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quinta-feira, 10 de janeiro de 2008


O Tratado preventivo e a carneirada

O sr. Sócrates, com o dr. Cavaco pela mão e o fodaz Barroso de permeio, entendeu não referendar o Tratado (dito) de Lisboa. Fez bem! Muito bem!

Sabe-se como é difícil explicar à carneirada do Largo do Rato qualquer retórica de teor constitucional (atente-se, apenas, no lustre intelectual do sr. Vitalino Canas, para ver a dificuldade de tudo isso) e imagine-se, portanto, o trabalhão que seria ensinar a gramática do Tratadus à canalha. Suspeitamos que nem o dr. Vital Moreira, agora afincadamente a labutar nas Novas Oportunidades Socratistas, conseguiria, mesmo com o auxílio (bestial) da labita do dr. Miguel Abrantes, dar conta do recado. Os indígenas lusos são admiravelmente analfabetos, deliciosamente insanos, inspiradamente discretos para a coisa pública. E ficam emocionados no acto referendário. Não o praticam. De todo!

Incapaz de analisar o que quer que seja - para as dúvidas e outras minúcias técnicas têm sempre à mão, entre outras prosas, a provisória opinião do dr. Júdice, a oração presidencial do dr. Cavaco ou a coluna enfatuada do sr. Henrique Monteiro -, o nativo português não distingue a substância do Tratado no meio daquele ajuntamento de palavras, perde-se nos capítulos, não vê a elevação de forma dos seus protocolos e corre as emendas como se estivesse num arraial. Tal maravilha hermenêutica justifica o serviço pátrio do Senhor Presidente do Conselho de Ministros. E a ordem expressa do governo da União Nacional, a todos os seus vassalos. Absolutamente!

Assim sendo, a aprovação preventiva do Tratado (dito) de Lisboa, pelos óptimos cús alapados no cadeiral de S. Bento, faz todo o sentido. Estamos, pois, com o sr. Presidente da União Nacional. Bem-haja!