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segunda-feira, 12 de março de 2007


A vidinha

A vidinha, mesmo a mais fútil & vã, é cada vez mais um treino formidável de sobrevivência. Por isso, a não ser entre o raminho de ministros, todos os empresários, alguns gerentes de jornais e, claro, os cavalariços do reyno (onde os alforges são tão pesados que, dizem por aí, nem no tempo do dr. Cavaco se viu tal), anda tudo sem tesão, digo, sem tesura, para grandes maledicências ou discursos suspeitosos. À cautela, que o SISI anda por aí, arrastamo-nos entre exercícios reparadores da boa cautela & o desejo íntimo (nobilitante que seja) de dispensar o país, com os histriónicos amigos do padroeiro Sócrates em apenso.

Tão depressa o conceito foi adoptado, que o arquitecto Saraiva, em admirável imagem preventiva, descobriu talentosamente a liberal via para a sua segurança & de demais burricada. Assim, tremente de glória, ei-lo já habilitado a dar gorjeios ao eng. Sócrates e outros sábios, nas páginas do Sol, em versão que ofenderia o próprio António Ferro. É que desde os tempos do repasto económico do sr. dr. Oliveira Salazar (íntimo economista deste senhor) que não se observava momento memorialista assim. Há que aproveitar, Saraiva!

quinta-feira, 19 de junho de 2003

O GENIAL ARQUITECTO SARAIVA


As musas apaixonaram-se pelo director d’O Expresso. Não temos dúvidas. É que só um génio admirável, editorialista emérito ou escritor polido, como é o senhor arquitecto, pode estampar prosa assim, num jornal:

«Muita coisa mudou, de facto, com a guerra no Iraque. E ou me engano muito ou a alteração dos equilíbrios no Médio Oriente, na Europa, na relação com os EUA e na percepção de algumas personalidades mundiais vai ter no futuro próximo enormes consequências».

Pois, não está enganado caro director. O seu discernimento da cena política mundial – para não dar loas ao cabedal de conhecimentos caseiros que mestre Saraiva todos os sábados nos atira sobre as nossas cabeças – parece acertado. Juro, pois que me foi ensinado, docemente, pela filha da minha lavadeira. Nessas sessões expositivas, ela nunca me mentiu. Podem crer.