 21 de dezembro de 2003
ASSOCIAÇÕES DE COIMBRA (XIII)
* Loja Philadelphia (1844) - O Conimbricense refere que a partir da revolução de 8 de Março de 1844, houve perseguição feroz contra ao mentores do partido progressista. Este partido entendeu criar um jornal para reagir às "prepotência da autoridade", tendo sido estabelecida a respectiva imprensa na Rua de Coruche, hoje Visconde da Luz, no edifício da Misericórdia, e a publicação saiu a 9 de Julho. Ora, em Junho estava instalada no mesmo edifício a Loja Philadelphia, de onde provinha a direcção do jornal. Coube a José de Castro Freire a incumbência de instalar a Loja em Coimbra. Pertenciam à Loja Maçónica, entre muitos, o Venerável, Dr. Agostinho de Moraes Pinto de Almeida (Ir. Sócrates), António José Duarte Nazareth (Ir. Camillo Desmoulins), Dr. António Luiz de Sousa Henriques Secco (Ir. Viriato), António Augusto Teixeira de Vasconcellos (Ir. O’Connell) e que era o orador, Padre António de Jesus Maria da Costa (Ir. Sieyés) como tesoureiro, Francisco Henriques de Sousa Secco (Ir. Giraldo), José Maria Dias Videira, Manoel Joaquim de Quintella Emauz, Dr. Joaquim Augusto Simões de Carvalho (Ir. Danton), Dr. Joaquim Júlio Pereira de Carvalho (Ir. Condorcet), Dr. José Teixeira de Queiroz (Ir. Aristides), Luiz Parada da Silva Leitão, José Henriques Secco de Sousa e Albuquerque (Ir. Diógenes), J. F. Mendonça Castello Branco (Ir. Washington), Abílio Roque de Sá Barreto (Ir. Lafayette), etc. Refira-se que o jornal se publicou até 24 de Setembro, dia em que foi suspenso pelas autoridades, tendo-se mudado para outra casa e sido retirados os objectos da Loja, levando-os para a Quinta que o Padre António de Jesus Maria da Costa tinha em Coselhas. As reuniões da Loja faziam-se em casa do Padre António, em Coimbra, na Calçada, hoje Rua Ferreira Borges, com entrada pelo Arco de Almedina. [in, Conimbricense, 1905]
* Associação Nova Especulação (1845) [ibidem]
* Sociedade do Theatro do Pateo da Inquisição (1846) [ibidem]
* Sociedade do Theatro da Rua do Norte (1847) [ibidem]
* Assembleia Académica de Coimbra (1848) – Antes Assembleia Philarmónica de Coimbra [ibidem]
* Assembleia Philarmónica de Coimbra (1848) – Pequeno teatro na Rua do Norte, pertencente ao Cabido. Como o espaço era demasiado pequeno, fundou-se outro no celeiro do mesmo Cabido à Sé Velha. Mais tarde conseguiram obter o espaço da Igreja de S. Cristóvão. [ibidem]
sábado, 20 de dezembro de 2003
ASSOCIAÇÕES DE COIMBRA (XII)
* Loja Segredo (1843) - O Conimbricense refere, que no ano lectivo de 1983/84, Luiz Carlos Pereira, estudante do 3º ano de Direito, fundou em Coimbra, uma Loja Maçónica, a que foi dado o nome de Segredo e de que ele foi Venerável. As reuniões faziam-se na primeira casa no princípio da Rua das Fangas, depois Fernandes Thomaz. A Loja estava arredada completamente da política e funcionava como apoio a estudantes e pessoas "que se achassem desvalidas". Quase todos os Ir. eram académicos, e habitantes da cidade eram apenas três. O litografo Luiz Augusto de Parada e Silva Leitão, foi quem abriu o selo da Loja e quem litografou em cetim branco os diplomas dos Ir.. A revolução de 8 de Março de 1844 fez terminar a Loja. [in, Conimbricense, 1905]
* Sociedade de Alegre Viver (1844) – Foi fundada por quatro rapazes, todos estudantes: António Fernandes Thomaz (direito), Jacintho Alberto Pereira de Carvalho (medecina), José Adolpho Trony (direito e lente, posteriormente), José Maurício de Carvalho (direito e teologia), Ricardo José Pimentel Baptista, José Ildefonso Pereira Carvalho, Daniel da Veiga Saraiva e Augusto Ernesto de Castilho e Mello. [ibidem]
* Assemblea Philarmonica de Coimbra (1844) [ibidem]
* Caixa Económica de Coimbra (1844) [ibidem]
sexta-feira, 19 de dezembro de 2003
ASSOCIAÇÕES DE COIMBRA (XI)
* Loja Restauração (1842) - O Conimbricense refere, que posteriormente à restauração da Carta Constitucional, em 27 de Janeiro de 1842, a maçonaria em Coimbra representante do partido Cartista, "viu-se triunfante, tendo por si o apoio do governo". Ora o administrador geral do distrito, José Maria Cardoso Castello Branco foi substituído pelo Visconde da Graciosa, e posteriormente, por decreto de 8 de Outubro, foi nomeado Governador Civil, António de Oliveira Lopes Branco.
