Mostrar mensagens com a etiqueta Ota. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ota. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Discursos que "impõem respeito"



"Frases que impõem respeito"

"O que eu acho faraónico é fazer o aeroporto na Margem Sul, onde não há gente, onde não há escolas, onde não há hospitais, onde não há cidades, nem indústria, comércio, hotéis e onde há questões ambientais da maior relevância que é necessário preservar" [sr. Mário Lino]

"Até estou convencido que um aeroporto na Margem Sul JAMAIS teria o aval de Bruxelas, dadas as mesmas questões ambientais" [Ministro Mário Lino - Jornal de Negócios, 24/5/2007]

“O aeroporto na margem sul era o mesmo que transformar o Norte do Alentejo em Brasília” [Eng. Mário Lino – Jornal de Negócios, 24/5/2007]

"Para construir o aeroporto na margem sul era preciso transportar para lá milhares de pessoas" [Mário LinoJornal de Negócios, 24/5/2007]

"Um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes. Suponham que uma ponte é dinamitada? Quem quiser criar um grande problema em Portugal, em termos de aviação internacional, desliga o norte do sul do país" [padrinho Almeida Santos no final da reunião da Comissão Nacional do PS]

domingo, 17 de junho de 2007


OTA(rios)

«Ota, s.m. Gír. Provinciano, labrego, palerma. Indivíduo azado para o furto pelo 'conto do vigário'» [Gr. Dic. Língua Portuguesa de José Pedro Machado]

Os indígenas lusos, espicaçados de curiosidade folhetinista, assistiram esta semana a licenciosas compilações sobre o citado "novo aeroporto de Lisboa" - o de muita memória. Pela curiosa mostra concedida ao dr. Cavaco parece que a recente análise técnica do situ d'Alcochete foi tricotada por um raminho de 16 profs. universitários (!), com a fronte do sr. Francisco Van Zeller pairando como mecenas. Eis, portanto, o fragoso trabalho do sr. Van Zeller da CIP: dar graciosas consultas ao governo, inspirar reputados técnicos comentadores, resolver os problemas íntimos da canalha e impugnar as argúcias do dr. Vital Moreira e respectivo lobi. Pelo caminho e em divertida inocência, o sr. Van Zeller teve a virtude de desinfectar as mãos presidenciais do dr. Cavaco.

Foi a providência, gorjeia a corte cavaquista. Um milagre de Fátima segundo alguns paroquianos. Para outros, menos musculados, um simples espectáculo inútil a favor do eng. Sócrates. E, já agora, acrescentamos nós: uma falta de higiene. Na verdade, o episódio de limpar o eng. Sócrates & Lino requer mais vigor emotivo e menos bucolismos. A falsificação da Ota era uma caçoada pública. Mário Lino está vivo, para contar.

Mesmo assim, este excelente "conto do vigário" que é a localização do "novo aeroporto de Lisboa", teve o exótico momento de ver reaparecer o dr. Francisco da Quercus, conhecido ladrilhador ambiental. Perante a cantilena do sr. Van Zeller e sem ter lido uma única linha do documento, o dr. Francisco, em arremedo aborrecido, disse que era contra. O conceituado troveiro ambiental, já se viu, cobiça um emprego no estado como os seus antecessores. Aconchegar-se às saias do regime suscita sempre essas reacções corajosas. Ora ... ora, "paz na terra aos homens de bom apetite".