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quinta-feira, 28 de maio de 2009


HOMENS SEM QUALIDADES

O dr. Cavaco, verdadeiramente, nunca foi bem um político ou estadista convincente e providencial. Um chefe que inspirasse confiança. Um espírito à altura do seu papel. Para tal era preciso carácter, integridade, autoridade pessoal, lucidez, vigor, cultura. Não era necessário ser intelectualmente grande, bastava prudência e sinceridade pela "coisa" pública. No invés, o dr. Cavaco apenas quis sobreviver para a sua viagem pessoal, mesmo quanto sugeria estar a tutelar os desígnios pátrios. Sorte grande a sua, desilusão a de todos nós.

As vagas teorias sobre a Democracia, Portugal ou a Europa desse filho pródigo de alguma direita saudosa (o novo Messias) morreram logo na razão dos curiosos desmandos que a sua governação divulgou. A felicidade pública do nativo, artificialmente excitada, expirou mesmo antes de se avistar a "aritmética economista" do seu vindouro "oásis". Como diria Ramalho Ortigão: "os deuses eram de palha".

O dr. Cavaco não nos salvou da ruína, da decadência, não modificou o regime ou o sistema político, não soube construiu uma Res Publica, uma democracia. Apenas se rodeou no poder (sem que qualquer indignação se lhe visse) de um sem número de "adesivos" ou curiosos "senadores" que, mesmo aparentemente servis, astutamente o utilizaram para despojarem o orçamento do Estado. Os seus "procuradores do povo" arrumaram, antes de tudo, a sua própria clientela e souberam bem representar os seus interesses pessoais.

O dr. Cavaco, no meio do seu azedume contra a canalha, só conduziu o país para a confusão e abuso de uma "rede clientelar" de consequências absolutamente desastrosas. A política pós-Cavaco passou a ser uma "questão de compadres", de intrigas e as "avenidas do futuro" construídas, herança da sua obra financeira, foram um inegável "brinde" aos novos caudilhos. A trágica destruição das instituições, o desamparo à sociedade civil, o cansaço e a desmoralização a que hoje assistimos (e a que estamos condenados) venceram-nos definitivamente. Não por acaso estes dias irae da desvairada governação do regedor Sócrates são consequência funesta disso tudo. A lista dos Dias Loureiros, Oliveira e Costa, os prebentados de Macau, os melífluos Constâncios, o Lopes da Mota e os Freeport intermináveis que lentamente surgem, não têm fim à vista. A degeneração é total. Não há que estranhar!

NOTA: Ontem o dr. Cavaco, depois do pedido de demissão de Dias Loureiro do Conselho de Estado, disse que não distingue "um de outro dos 19 conselheiros de Estado" e que todos lhe mereciam "igual respeito". Esta infeliz observação é quase um insulto ao próprio Conselho de Estado e, reconhecidamente, os conselheiros não mereciam tal "entusiasmo". O dr. Cavaco fez de Dias Loureiro o cérebro da sua campanha presidencial, levou-o para o Conselho de Estado e fez a sua apologia até ao fim. Que mais imprevistos ou incidentes precisamos de assinalar?

quarta-feira, 27 de maio de 2009


COSTAS & DIAS ASSIM!

"Este aldrabão a reinar com a gente ... Devolve-nos mazé a massa, irresponsável" [Ernesto Sampaio]

O país acordou hoje numa cacofonia emocional notável. Pudera! Os coriscos acumulados por esse génio da gestão financeira (uma lenda do Cavaquismo empresarial), de nome Oliveira Costa, na sessão de ontem no Parlamento, foram um rendez-vous irrepreensível. O bom do nativo, ele próprio sofredor dessa "problemática do ego" que o sábio Costa atribui ao não menos sábio Dias Loureiro, depois do prudente silêncio que sempre legitimou a cantilena do poder, numa náusea aprumada & autorizada, estremeceu do seu desespero profundo e atirou-se ao Costa & Dias ... assim.

Tantos anos de rasgados oásis Cavaquista, bem plantados na paróquia; alguns mais sob louvação & requinte do bloco-central; outras tantas páginas lusas que o regaço do Barrosismo e as sinecuras do sr. Sócrates (agora sob manutenção do obcecado crente Vital Moreira) inventivaram nesta doce estrivaria, que o bom do nativo – lambuzando a esmola e desfeiteando o tempo perdido –, desata em impropérios contra a bem montada "rede clientelar", zurzindo curiosamente nos "despojos do cavaquismo" & demais "ismos". E não perdoa!

A elite que Abril fez nascer e multiplicar-se, essa geração sem valores nem curriculum e que laboriosamente correu à esfregação do poder político (para partir, depois, para o económico e financeiro), criou a reputação de ser quem "mais-pilha", numa infamante acção de destruição pública, sem precedentes. Oliveira e Costa & Dias Loureiro podem ser um enjoativo caso de falta de "decência", ou mesmo configurar uma banal "ajuste de contas" nesta estância à guarda do dr. Cavaco, mas seguramente que exibem o "melhor" que as elites lusas podem dar. O que não é de admirar!

sábado, 22 de novembro de 2008


PATÉTICO

Duas almas penadas – Dias Loureiro e Judite de Sousa - mostraram, ontem na RTP1, o talento dos "bons" tempos do governo do dr. Cavaco Silva. Tivemos a sorte de ouvir a voz poderosa de Dias Loureiro sobraçando a pele de um administrador de importantes empresas, e em especial da SLN, mas que mais sugeria estarmos perante a doutrina curiosa do meu merceeiro (que o amigo Joaquim de facto tem, e muita) sobre as suas mercadorias do que face a uma autoridade (e génio) no métier empresarial.

Dias Loureiro, trémulo e escandalosamente assustadiço, brindou os ouvintes com uma máscara (já muito conhecida) de ignorância em todos os assuntos que lhe diziam respeito, perante a deferência piegas da sua colega Judite de Sousa. Foi patético seguir a excelência do método loureiriano de administração de empresas, onde ninguém entendeu o que ele por lá fazia senão que tinha encontros espapaçados (e a sós) com o inefável Oliveira e Costa - "brilhante, muito inteligente, um trabalhador incansável", ainda segundo a propaganda do amigo e conselheiro de Cavaco Silva – e que num qualquer tempo assinava as contas da mercearia (o singular BPN), muito à boa maneira do que o meu distinto amigo Joaquim faz. E assim vai a Banca indígena!

O deprimente esclarecimento público de Dias Loureiro, ao que parece, estimulou a memória desses (também) curiosos António Marta e Miguel Beleza. Os amigos do sr. Cavaco Silva são bem estranhos e decerto não ficará por aqui a converseta. Resta saber como é que o politicamente "aprisionado" Presidente da República responde a este "oportuno" episódio que lhe caiu no regaço. Responderá na mesma moeda ao sr. Sócrates!? Ou passa!