Diz o Conimbricense que uma das coisas que teve em vista foi reorganizar a maçonaria na cidade e em todo o distrito, lançando mão nos elementos da Loja maçónica do Arco da Almedina, fundando uma outra. Assim, foi na casa onde outrora foi refeitório dos frades (no Claustro do Pilar) de Santa Cruz que se estabeleceu a Loja Restauração, nº 27 ao Or. de Coimbra. Pertenciam um grande número de pessoas, não só da cidade, mas quase todos os administradores do concelho e do distrito, párocos e regedores. É referido uma ocasião onde foi iniciado um "cavalheiro do concelho de Anadia", em que estava presentes 150 Ir., vindos dos diferentes concelhos, seguido de um "magnifico banquete". C
Como Lopes Branco foi eleito deputado, pelo colégio eleitoral do Douro, ficou Venerável da Loja, José António de Amorim. Curiosamente, o deputado Lopes Branco tendo passado da maioria para a oposição, dirigiu de Lisboa para Coimbra, e à Loja Restauração, uma prancha com "o fim de a fazer passar para a oposição". Após reunião, a Loja deliberou que como Lopes Branco não a tinha consultado para passar para a oposição, esta não se obrigava a segui-lo na sua carreira política. Depois da remessa da prancha da Loja para Lopes Branco, este aparece em Coimbra anunciando a necessidade de convocação da Loja. Sabedores de tal facto, vários elementos da Loja dirigiram-se à casa da Loja, desmancharam tudo e fizeram "abater colunas", impossibilitando Lopes Branco de fazer a projectada reunião. Desde então a Loja nunca mais funcionou. [in, Conimbricense, 1905]
* Sociedade de Socorros Mútuos (1843) [ibidem]
* Sociedade Philarmonica Conimbricense (1843) [ibidem]
domingo, 14 de dezembro de 2003
ASSOCIAÇÕES DE COIMBRA (X)
Associações de Coimbra (X)
Loja Maçónica Cartista (1837) - O Conimbricense refere que "Quinta de Revelles, que pertencera ao Mosteiro de Santa Cruz foi estabelecida no ano de 1837 a Loja Maçónica Cartista", cujo Venerável era o dr. Vicente Ferrer Netto Paiva, tendo permanecido nesse local até 1939. Passaram a fazer as reuniões no Colégio dos Militares, onde antes funcionava a Loja Urbonia. Tinha três entradas, a porta principal, a de um beco próximo e a que "faz frente para o Colégio de S. Bento". Esta última, era a preferida, dado não terem vizinhos. Parece que numa ocasião, quando José da Silva Carvalho veio a Coimbra presidiu a uma reunião. De outro modo, foi nesta Loja iniciado o académico e oficial da Secretaria do Reino, José Joaquim Coelho de Campos. Passou a Loja, do Colégio dos Militares para o Arco de Almedina em Julho de 1840. "Abateu colunas" em 1841, mas posteriormente, quando o partido Cartista subiu ao poder, o Governador Civil Lopes Branco, alguns dos seus elementos fundaram a Loja Maçónica Restauração nº 27. [in, Conimbricense, 1905]
Sociedade de Theatro da Rua do Corpo de Deus (1838) [ibidem]
Loja Audácia (1938) – "De 1838 a 1839 deu-se princípio em uma casa da Rua da Alegria a uma Loja, que tomou o nome de Audácia". Em 1840 mudou-se para a extremidade da Rua da Sofia, para o Colégio de S. Pedro, mais conhecido por Colégio das Borras, onde então morava o sr. João António Marques do Amaral Guerra. Regularizou-se a Loja debaixo dos auspícios do Gr. Or. Lusitano, de que era Gr. M. o Barão de Vila Nova de Foscôa.
No ano de 1843, o Gr. Or. Lusitano tinha debaixo da sua direcção: Loja Rectidão, Amizade, Amor da Pátria, Vigilância, Desterro (todas em Lisboa); Loja Audácia (em Coimbra); Loja Decisão (Faro); Loja 3 de Julho (Portalegre); Loja 21 de Julho (Elvas); Loja Lealdade (em Goa); Loja Luz Africana (em Luanda). Funcionou a Loja Audácia em Coimbra, até Março de 1844. [ibidem]
Nova Academia Dramática (1838) [ibidem]
Companhia Exploradora das Pedras Litographicas em Coimbra (1839) – "O académico José Victorino Damásio, 4º ano de Filosofia, fundou uma colecção de minerais unicamente para se exercitar na prática das regras de classificação" [ibidem]
Instituto Dramático da Nova Academia Dramática de Coimbra (1839) [ibidem]
terça-feira, 9 de dezembro de 2003
ASSOCIAÇÕES DE COIMBRA (VIII)
Sociedade do Theatro da Boavista (1829) - O Conimbricense diz, que "durante o governo de D. Miguel, houve representações na Quinta da Boavista, nos subúrbios da cidade, pertencente ao Sr. Manoel Barata de Lima Tovar". [in, Conimbricense, 1905]
