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quarta-feira, 14 de julho de 2010
PUBLICAÇÕES ESCOLARES DO LICEU DE AVEIRO DURANTE O ESTADO NOVO
Preia-mar s.f. nível máximo da maré; o maior nível atingido pelas águas, no fim da enchente; maré cheia; maré alta
A Escola Secundária de Estarreja, "aproveitando a abundância da maré", por ser a hora esperada e seguros dos trabalhos de marinharia, lançou a revista "Preia-Mar" (em versão digital, AQUI). São 98 páginas de "(re)encontro com pessoas e documentos", uma navegação à memória das gentes e das terras que a comunidade educativa serve, uma escrita que é um "tributo à natural afeição das gentes de Estarreja", ao labor da terra, da ria e ao mar. E pelo que se vê o vento foi próspero. Muitas felicitações!
No que a este "estabelecimento" diz respeito, fazemos referência à publicação do estimado texto de Maria de Jesus Sousa de Oliveira e Silva [MJSOS], "A História das publicações escolares do Liceu de Aveiro durante o Estado Novo" [pp. 9-15], aliás uma adaptação de uma parte do mestrado da autora em História Contemporânea de Portugal ["A história e o liceu no Estado Novo", Maio 1993], via FLUC.
É evidente que o trabalho académico de MJSOS foi um serviço que enriqueceu a (então?) pobre historiografia na área da história da educação e das ideias pedagógicas em Portugal, nomeadamente o importante e incontornável contributo da imprensa periódica escolar para o estudo das reformas educativas, mas que também nos traz a dimensão do pensamento pedagógico e a construção das instituições escolares, do mesmo modo que coloca a problemática e a natureza da cultura associativa, da organização, revindicação e luta do movimento associativo da classe docente. Da República ao Estado Novo e deste ao 25 de Abril não há dúvidas que a imprensa escolar é o lugar privilegiado, o lugar de afirmação, vigilância e regulação colectiva [cf. António Nóvoa] de luta (resistência) de ideias e valores dos/contra os regimes, que a partir dos seus conflitos e polémicas caracterizam ao longo de gerações não só a obra e o sistema educativo mas que reflecte, também, a ideologia e a acção governativa ... [continua AQUI, no Almanaque Republicano]
LER TUDO AQUI no Almanaque Republicano.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
A GAFANHA - CAMPOS LIMA
"A Gafanha, meus caros senhores, não é senão esta boa terra de mesquinharias e de toleimas, a fingir de nação da Europa e que nem ao menos por decoro anda de tanga. A Gafanha é a ‘piolheira’, onde só é gente o sr. Burnay. A Gafanha são os padres do ‘Portugal’, é a intentona, é a juventude monárquica, é a barriga do sr. Alpoim, a chefia do sr. Vilhena, a lei de 13 de Fevereiro, a beleza do sr. D. Manuel, o ‘Vasco da Gama’, o discurso da coroa, a chalaça do sr. Ferreira do Amaral e os adiantamentos. A Gafanha é esta terra de cegos, onde não havendo ao menos quem tenha um olho para ser rei, por esse facto se pensa fazer a República ..." [in A Gafanha, nº1]
A Gafanha. Quinzenário(?) Anarquista [nº1 (Março ? 1909) a nº 8 ? (1909)]. Editado por Campos Lima [João Evangelista]; correspondência, Rua do Ouro, 149, 2º, Lisboa; composto e impresso na Typ. Minerva, de Gaspar Pinto de Souza & Irmão, Vila Nova de Famalicão.
A Gafanha é um periódico de grande raridade, dado a perseguição e as penas a que estavam sujeitos aqueles que pugnavam pelas "doutrina do anarquismo", resultante da Lei de 13 de Fevereiro de 1896 [cf. Rita Pereira, A Gafanha, Hemeroteca Municipal de Lisboa, Maio de 2010 – onde encontra a entrada bibliográfica ao periódico. Não consta da bibliografia consultada por R. Pereira, o livro de Alexandre Vieira, "Para a História do Sindicalismo em Portugal" onde é referido a existência de apenas 8 numrs d’A Gafanha], pelo que se desconhece quer o inicio da sua publicação quer o seu terminus.
