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quarta-feira, 24 de setembro de 2003

BIBLIOTECA LUIZ FORJAZ TRIGUEIROS

LEILÃO DE LIVROS (Primeira Parte) - Dias, 6, 7 e 8 de Outubro de 2003

Resenha Bibliográfica da Biblioteca que Pertenceu ao Escritor LUIZ FORJAZ TRIGUEIROS

Literatura Portuguesa / Francesa e Brasileira / História e Arte /Filosofia e Ensaios/ Conjunto Invulgar e Valioso de Manuscritos Autógrafos (Cartas, Postais e Cartões de Visita) dos mais Consagrados Escritores, Poetas, Artistas e Políticos do Século XX - Dias, 6, 7 e 8 de Outubro de 2003 (20 horas) / sob Direcção de José Manuel Rodrigues (Livraria Antiquária do Calhariz, Lisboa).

Local do Leilão: Casa da Imprensa, Rua da Horta Seca, nº 20 - Lisboa


"Luiz Forjaz Trigueiros nasceu em Lisboa, em Abril de 1915 e faleceu na sua casa da Rua da Imprensa à Estrela, em Lisboa, em Setembro de 2000, depois de uma longa vida dedicada à literatura e à intervenção cultural. Contava então 85 anos de idade.

Jornalista, ensaísta, crítico literário e ficcionista, iniciou a sua carreira literária muito cedo, com apenas 16 anos de idade, como colaborador do semanário Notícias de Alcobaça (1931) e do jornal Revolução (1932), tendo também exercido a crítica literária e de teatro, entre 1934 a 1942, no Fradique e na Acção. Em 1937 foi um dos fundadores do semanário literário Bandarra, dirigido por Thomaz Ribeiro Colaço; entre 1941 e 1946 pertenceu aos quadros da então secção brasileira do Secretariado Nacional de Informação e Turismo, dirigido por António Ferro e, nessa qualidade, foi também redactor da revista luso-brasileira Atlântico; colaborou no vespertino Diário Popular desde a sua fundação, em 1943, como crítico de teatro, sendo redactor efectivo em 1945 e seu director desde 1946 a 1953. Durante vinte anos, entre 1954 e 1974, manteve uma coluna semanal intitulada «Temas», de análise e comentário literário, no suplemento «Artes e Letras» do Diário de Notícias ... Foi colaborador regular do Primeiro de Janeiro (...) e da antiga Emissora Nacional ...
Senhor de uma educação familiar muito esmerada, com uma formação cultural vincadamente católica e integralista, desde muito novo que leu os grandes pensadores franceses e portugueses – com destaque para François Mauriac e António Sardinha (...) A par da sua actividade cultural, desempenhou cargos de vária índole, tendo sido administrador da TAP ... membro do Conselho Fiscal da Livraria Bertrand ... e administrador da mesma editora desde 1951 a 1974 ... Pertenceu [ao] Instituto de Coimbra, a Sociedade de Geografia de Lisboa, Comunidade Europeia de Escritores … Associação Internacional dos Críticos Literários, a Associação Portuguesa de Escritores, Grémio Literário e o Círculo Eça de Queirós, o Pen Clube Português ..." [A.M.T, in Catálogo da Resenha Bibliográfica ...]

Algumas peças bibliográficas a leilão: Cartas de Jorge Amado / Cartas manuscritas de João de Ameal ( noticia da morte de Alfredo Pimenta e onde se lê: «Não posso dizer que fosse meu mestre – porque os únicos mestres que, de facto, me ajudaram a formar-me intelectualmente e, até, espiritualmente, foram, no domínio teológico-filosófico, o João Tomaz e, no domínio filosófico-político, o Maurras») / Cartas manuscritas de Maria Archer ("pedindo que leia o seu último livro – Ela é Apenas Mulher -, apelidado de livro pornográfico por um critico do jornal «A Voz», que sugeriu a sua apreensão pela polícia") / Ponte de Lima, texto manuscrito (24 pgs) de José de Sá Pereira Coutinho (Conde de Aurora) com uma referência a «esse estranho e fenomenal Fernando Pessoa... ») e enviado com de dedicatória em 1938 a Forjaz Trigueiros) / Carta (2 pág.) confessional de Ruy Belo, enviada de Niza / 1º Edição de O Manto, Agustina Bessa Luís (1961 ?) / Conjunto curioso e valioso de cartas manuscritas de Agustina / Franca, poema ("patriótico") inédito dactilografado de António Botto, datado de Julho de 1944, Rio de Janeiro / 5 livros de Luís Cajão, com evidente interesse Figueirense / Obras de Luiz de Camões, IN, VI vols, 1860-1869 (comentários biográficos do Visconde de Juromenha) / "Invulgar e importante colecção de «Cartões de Visita» na sua maioria autografados por grandes personalidades da vida portuguesa, desde o final do sec. XIX a XX" (Herculano, João Deus, Bolhão Pato, Salazar, António Ferro, Caetano, Namora, António Pedro, Gaspar Simões, João Barros, Hipólito Raposo, etc.) / Simples Canções da Terra Seguidas de uma Ode a Gomes Leal, rara publicação de Casais Monteiro (1950) / Don Quixote de La Mancha, translated by Peter Motteux, ilustrated by Salvador Dali, NY, 1956 / Histórias de Bichos, João Condé, 1947 (tiragem 200 expls) / A Mosca Iluminada e Cântico do País Emerso, raras publicações de Natália Correia / Texto manuscrito (29 pgs) de Júlio Dantas, intitulado «O Caso de Espanha», original do texto publicado no DP (anos 40) de reconhecimento da Espanha Franquista / Canto de Morte e Amor, rara edição poética de Afonso Duarte (1952) / Ex-Libris Rares Portugais, folheto s/d, opúsculo raro / Extensa obra e cartas manuscritas de Gaspar Simões / 6 obras invulgares (de 1959 a 1968) de Ana Hatherly / Conjunto valioso de postais e cartas manuscritas de Afonso Lopes Vieira / Outro conjunto de cartas autografas de vários escritores (Azinhal Abelho, Barrilaro Ruas, Mário Beirão, Fernanda de Castro, Cottinelli Telmo, Delfim Santos, ...) / Outro da Família Real Portuguesa (D. Amélia, Duarte Nuno) / 3 cartas de Tomaz Kim ("Chegaram-me aos ouvidos uns vagos rumores políticos: remodelação em Outubro. O patrão estaria a chocar em santa Comba. Mas o que o boato tinha de sensacional era de que o Teotónio se ia embora! A hora é de «ónião», para não nos afundarmos todos") / 4 cartas dactilografadas de António Pedro (sobre o seu "trabalho técnico na TAP, no Rio de Janeiro, que em geral de desconhece") / Violão do Morro, raro livro de Vitorino Nemésio, (1968) / Carta manuscrita de 8/02/1949, de Alberto de Serpa ("O Ferro [António] está sendo um inimigo da Cultura e da Inteligência, e é necessário que diga isso quem tem força moral e intelectual para o afirmar ... O Ferro está traindo os seus antigos companheiros")