Loja Maçónica Urbionia (1834) - Conta-se que depois da entrada do exército liberal em Coimbra (8 de Maio de 1834), o sub-prefeito da cidade foi José Narciso de Almeida e Amaral, sendo seu secretário D. João Corrêa de Portugal e Silveira, que frequentava o 4º ano de Leis. A secretaria foi estabelecida no Colégio dos Grilos. Ora, D. João de Portugal veio de Lisboa para Coimbra com a incumbência do Gr. Or. de fundar uma Loja. De facto, funcionou a Loja no Colégio do Carmo, Rua da Sofia, isto é numa "casa que tinha sido noviciado dos frades e que está na retaguarda do edifício junto à cerca". Foi aí que funcionou a G. Loja Prov. Urbionia, nº 100. Como curiosidade, refira-se que o venerável era D. João de Portugal (aluno do 4º ano de Leis) e um obreiro o próprio vice-reitor, dr. José Alexandre de Campos. Passou a Loja sucessivamente por vários locais, como: Colégio da Estrela; edifício velho das religiosas de Santa Clara; Colégio da Trindade; e a partir de 1836, chegaram-se a fazer reuniões da Loja nos próprios Paços da Universidade, na sala chamada do Docel, sendo venerável o vice-reitor dr. José Alexandre de Campos. [ibidem]
Sociedade do novo Theatro de Santa Cruz (1834) – Entre 1828 e 1834, a guerra civil fez cessar as representações na cidade. Depois da restauração do Governo Liberal, veio do Porto para Coimbra, em Outubro de 1834, a Companhia do actor Martins, e construiu-se um teatro nos baixos do antigo Mosteiro de Santa Cruz, junto da Igreja, lado Norte, sendo a entrada pelo adro da mesma igreja. [ibidem]
Assembleia Conimbricense (1834) – Destinada a um gabinete de leitura, a Associação Conimbricense mudou para Assembleia Conimbricense a partir de 1834, terminando em 1844 [ibidem]
Sociedade Conimbricense dos Amigos da Instrução (1834) – Tinha por fim promover a instrução na literatura, nas ciências e nas artes. [ibidem]
Sociedade de Beneficência para Asylos da Infância desvalida (1835) [ibidem]
domingo, 23 de novembro de 2003
ASSOCIAÇÕES DE COIMBRA (VI)
► Outra Loja Maçónica ao Arco de Almedina (1821) - "Vem citada nas «Memórias de Garrett», por Francisco Gomes de Amorim. É possível certa confusão com a anterior, mas como a casa citada por Amorim não é a mesma a que se refere Joaquim Martins de Carvalho (nos «Apontamentos para a História Contemporânea) ... Segundo Amorim: a citada associação, fundada ou ajudada a organizar por Garrett, era em casa de Jacques Orcel, livreiro ao Arco de Almedina". Corria que era a Loja da Carbonária [in, Conimbricense, 1905]
► Sociedade dos Amigos das Lettras (1821) - Patrocinada pelos irmãos Castilho, sendo presidente o pai, dr. José Feliciano de Castilho, lente da Faculdade de Medicina. Pertenciam Garrett, Joaquim António de Aguiar. Eram públicas as sessões. [ibidem]
► Loja Maçónica da Rua do Norte (1823) - Estabelecida nas casas da Rua do Norte, onde morava o dr. António Nunes de Carvalho, que pertenciam à Imprensa da Universidade. Dela faziam parte muitos lentes e doutores. De referir que durante o Governo Constitucional de 1820/30, as sociedades secretas eram toleradas sem que sofressem as perseguições de tempos anteriores. Com a "queda do sistema liberal, no fim de Maio e principio de Junho de 1823, chegou a hora das provações dos liberais". Foi então em 1823 que se dissolveu a Loja Maçónica da Rua do Norte. "No dia 14 de Julho de 1823, pela meia-noite, Manoel do Rosário Curado, mestre alfaiate desta cidade, servindo de Juiz do Povo na ausência do efectivo, com o seu escrivão Bento dos Santos, mestre sapateiro, acompanhado de 60 a 80 homens do povo armados de diferentes armas, dirigiram-se às casas da Rua do Norte, em que morava o dr. António Nunes de Carvalho, e onde supunham que havia uma loja maçónica. Ali visitaram e examinaram miudamente todas as salas, quartos, varandas, lojas, móveis, roupas, papeis e livraria e nada encontraram" [ibidem]
► Sociedade do Theatro do Pateo do Castilho (1824) - Sociedade dramática, de que faziam parte os filhos de Feliciano de Castilho, situada em casa do dr. Feliciano de Castilho, ao Arco de Almedina, no chamado Pateo do Castilho. [ibidem]
sábado, 22 de novembro de 2003
ASSOCIAÇÕES DE COIMBRA (V)
► Sociedade do Theatro da Rua de Coruche (1818) [in, Conimbricense, 1905]