A Gafanha, nº1 e nº2 – digitalizado pela Hemeroteca Municipal de Lisboa;
A Gafanha – Ficha histórica por Rita Pereira, H.M.Lisboa.
[publicado no Almanaque Republicano]
sábado, 22 de novembro de 2008
O Livreiro Coleccionador
"O coleccionador, o livreiro e o leiloeiro disputam e povoam o alfarrabista José Vicente. O aficcionado colecciona obras sobre o concelho de Oeiras, o livreiro possui quatro estantes de dicionários bibliográficos e o leiloeiro esmera-se com os catálogos. Negociou por três anos uma gravura de Paço d'Arcos, pela qual pagou uma "fortuna". Debruça-se sobre obras de referência antes de comprar o que vende na Olisipo. Realizou-se por ter em mãos a segunda edição dos Lusíadas, que leiloou. "Não se faz livreiro quem não gosta de livros", sentencia aos 61 anos, 48 dedicados à profissão.
Os dicionários bibliográficos são auxiliares fiéis de José Vicente. O Inocêncio Francisco da Silva para a literatura portuguesa, o Palau para a ibérica e o Brunet para a francesa. "A maioria dos livros chegam através das famílias dos coleccionares, que desejam desfazer-se das bibliotecas depois da sua morte. É preciso investigar as obras para avaliá-las. Há livros antigos que não têm valor. Quando os compro, introduzo no sistema informático não só as características da obra, mas também um verbete criado por mim".
Livros de viagem, astronomia, genealogia e descobrimentos moram nas prateleiras da livraria Olisipo – homenagem à editora de Fernando Pessoa e António Botto. Os coleccionadores que a frequentam são leais, alguns diários. "Há coleccionadores em bruto e por temática. Todos valorizam o cheiro a velho, que sabe melhor, a textura do papel, o tipo da encadernação e o que é difícil de encontrar". Fechados numa cristaleira, como prata da casa, exemplares únicos como Viagem pela Arábia, obra holandesa de 1774, a venda por 2.500 euros, e um Comentário ao Direito Espanhol de 1585 por 800 euros. Neste ano já editou três catálogos com as obras da Olisipo, com tiragem média de mil exemplares.
As bibliotecas são um contínuo, garante José Vicente."Se algumas estão a rarear outras estão a formar-se por novos coleccionadores, mas estão escondidas", ressalva. O último leilão que organizou, como consultor de livros e manuscritos, tinha entre suas pérolas Os Lusíadas, edição de 1584. e uma Bíblia de 1539, com encadernação de época em carneira com fechos. Em 2005 publicou O Valor do Livro Antigo em Portugal, onde constam os livros aqui leiloados nos séculos XV e XVI. Para o ano está prevista a publicação do segundo volume, a abordar o século XVII. "Sentir-me-ei completo se conseguir publicar esta obra até os dias de hoje, é um contributo para a informação sobre livros antigos", orgulha-se José Vicente"
In REPORTAGEM: "O Amor de Papel dos Alfarrabistas", DN Gente, DN, 22/11/2008, p. 5. Inclui, ainda, a reportagem (com alguns erros tipográficos) do DN, textos de Isadora Ataíde e fotos de Orlando Ribeiro, sobre o oficio dos estimados livreiros-alfarrabistas, João Lopes Holtreman, Nuno Gonçalves e José Manuel Rodrigues.
NOTA: dispusemos online no BIBLIOMANIAS, 3 (três) textos produzidos em memória de JOSÉ MARIA ALMARJÃO [1920-2008], para consulta futura e em gratidão ao Homem e ao Alfarrabista. Consultar, AQUI.
