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sábado, 2 de maio de 2009


PORQUÊ, dr. VITAL MOREIRA?

Temos uma forte simpatia pessoal pelo dr. Vital Moreira. Quem passou por Coimbra e acompanhou a lide académica e cultural, saberá entender. Tal clarão, que circunda (ainda) a sua brilhante figura, não se apaga por trajectos pessoais e políticos (antes e depois de Abril), que só ao mesmo diz respeito: como homem livre que é. Ou não estivesse a nossa alma "cavada de trincheiras", como diria Joaquim Namorado.

O episódio insensato e intolerante que se passou na concentração (e manifestação) do 1º de Maio com o candidato Vital Moreira, que abriu telejornais e relembrou outros "esquisitos" acontecimentos – caso da Marinha Grande, Felgueiras e Matosinhos –, é absolutamente lamentável ao mesmo tempo que não desculpa ninguém.

Que o dr. Vital Moreira – vestindo a pele (na falta de outra) de candidato & propagandista eleitoral – apareça à frente de uma delegação do governo (reaccionário) do sr. Sócrates para a bênção da CGTP e reconhecimento público televisivo, sendo um comportamento bizarro (outros dirão, provocatório) da sua parte, não é impossível (como se viu) nem inesperado (como se comenta). O dr. Vital Moreira tem todo o direito de frequentar lugares, que ele mesmo violentamente enjeita. A liberdade e a democracia são isso mesmo. Que outros assim o não entendam, mesmo sendo de igual modo um agir livre, só os responsabiliza pelos seus arremedos. A cada um a sua imputação!

Por isso, neste alucinado espectáculo, ninguém está de fora. Os exaltados sujeitos que tentaram tirar esforço de Vital Moreira, extravasaram os limites da civilidade, e praticaram um acto gratuito e provocatório, que contra eles se virou. O dr. Vital Moreira, que ao longo destes anos de terror autoritário Socrático se tornou um audacioso especialista em insultos (intelectuais) e ameaças (jurídicas) a quem trabalha e, em especial, aos sindicatos, sabia naturalmente a inoportuna visita de cortesia que ia fazer. A organização da manifestação, a cargo da CGTP, de igual modo não desconhecia a crescente animosidade que Vital Moreira tem no país real, e foi totalmente imprudente e irresponsável. O dr. Vítor Ramalho, decerto obreiro desta baralhada, não fica bem na foto, mesmo que confesse a sua venerável paixão pelos trabalhadores. O sr. Vitalino Canas, a testada política do sr. Sócrates, lá apareceu ao público na sua habitual reclusão provocatória, lançando mais fogo na fogueira.

Entretanto, alguns curiosos "analistas" nas TV’s, num prosaísmo grosseiro, clamaram contra Carvalho da Silva, pelo que (não) disse, manifestando um retorno às velhas relíquias doutrinárias de antanho. A descrição deste espectáculo insano teve o seu auge numa diatribe de Carlos Abreu Amorim na RTPN, que o transformou, o que era um brilhante observador, num vulgar e trôpego comicieiro.

Esta inesperada feira, em pleno 1º de Maio, sugere que os tempos que vamos assistir vão ser de lodo e destruição. A degradação económica e política, a intolerância, a oratória pífia, impregnam os ares. Revolver as cinzas, é o que nos resta. Se ainda tivermos tempo!

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Olha o 1º Maio ... ó freguês!

Para os nossos leitores de Maio, sem insónia ou fraqueza excessiva, e para promover a cura e combater o tédio - quanto possível -, expulsando a moléstia destes dias-a-dias de suores copiosos e palestras muito chãs e dissolvidas em cavaquês, temos o prazer de apresentar

L'Internazionale – Area



P.S.: Curiosamente a parte artística deste 1º de Maio, ou poesia dos trabalhadores (os que o são), teve as trovas & o lampejo do proleta da UGT, o sr. João Proença. Sabe-se que nós, por mero acaso, não somos de excursos suaves. Mas assistir ao folclore do sr. Proença neste 1º de Maio, enquanto nas vésperas (ou nos amanhãs que cantam) lambe liberalmente as mãos do patrão Sócrates (como antes do casto Bagão Félix), ou aos seus pomposos quanto hipócritas discursos, é demais mesmo se a pregação é mais do mesmo. Como diria o povo na sua sageza: "Um burro sobre um animal / à maneira de Portugal".