► Sociedade Maçónica da Rua dos Coutinhos (1819) – Reunia nas casas pertencentes ao Visconde da Bahia, "do lado esquerdo quando se caminha da Sé Velha", onde habitava o Padre Joaquim Cordeiro Pereira, que tinha sido vigário em Eiras e prof. de Latim no Collegio das Artes. Diz o Conimbricense, que a Loja sofreu uma busca da policia, tendo-se encontrado a urna onde se encontrava as listas para votação dos cargos, e apenas face à desenvoltura do vizinho do lado direito da rua (negociante António de Oliveira e Sá), amigo do Padre Couceiro, evitou um desfecho trágico, porque misturou na urna o nome de pessoas importantes e "pronunciadamente realistas", o que levou as autoridades a desistirem. [ibidem]
► Sociedade Secreta dos Jardineiros (1820) – Era também chamada, «Sociedade Keporática» (képoros – jardineiro) e estava estabelecida numas casas na Rua do Cabido, pertencentes a José Guedes Coutinho Garrido. Foram as casas arrendadas, em 1820, por três estudantes: Manoel Gomes da Silva, 3º ano de Medecina, do Porto, e conhecido pelo nome de Chicara (mesma alcunha do pai); António Fortunato Martins da Cruz, 2º ano de Medecina, tb do Porto; Thomaz Aquino Martins da Cruz, irmão do anterior e no 2º ano jurídico (foi mais tarde governador civil de Coimbra, juiz de direito em Estarreja e juiz da relação do Porto). Ora, assustados com os acontecimentos políticos de 1823, decidiram tirar todos os objectos da sociedade, que estavam na sala de reuniões, e lançaram-nos numa cisterna existente no pátio das referidas casas, entregando as chaves ao Padre Cordeiro (vide associação anterior). Acontece que, o proprietário das casas veio para Coimbra, acompanhado com os filhos (para fazerem exame de latim), e descobriu os objectos depositados na cisterna das casas. Participou ou Juiz, o qual com o corregedor e provedor da comarca, procederam ao "exame" dos tais objectos, e para satisfazer a curiosidade dos habitantes mandaram espalhar no pátio da Sé Velha tais descobertas, tendo havido forte afluência do povo.
Um dos fundadores da sociedade foi um estudante brasileiro, natural da Bahia, Francisco Gomes Brandão (que parece que mudou o nome no Brasil para Francisco Gé Acayaso de Montesuma. Os acontecimentos foram muito comentados, tendo havido muitas publicações sobre o assunto, alguns com "disparates" à mistura, como os folhetos do Padre João Duarte Beltrão.
Ao que parece, pertencia à sociedade Almeida Garrett, segundo carta publicada na Gazeta de Lisboa de 26 de Junho de 1823. [ibidem]
► Loja Maçónica ao Arco de Almedina (1821) - Existiu uma Loja nas casas ao Arco de Almedina, que pertenciam ao próprio Juiz de Fora José Corrêa Godinho, depois Visconde de Corrêa Godinho. "Como a entrada pelo lado do Arco de Almedina é muito publica, serviam-se os IIr. da Loja, para entrar para ellas, de uma pequena porta que está num muro na Rua de Sobripas, e que por meio de uma comprida escada que desce pelos quintaes, dá comunicação para as ditas casas". [ibidem]
quinta-feira, 20 de novembro de 2003
ASSOCIAÇÕES DE COIMBRA (IV)
► Sociedade do Theatro da Rua das Figueirinhas (1810-1834) [in, Conimbricense, 1905]
► Sociedade Dramática dos 40 (1813) - Tratava-se de uma associação de académicos com 40 sócios, que foi proibido dado as ideias liberais da peça "Bruto" de Voltaire [ibidem]
► Sociedade do Theatro da Rua da Calçada (1813) - Na casa do relojoeiro João Pedro, na (hoje) rua Ferreira Borges. [ibidem]
► Sociedade do Theatro da Sé Velha (1817) - Funcionava na casa onde habitava o cónego Manuel José Coutinho, ao largo da Sé, em frente ao lado principal da Igreja. [ibidem]
► Sociedade de Theatro da Rua dos Coutinhos (1817) - Entre 1817/1818, Coimbra era frequentada por entusiastas das ideias liberais, com fortes aspirações de mudança. Entre eles figurava Almeida Garrett. Ora, muitos dos que foram proibidos pela peça "Bruto", acima citada, estabeleceram-se na Rua dos Coutinhos, na casa pertencente à família Coutinho. Mais tarde fundaram aí em 1817/18, uma Sociedade Maçónica a cargo do padre Joaquim Cordeiro Pereira. Em 1817/18 faziam parte do teatro, Garrett, Joaquim Sanches e José Maria Grande. De referir que Garrett apresentou, duas tragedias: «Lucrécia» e «Xerxes» [ibidem]
► Loja Maçónica Sapiência (1818)- No dia 18 de Outubro de 1817, foram enforcados em Lisboa Gomes Freire de Andrade e seus companheiros. Outros liberais promoviam novas conspirações, dirigidas por Manoel Fernandes Thomaz, no que resultou o movimento de 24 de Agosto de 1820. Caiu o governo, dando lugar a um governo liberal.