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Ensino: agravos, calúnias & blogs
1. Maria de Lurdes Rodrigues, ainda ministra da educação, deu ontem uma série de entrevistas às televisões a propósito da manifestação de repúdio dos professores contra a sua pessoa. Esteve em todas elas, pastoreando os incautos espectadores e celebrando a sua incompetência política. Em todas elas, a arrogância e "teimosia" assumidas apontam para a sua insipiência em "matéria de gestão de organizações". Que é total.
Tratando quer um "quartel”" quer uma escola, como sendo uma única e a mesma organização, logo iguais conceptualmente, o seu exercício intelectual e académico põem em evidência as suas fracativas competências científicas-pedagógias na matéria. E revelam o estado do ensino académico indígena. E logo ela que, não por acaso, aparece como sendo uma putativa expert nesse folheto curioso que é a sociologia das organizações. Se não se soubesse que tal panegírico é assunto recopilado via o imaginário providente de João Freire (anarquista aposentado), com o apoio dos inefáveis empregados do regime que vegetam no ISCTE ou desconhecendo-se como a douta socióloga aplica na prática política e governativa os ensinamentos teóricos que lecciona, seríamos julgados a acreditar na bondade das suas medidas. Infelizmente não é assim! Qualquer um que queira saber as razões que estão por detrás do conflito entre (todos) os professores e a ministra tem à sua disposição na internet todos os materiais para uso do contraditório nessa matéria. Que o faça, livremente. Se for ainda capaz.
2. Calúnias. Não falamos das afirmações do caluniador e provocador Emídio Rangel, porque o caso é de foro psicanalítico e não argumentativo. As palavras insulsas ficam sempre bem a quem as profere.
Mas os editoriais do DN e do JN, pelo fraseado gasto e a manifesta inverdade no que escrevem, para além de ridículo são de lamentar. O editorial do DN é, de facto, de uma leviana ignorância e maledicência ao considerar puras deturpações como "casos concretos". O jornalista (?), presume-se o próprio Marcelino, não estudou a matéria em causa, limitando-se a repetir os rumores lançados pela ministra da educação. É ignorante porque afirma que "professores avaliados tem apenas de preencher uma ficha de definição de objectivos com duas páginas" – o que não é verdade totalmente – repetindo ad nauseam o que é lançado via governo. O porquê deste extraordinário e típico rumor era curioso de descobrir. O João Marcelino tinha (e tem) ocasião de saber se é ou não assim: basta ir a uma qualquer escola ou consultar documentação na internet.
Mais: o João Marcelino repete "que há muitos professores que já foram avaliados". O Marcelino, dando préstimos a iguais afirmações da ministra, não sabe que tipo de professores foram avaliados, em que contexto e como. Esquece-se de dizer que a tais docentes (os contratados e os que subiam de escalão até final do ano lectivo) não se utilizou a mesma metodologia (só tiveram de fazer a sua autoavaliação) com que agora se brinda os docentes do quadro e que, curiosamente, se encontram actualmente a trabalhar, na sua maioria, em caixas de supermercado ou estão no desemprego. Mas podia saber quem foi "avaliado" (e como?) se fosse autónomo, tivesse interesse, fosse atento e soubesse fazer uma simples pesquisa. Isto é, se fosse jornalista.
Por fim, é inútil referir o study case desse típico gerente dos jornais dos regimes, o senhor José Leite Pereira, director do JN. Num editorial abjecto, repetindo a pataco as enormidades do seu camarada João Marcelino (porque será?) pincela uma sensaborona croniqueta, onde o que avulta é apenas a pífia repetição desse espantalho das corporações e da defesa de direitos adquiridos. Para isso estamos conversados. Não é o jornalista Leite Pereira que pode vir dar lições sobre essa matéria. Ou a vergonha caiu de vez?
