
"
Sem ordem nem desordem" [
Eluard]
Voltar à saudade sebástica, ao antiquíssimo cantar nestes campos do 
Mondego, com mar ao fundo. Para escusar a fadiga relembremos 
António Telmo, 
Manuel Gandra, 
Agostinho da Silva, 
António Quadros, 
José Marinho, 
Leonardo Coimbra, e muitos muitos outros. 
«
Coexiste comigo muita gente
que vive comigo apenas porque
dura comigo» 
F.P.
O salutar descanso nos doces campos do 
Mondego e o regresso sempre mais razoável, prudente e sensato. Longe vai o tempo de longas vigílias para fazer mandas aos profanos. 
Pascoaes, 
Sampaio Bruno o Encoberto(
Telmo dixit), 
Sant’Ana Dionísio, 
Botelho, 
Álvaro Ribeiro, 
Dalila Pereira da Costa, e muitos muitos outros.
«A vida é tão brava
A alma tão vasta
Ai passa ao de leve
A soidade hausta
Choras e ris
Acoit’o bater
Duma flor de Liz
Neste Alvoracer
A Alva é de brôa
Seu colmo seu linho
Num búzio ressôa
Eterno menino
Luz que vem de estrêla
Estrêla desce à terra
Anuncia à bela
O viria qu’encerra
Senhora do Ó
Que estás em botão
Já trazes ao colo
A palma da mão.
[
Francisco Palma Dias, Senhora do Ó]
Retomando a ventura de mestre 
Ferreira, o encadernador, folheio a 
Revista Leonardo, levada assim para fim de semana. Volta-se as paisagens como páginas. Refeito que foi o ânimo, estranho o discurso de alguns, concebidos no 
Integralismo bafiento, que na 
blogosfera fazem um exercício petulante e caprichoso, contra cavalheiros livres e incómodos, infames. O nevoeiro da 
Santa Liberdade  é a má língua do passado. É o arrocho desbragado da vida. A pátria rumando contra 
Porto Graal. Aqui, professores mesmo que loquazes, não podem ensinar a voar sobre o abismo. Porque, afinal, ‘
onde se está a viver, se se vive distante da vida?’ 
Chega-se a 
Coimbra pelas terras do 
Mondego. 
Pedro e 
Inês. Morada esguia e perversa. A armadilha do caminho e do corpo. ‘
A terra que pisas já não é a mesma em que o olhar se deitava antes de teres partido’. Há muitos, muitos anos.