Esta Loja Maçónica reunia-se perto do Colégio Novo e a ela pertenceram muitos doutores, como Manoel de Serpa Machado, João Alberto Pereira de Azevedo, Sebastião de Almeida e Silva e António Pinheiro de Azevedo. Este último seria mais tarde vice-reitor da Universidade, renunciando às ideias liberais, tornando-se "um pronunciado absolutista". Ainda pertencia à Loja, um respeitável e rico comerciante de nome Francisco da Silva Oliveira. Como curiosidade, diga-se que não era permitido admissões de estudantes, sendo que havia um só, o estudante de Medicina José Maria Lemos, dado ser parente do Bispo D. Francisco de Lemos. [ibidem]
domingo, 19 de outubro de 2003
JOAQUIM MARTINS DE CARVALHO
Joaquim Martins de Carvalho [1822-1898]
Morre em Coimbra - 18 de Outubro de 1898
Joaquim Martins de Carvalho nasceu em Coimbra, frequentou aulas de latim nos jesuítas, fez parte do movimento da "Maria da Fonte" (1846), tendo por isso sido preso e levado de Coimbra para a Figueira da Foz e daí, num barco, para o Limoeiro em Lisboa. Foi um notável jornalista, talvez o mais admirável do seu tempo, colaborou no Liberal do Mondego, Observador (de que, posteriormente, foi proprietário) e principalmente nesse incontornável jornal, O Conimbricense [nº 1, 24 de Janeiro de 1854, ao nº 6230, de 31 de Agosto de 1907]. "Não tendo ele sido verdadeiramente um escritor, na acepção estilística do termo, foi um jornalista ardoroso e intemerato, arrostando tão corajosamente os perigos como afrontava sobranceiramente chufas e arruaças, em luta permanente contra tudo e contra todos pelo Progresso, pela Ordem e pela Verdade." [José Pinto Loureiro, in Índice Ideográfico de O Conimbricense, Coimbra, 1953]
"... A collecção do Conimbricense, escripto da primeira columma à última por Martins de Carvalho, é um repositório interessante da nossa historia pátria, em que o fallecido jornalista era aprofundadíssimo e excavador extremado de factos históricos ..." [Portugal Moderno, Rio de Janeiro, 1901]
"É preciosa a collecção do Conimbricense. Mais vasto repositório de história não é possível encontrar-se em nenhum jornal politico dos muitos que se tem publicado no paiz. É um arquivo inestimável de factos e documentos valiosíssimos, uma bússola indispensável a todos os cavouqueiros da história pátria. Quando mais não seja a história contemporânea de Portugal não pode fazer-se com segurança sem a consulta previa da collecção do Conimbricense ..." [Marques Gomes, in O Conimbricense e a História Contemporânea. Publicação comemorativa do 50º aniversario do nosso mesmo jornal, Aveiro, 1897]
De facto, como se pode ler pelo Índice Ideográfico de O Conimbricense (sob direcção de Pinto Loureiro), a vastidão e a importância dos assuntos publicados no jornal ao longo dos anos, faz dele uma fonte inultrapassável sobre os acontecimentos económicos, políticos, sociais e literários de finais do século XIX. São curiosas e estimadas as referências sobre Garrett, Arqueologia, Lutas Académicas, Bibliografia e Bibliofilia, Jornalismo, Cabralismo, Costumes, Duelos, Tauromaquia, Teatro, Tipografia, Viticultura, Eleições, Epistografia, Évora, Manuel Fernandes Tomás, Freire de Andrade, Guerra Peninsular, Herculano, Iberismo, Índia Portuguesa, Lisboa, Macau, José Agostinho de Macedo, Mosteiros, Mutualismo, Operariado, Marquês de Pombal, etc .
Absolutamente notável as inúmeras e preciosas referências que se dispõe sobre Coimbra, Inquisição, Ordens Religiosas, Invasões Francesas, Lutas Liberais, Miguelismo, Jesuítas, Maçonaria e Carbonária, Sociedades Secretas (como S. Miguel da Ala). Diga-se, que o próprio Martins de Carvalho pertenceu à Carbonária Lusitana de Coimbra (1848), ao que se julga fundada pelo Padre António Maria da Costa e dissolvida em 1850, e que foi diferente da denominada Carbonária Portuguesa (1896/7 ?), de origem académica, do maçon (Loja Montanha) Luz de Almeida, Machado de Santos, etc., que aparece mais tarde, e que não se pode confundir com a denominada Carbonária Lusitana, de pendor anarquista - daí ser conhecida pela Carbonária dos Anarquistas - muito sigilosa, a que pertenceram os anarquistas José do Vale, Ribeiro de Azevedo, entre outros [vidé a Carbonária em Portugal, por António Ventura, Museu Republica e Resistência, 1999].
Ao longo da sua vida, Joaquim Martins de Carvalho, fundou ou pertenceu a inúmeras Sociedades: fez parte da Loja Maçónica de Coimbra, Pátria e Caridade (1852-53), fundou a Sociedade de Instrução dos Operários (1851), o Montepio Conimbricense, Associação Comercial de Coimbra, Sociedade Protectora dos Animais, Sociedade de Geografia, Associação dos Arqueólogos Portugueses, Voz do Operário, etc. Refira-se que a sua livraria era extraordinária, com um conjunto raríssimo de jornais, revistas e publicações várias, sendo que o seu leilão foi um dos acontecimentos mais excepcionais entre os bibliófilos portugueses.