3. Por sua vez a Blogosfera, quase sempre escrava de factos e da retórica política posta a correr por criaturas sem nome, dorme "como um cevado". Bem comportadinha e sem liberdade de acção, como qualquer liceal, faltou à chamada. O ensino ou a educação irritam-lhe ou parcos neurónios, sonega-lhe a inspiração e a verve. A Blogosfera embirra com o ensino e os educadores. Fosse outro o escarcéu, já tinha publicado excelentes gatafunhos de gramática política & parido tão artificiosos como retrincados textos. Muitos dos blogs, ditos de referência, estão mais para a agulha e o dedal partidário. Ou sindical. Ou corporativo. Afinal porque razão haveriam de prosar e debater o ensino ou a educação? Acaso alguns desses extraordinários "cães de guarda" do regime, na sua boémia internauta, poderiam gastar as teclas, contestar ou opinar sobre a questão, talvez, absolutamente vital do país que é o ensino e a educação? Não podiam! Isto porque, tais fervorosos bloguers frequentam, como almas gémeas ou como comensais, o repasto do regime. Ora nunca se viu alguém morder a mão que lhe dá de comer. Evidentemente que não.
segunda-feira, 30 de junho de 2008
57 – folha independente de cultura - on line na Hemeroteca Nacional
57 - Publicação de "Actualidades, Filosofia, Arte e Ciência, Literatura". Cascais; Ano I, nº 1 (Maio de 1957) ao Ano V, nº 11 (Junho de 1962). Editor: Afonso Botelho; Direcção: António Quadros [a partir do nº5, António Quadros e Fernando Morgado]; Alguns colaboradores: Afonso Cautela, Agostinho da Silva, Agustina Bessa Luís, Alfredo Margarido, Álvaro Ribeiro, Ana Hatherly, António Areal, António Quadros, António Telmo, Azinhal Abelho, Bernardo Santareno, Fernando Pessoa, Jorge Preto, José Marinho, Natércia Freire, Orlando Vitorino, Sant'Anna Dionísio.
"... Impunha-se (...) um programa, que libertasse a cultura portuguesa do ‘imobilismo paralisante’ de ‘escolas e políticas que nos são estranhas’ e de ‘fins egoístas’. Este programa, de acordo com o ‘Manifesto de 57’, publicado no primeiro número do jornal, logo a abrir, passava pelo recurso a ‘estudos antropológicos e cosmológicos que garantam as teses propostas’, ou melhor, pela adopção de ‘formas antropo-cosmológicas em que o Espírito ou a Razão se particularizam, isto é, as pátrias’ (...)
‘Não é possível servir Portugal sem conhecer Portugal. Não é possível servir o homem português sem conhecer o homem português’. (...)
A história de Portugal não era feita de uma ‘cadeia de eventos fortuitos dominados pelo acaso, provocado pela luta das classes ou dependentes das flutuações do comércio e da indústria’. Pelo contrário, obedecia em ‘finalismo, a um destino e uma missão’, por outras palavras, a uma 'necessidade', como o tinham afirmado os nossos primeiros poetas épicos, Camões, Guerra Junqueiro, Teixeira de Pascoaes e Fernando Pessoa. Esta ‘necessidade’, que resistira ‘as pressões do grandes povos’, exigia, para o grupo do 57, numa crítica à influência das correntes estrangeiras mas também ao poder político, que a nação recuperasse a sua “autonomia filosófica, artística e cultural”, que valorizasse as causas espirituais, ‘que são de expressão concreta e portanto nacionais’, em detrimento das materiais. Desta forma, evitava-se que a autonomia política, a independência, fosse um ‘capricho de governantes que ambicionam o poder temporal ou teimosia de passadistas, anacronicamente presos a hábitos mentais e a lembranças, atavismos, nostalgias’ (…)
Esse caminho era, para o 57, o existencialismo e a filosofia portuguesa ..."
[Álvaro Costa de Matos, in O Jornal 57: História e Memória - sublinhados nossos]
Consultar todos os 11 números do jornal, aqui.
quinta-feira, 23 de novembro de 2006
O SÉCULO XX NOS JORNAIS PORTUGUESES
Lançamento do Livro
... Primeiras Páginas - O Século XX nos Jornais Portugueses, de Luís Trindade. Será apresentado por Mário Mesquita e Fernando Rosas, sábado, dia 25 de Novembro de 2006 às 17h00 na FNAC do Chiado.