Algumas Obras: Apontamentos para a Historia Contemporânea, Imp. da Univ., 1868 / Novos apontamentos para a História contemporânea os assassinos da Beira, Imp. Univ., 1890 / A Nossa Aliada! Artigos publicados pelo redactor do Conimbricense, Porto, 1883 / Homenagem a Joaquim Martins de Carvalho, Typ. Operaria, 1889 / O Retrato de Venus. Edição Comemorativa do nascimentos de Garrett, Coimbra, 1899 / Os assassinos da Beira, Coimbra, 1922 / Catálogo da ... livraria que pertenceu ... a Joaquim Martins de Carvalho e ... Francisco Augusto Martins de Carvalho, Imp. da Univ., 1923
sexta-feira, 10 de outubro de 2003
JOSÉ ANASTÁCIO DA CUNHA
" ... A livraria do grande geómetra e poeta [José Anastácio da Cunha] foi então arrolada. Na sua estante de pinho, avaliada em 480 réis, alinhavam-se as suas obras de estudo e consulta, obras de matemáticos como Newton, Bessut, Hembert, Shervin, Muller, Lalande, Delacaille, Butler, etc. e obras de literatura que certamente mais interessam a maioria dos leitores. Ei-las: Calepino, avaliado em 2:500 réis; Dicionário Português e Latino, de Pedro José da Fonseca, avaliado em 2:000 réis; as obras do Padre António Vieira, em quinze volumes, avaliadas em 8:000 réis; a Vida do Príncipe D. Theodoro avaliada em 200 réis; as obras de Camões em um volume avaliado em 370 réis; as obras de Homero, O pastor peregrino de Francisco Rodrigues Lobo, avaliada em 720 réis; Teatro de Voltaire; Historia de Portugal, por mr. De La Clede; as obras de Cícero, Virgílio, Ovidio e Tácito; poemas de Milton; Epistolas, de Plínio; Fabulas de Fedro; obras de Rabelais e Molière; Vida de Dom Quixote; Tragedias de Séneca; obras de Suetonio e de Luiz de Gongora; finalmente a Crónica de D. Sancho II, avaliada em 120 réis. Conjuntamente com a livraria que revolveram, lá forma também buscar a sua papelada e dessa apreenderam varas cartas apensas ao processo, algumas das quais de dizeres misteriosos (...)"
[" ... Papeis apreendidos a José Anastácio da Cunha, in Episódios Dramáticos da Inquisição Portuguesa, Vol. II, de António Baião.
José Anastácio da Cunha era poeta e matemático da Universidade de Coimbra, foi denunciado à Inquisição em 17 de Janeiro de 1778 por um tenente de artilharia do Porto. Confessou em auto que lia Voltaire, era partidário do tolerantismo, lia livros proibidos, comia carne "em dias defesos", etc., tendo sido condenado a três anos de reclusão, tendo-lhe sido perdoado o desterro de quatro anos em Évora.
Refira-se que, relativamente aos citados "dizeres misteriosos" salientado por António Baião, é possível que Anastácio da Cunha tenha sido maçon, tendo ocorrido a sua iniciação enquanto esteve aquartelado em Valença do Minho (conforme sugere Raul Rego) ou talvez em Almeida. Ora a carta que é apresentada por António Baião nos Episódios, torna-se importante porque os tais “dizeres misteriosos” não eram mais que “escrita maçónica”, conforme alguns autores. Sobre este caso da filiação maçónica de Anastácio da Cunha com base na recolha de A. Baião, consulte-se o texto de João Pedro Ferro]
segunda-feira, 8 de setembro de 2003
ELIEZER KAMENEZKY [n. 7 de Setembro 1888 - 1957]
Eliezer Kamenezky, judeu russo, exilado em Lisboa, onde se estabeleceu como alfarrabista na Rua D. Pedro V, foi poeta e também pessoa que frequentava os meios literários e artísticos da cidade. José Malhoa fez-lhe o retrato, que vem na edição de Alma Errante. Fernando Pessoa foi seu amigo e prefaciou aquele seu livro, de 1932, com um dos textos mais importantes sobre a Maçonaria, os Judeus e os RosaCruzes. António Lopes Ribeiro fê-lo actor de cinema no filme a Revolução de Maio, onde figurava um bolchevista russo" [in, A procura da Verdade Oculta /Textos Filosóficos e Esotéricos, prefácio e notas de António Quadros]
Era, portanto, amigo de Fernando Pessoa que lhe prefaciou o livro "Alma Errante" (1932), sendo que tal texto introdutório ao livro de Eliezer Kamenezky é demasiado importante para passar despercebido. De facto, parece ser o primeiro texto em torno da problemática maçónica que FP publicamente escreveu. Yvette Centeno diz-nos ("Fernando Pessoa/O Amor/A Morte/A Iniciação") que faria parte de um projectado livro intitulado Átrio. As considerações de Pessoa em torno das origens da maçonaria são aí debatidas, expressando o poeta uma não correspondência evidente entre o judaísmo e o maçonismo. Curiosamente, um amigo seu e colaborador da Orpheu – Mário Saa – num livro "amaldiçoado" ("A Invasão dos Judeus", 1924) considera a origem judaico de FP via Sancho Pessoa, natural de Montemor-o-Velho. Ora, as linhas finais do prefacio ao livro de Eliezer (1932, note-se), são de alguma perplexidade, pois FP diz que, "nenhum judeu seria capaz de escrever este prefácio", o que levanta a questão de saber, afinal, passados oito anos do texto de Saa, que pretendia FP afirmar nessa sua demonstração de não ligação entre a maçonaria, os rosacruzes e a “conspiração judaica”? Ou houve alguma cumplicidade entre os dois?
Obras a consultar:
Alma Errante (prefácio de Fernando Pessoa) - Eliezer Kamenezky, Lisboa, Emp. Anuário Comercial, 1932
Fernando Pessoa/ O Amor/ A Morte/ A Iniciação – Yvette Centeno, Regra do Jogo, 1985
Fernando Pessoa e a Filosofia Hermética – Yvette Centeno, Presença, 1985
A Procura da Verdade Oculta /Textos Filosóficos e Esotéricos – Pref. António Quadros, E.A., 1986
O Pensamento Maçónico de Fernando Pessoa – Jorge de Matos, Hugin, 1997
sexta-feira, 29 de agosto de 2003
28 DE AGOSTO
n. 1481 F. Sá de Miranda
n. 1749 Goethe
"Nem esqueçamos que à Maçonaria devemos, neste critério, a maior obra literária dos tempos modernos - o Fausto, do Ir. Goethe, que foi iniciado na Loja Amália de Weimar em 23 de Junho de 1780, passando a Companheiro em 23 de Junho de 1781 e feito Mestre em 2 de Março de 1782" [Agenda Centenário de Fernando Pessoa, Edições Manuel Lencastre, 1988]
Canção de Linceu
"Nado para ver,
Para olhar justado,
Consagrado à torre,
O mundo é um agrado,
Olho lá para o longe,
Vejo aqui pertinho:
A lua, as estrelas,
A mata, o corcinho.
E em todos vejo
O adorno sem fim,
E como me agradou,
Eu me agrado a mim.
Meus felizes olhos,
Tudo o que sentiste,
Fosse como fosse,
Em beleza o vistes!"
[J. W. Goethe,in POEMAS, versão portuguesa de Paulo Quintela, Coimbra, U.C., 1958]
n. 1749 Goethe
"Nem esqueçamos que à Maçonaria devemos, neste critério, a maior obra literária dos tempos modernos - o Fausto, do Ir. Goethe, que foi iniciado na Loja Amália de Weimar em 23 de Junho de 1780, passando a Companheiro em 23 de Junho de 1781 e feito Mestre em 2 de Março de 1782" [Agenda Centenário de Fernando Pessoa, Edições Manuel Lencastre, 1988]
Canção de Linceu
"Nado para ver,
Para olhar justado,
Consagrado à torre,
O mundo é um agrado,
Olho lá para o longe,
Vejo aqui pertinho:
A lua, as estrelas,
A mata, o corcinho.
E em todos vejo
O adorno sem fim,
E como me agradou,
Eu me agrado a mim.
Meus felizes olhos,
Tudo o que sentiste,
Fosse como fosse,
Em beleza o vistes!"
[J. W. Goethe,in POEMAS, versão portuguesa de Paulo Quintela, Coimbra, U.C., 1958]
terça-feira, 26 de agosto de 2003
HOMENAGEM A MANUEL FERNANDES TOMÁS
A autarquia da Figueira da Foz, como em anos transactos, homenageou no passado dia 24 de Agosto Manuel Fernandes Tomás, figueirense ilustre, fundador do Sinédrio e um dos mentores da Revolução de 1820. Participou na elaboração das bases da Constituição que D. João VI jurou em 1821. Estiveram presentes na cerimonia, além do representante da Câmara Municipal, o Grão Mestre do GOL (António Arnault) e muitas figuras figueirenses.
Manuel Fernandes Tomás [1771-1822] nasceu na Figueira da Foz, foi síndico e procurador fiscal do município da F. Foz, vereador, Juiz de Fora em Arganil (1800), Superintendente das alfândegas e dos tabacos (comarcas de Coimbra, Aveiro e Leiria - 1805), provedor da comarca de Coimbra (1808). Logo após, "abandonou o cargo com a entrada de Junot" [A Maçonaria na Figueira (1900-1935), Isabel Henriques, Museu, Biblioteca e Arquivos da Figueira da Foz, 2001, cuja biografia seguimos ], tendo organizado a defesa da vila da Figueira da Foz ("Wellington nomeou-o Intendente Geral dos Viveres no quartel geral de Beresford"). Pelos feitos que se notabilizou foi-lhe atribuído o cargo de Desembargador Honorário da Relação do Porto (1812). "Em 19.8.1818 fundou o Sinédrio [com José Ferreira Borges, João Ferreira Viana e José da Silva Carvalho], sociedade responsável pelo eclodir da revolução liberal de 24 de Agosto de 1820, que lhe renderia a legenda de Patriarca da Liberdade" (idem, ibidem). Deputado pelas Beiras às Constituintes, participou na elaboração da Constituição de 1822.
Manuel Fernandes Tomás, foi iniciado na maçonaria em data desconhecida, tendo pertencido à Loja Patriotismo, nº7 de Lisboa da qual foi Venerável, com o nome simbólico de Valério Publícola.