"Trata-se de um original álbum ilustrado que nos conta a História do século XX através das primeiras páginas dos principais jornais portugueses. Luís Trindade seleccionou 45 acontecimentos ilustrados por 135 primeiras páginas de jornais surpreendentes" [Bertrand]
Local de leitura e consulta: aqui
segunda-feira, 23 de outubro de 2006
PREC
PREC- "Pensa, Rosna, Estica, Corta", nº 1
"quem faz o PREC fá-lo por gosto"
Aqui demos conta do lançamento do número zero do P[õe] R[apa] E[mpurra] C[ai], datado de Novembro de 2005. Jornal encorpado, papel de copiosa qualidade, leitura & textos contra o esquecimento e gozo. E anda, por aí, muito disso. De momento, ao que se sabe, saiu o nº1. O lançamento em Coimbra do P[ensa] R[osna] E[stica] C[orta] será no Teatro Académico Gil Vicente, dia 6 de Dezembro, pelas 18 horas. Hora celestial!
domingo, 11 de junho de 2006
GAZETA DAS ALDEIAS
Existiram alguns periódicos com o título de Gazeta das Aldeias. Pelo menos um datado de 1885 [Ano I, nº1, 5 de Julho de 1885, terminando a sua publicação ao nº 52 de 25 de Dezembro 1887], com o subtítulo de Política e Agrícola, e que foi fundado por José Teixeira Simões e teve a colaboração de Joaquim Machado e José Leite Guimarães.
Mas aquele que figura lá em cima, na foto, é um outro periódico, um "semanário de propaganda agrícola e vulgarização de conhecimentos úteis" [mais tarde passa a quinzenal], que surge [nº1] no domingo de 5 de Janeiro de 1896. Tem como proprietários o Padre João Pereira Vidal e Júlio Gama, e o seu redactor principal é o dr. António Magalhães [químico analista do Laboratório Químico-Agrícola do Porto]. A importância deste periódico é imensa, dado o grupo de colaboradores ilustres, com saberes muito diferentes e que ao longo de muitos anos e após várias reformulações, forneceram, com particular rigor, um conjunto apreciável de úteis conhecimentos, que vão da agricultura em geral, medicina prática, veterinária, etc, até estimados textos sobre pesca, caça e tiro.
Alguns excelentes e apreciados textos [que teremos ocasião de referir mais tarde], hoje bem invulgares, foram contributo de figuras notáveis, que aí os publicaram inicialmente, tais como: Armando Correia [cães portugueses], Carlos Manuel Baeta Neves [falcoaria, montaria, história da cinegética em Portugal], Padre Domingos Barroso [perdigueiro português], Henrique Anacoreta [cães portugueses], J. J. Gonçalves Coelho [caça, pesca], Júlio Gama [vitivinícola], Mello de Mattos [caça] e outros mais. Foram citadas, ainda, pela Gazeta das Aldeias, obras importantes, como a de um Diogo Fernandes Ferreira [caça de altanaria] ou a de Gaston Phoebus [Livre de la Chasse]. É, sem dúvida, um dos mais apreciados periódicos de "propaganda agrícola", contendo preciosas informações técnicas e bibliográficas, de evidente utilidade.