Em 1900, por decreto maçónico nº16, de 10 de Junho, foi fundada a Loja Maçónica Fernandes Tomás, nº 212 na Figueira da Foz, sob o rito francês e pelos auspícios do GOLU [in, A Loja Fernandes Tomás, nº 212 da Figueira da Foz (1900-1935), Divisão de Museu, Biblioteca e Arquivo da Figueira da Foz, 2001]. Depois de um período conturbado, com separação do GOLU e correspondente trabalho irregular, regressa novamente à Federação do GOLU, Supremo Conselho da Maçonaria Portuguesa, não se sabendo por falta de documentação no seu arquivo (idem, ibidem) se a partir de Dezembro de 1932 teve qualquer actividade. Fizeram parte da Loja até 1932, 112 obreiros, sendo de referir: [in obra citada]
Manuel Gomes Cruz (Lassale), que foi Venerável e o "primeiro Administrador do Concelho da Figueira da Foz que a Republica nomeou" (id., ibid.), sócio da Associação Instrução Popular (como quase todos os outros obreiros), Bombeiros Voluntários, Santa Casa da Misericórdia da Figueira da Foz e da Cooperativa Fernandes Tomás, e um dos vultos de prestigio do Centro Republicano Cândido dos Reis; Fernando Augusto Soares (Napoleão), outro dos fundadores da LFT, da qual foi Venerável, Chanceler e Delegado à Grande Dieta, tendo tido papel importante no desenvolvimento da Figueira, como criar em Buarcos a Escola Nocturna Bernardino Machado, tendo sido sócio da Associação de Instrução Popular, da Associação Educativa da Mulher Pobre (fundou uma escola feminina), pensou e criou a Associação de Classe Marítima, construiu em Buarcos o Teatro da Trindade (replica do teatro da Trindade de Lisboa) tendo-o entregue ao Grupo Caras Direitas (hoje, ainda existente); José Gomes Cruz (Pasteur), um dos fundadores da Loja, onde exerceu os cargos de 1º Vigilante, Secretario e Chanceler, fez parte da Greve Académica de 1907 em Coimbra, pela qual respondeu em Tribunal Militar, foi vereador da Comissão Administrativa da Figueira da Foz, fundador do Centro Republicano Cândido dos Reis (Figueira) e um dos vultos culturais mais importantes da Figueira; José Alberto dos Reis (Descartes), um dos fundadores, foi lente de Direito em Coimbra e em 1923 pediu atestado de quite por razões profissionais, tendo sido mais tarde apodado de traidor (Oliveira Marques) dado o seu papel, na qualidade de Presidente da Assembleia Nacional (que o foi durante 12 anos), na celebre questão do Decreto de José Cabral de suspensão e proibição das Sociedades Secretas, e onde Fernando Pessoa interveio num conhecido artigo no Diário de Lisboa; Joaquim Figueira da Abreu (Tito), um dos fundadores; Joaquim da Silva Cortesão (Galeno), fundador da Loja, foi Presidente da Associação de Instrução Popular, da Cooperativa Fernandes Tomás e Presidente da Comissão Municipal Republicana da Figueira da Foz; José Joaquim de Abreu Fernandes (Bartolomeu Dias), um do fundadores; Adriano Dias Barata Salgueiro (Garibaldi), um dos fundadores da Loja; Henrique Raimundo de Barros (Barnave), fundador, foi professor de inglês na Escola Comercial e Industrial, secretário particular do Presidente Manuel de Arriaga, etc.; João dos Santos (Platão), filiado como um dos fundadores; José da Cunha Ferreira (Kruger), capitão da marinha mercante, tendo-se lançado na pesca do bacalhau, fundando e administrando a Atlântida Companhia Portuguesa de Pesca, fundador do Rotary Clube da Figueira da Foz; Bernardino Machado (Littré), filiado na LFT em 1903, "decorado com o grau 33º", foi-lhe concedido o cargo de Venerável honorário, tendo sido Presidente da Republica, exilado politico, Grão Mestre do GOLU, etc; João da Silva Rascão, foi um dos sócios fundadores e presidente da Naval 1º de Maio; José Bento Pessoa (Francisco Ferrer), grande desportista e ciclista do Ginásio Figueirense, era proprietário dos fornos de cal na Salmanha, tendo sido mais tarde atribuído o seu nome ao Estádio Municipal da cidade; Manuel Gaspar de Lemos (Voltaire), sócio da Misericórdia, impulsionou a construção do edifício da Escola Comercial e Industrial, influenciou a criação da Junta Autónoma do Porto e Barra, arborização da Serra da Boa Viagem, fundador da Sociedade Pesca Oceano e secretário da Associação Comercial da Figueira da Foz, preso politico e exilado na Bélgica; António Augusto Esteves (Francisco Brás), mais conhecido nos meios literários com o pseudónimo de Carlos Sombrio, foi jornalista e escritor, tendo sido director da Biblioteca Municipal, fez parte da celebre tertúlia, denominada "Coração, Cabeça e Estômago" de que fazia parte Joaquim de Carvalho, Salinas Salgado, Octaviano de Sá, Cardoso Marta, entre outros mais; José da Silva Ribeiro (João das Regras), jornalista, fundador do Jornal da Figueira, Voz da Justiça (encerrado pela PIDE em 1938), impulsionador da Sociedade de Instrução de Tavaredense, e doador da maior arte dos documentos que permitiu fazer a história desta Loja.
Actualmente, existem duas Lojas maçónicas na Figueira da Foz, sendo uma delas a Loja Fernandes Tomás.
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