A Gazeta das Aldeias, como nos é referido no seu número inicial, apresentou como colaboradores "valorosos espíritos", entre eles: Adolpho Portela (adv.), Affonso Chaves (propr.), Agostinho de Campos (publicista), Alexandre de S. Figueiredo (agron. e dir. Escola de Agr. Prática de Faro), A. Moraes Carvalho (eng e deputado), Armando de Seabra (agron.), A. A. Telles de Menezes (agron e prof. da Escola de Viticultura Alexandre de Seabra), D. António X. Pereira Coutinho (lente do Inst. Agronomia de Lisboa), dr. Arthur Cardoso Pereira (médico-analista), Carlos de Oliveira Carvalho (regente agrícola), Conde de Samodães (propr.), Diogo de Macedo (propr. e deputado), dr. Ernst Richter (químico da Estação Químico-agricola de Tharand), F. Palma de Vilhena (dir. Estação Ampeto-Philoxerica do Norte), Georg Schweder (eng- industrial), Guilherme da Silveira (agron. Porto), Gonçalo Sampaio (botan.), Henrique Mendia (lente Inst. Agr. Vet. Lisboa), dr. Hugo Masthaum (químico), J. T. Menezes Pimentel (dir. estação Agric. de Mirandela), Padre Martins Coutinho (prop.), J. V. Paula Nogueira (médico veten. e lente), J. Gaudêncio Rodrigues Pacheco (eng. minas), dr. J. J. Gonçalves Coelho (adv.), dr. Júlio Augusto Henriques (dir. do Botânico de Coimbra), Manoel Amândio Gonçalves (dir. Botânico do Porto), Visconde de Vilarinho de S. Romão (eng. e propr.), etc.
quarta-feira, 7 de abril de 2004
A MEMÓRIA DO ELEFANTE
A Memória do Elefante [Porto, nº 1, 1971- nº 13, 1974 (?)]
Jornal de Música Popular, Jazz, Rádio, com origem na cidade do Porto, saiu ente 1971 e 1974, com direcção de Joaquim Lobo, Editor Jorge de Morais, Relações Públicas João Afonso Almeida, Supervisão de Pedro Nunes, colaboração de António José Fonseca, Mário Gonçalves, Octávio da Fonseca e Silva, Jorge Lima Barreto, Pedro Proença, António Barredo Oliveira, Renato Silva, ...
"A Memória do Elefante tem sido e continua a ser por enquanto, um trabalho quase só de amadores não remunerados cuja acção procura concretizar um ideal de crítica. Estamos alheios aos jogos de interesses que orientam, subrepticiamente ou não, muitos representantes da nossa informação profissional (orgulhosamente). Os nossos redactores não têm obrigação de, como último recurso de incapacidade, encher umas quantas folhas de papel com as futilidades mais incríveis da vida mundana de personalidades pseudo-importantes do nosso putrefacto meio artístico, precisamente as personalidades «progressistas» (ah! ah!) que conduzem à recuperação da contra-cultura. A Memória do Elefante não é de, nem para escatófagos (...)" [A Memória do Elefante, nº 11, Janeiro de 1974]
"... A música urbana, na noção ideal, está ligada à vanguarda e à revolução sob todas as formas. Neste sentido pode dizer-se que em Portugal não há música urbana. Está, por aqui, num estado embrionário, simplista e pseudo-artístico. Abortadas que resultaram as experiências bem desenvolvidas mas inacabadas da Filarmónica Fraude e Quarteto 1111, não há para já perspectiva de uma música nova ..." [Octávio Fonseca e Silva, in José Afonso, ibidem]
"Este artigo é uma pequena e despretenciosa homenagem a Guy Debord e à I. S. Funda-se numa aplicação das teses reais do livro «A Sociedade do Espectáculo» e numa relação afectiva que a carta recentemente recebida dum fugitivo em França, Pedro Jofre, reavivou decisivamente ..." [Jorge Lima Barreto, in Jazz In Situ, ME nº 10, Agosto 1973]
quarta-feira, 23 de julho de 2003
ARRUMAÇÕES E JORNAIS - GAZETA DO MÊS (cont.)
Referimos a existência de uma revista, a Gazeta do Mês. No primeiro número (Maio de 1980), a revista apresenta textos de:
- Fernando Belo (A Nova Aventura): «... As massas é que fazem a história, era um dos nossos slogans. As massas são os nossos corpos e desejos, é por aqui que temos de recomeçar a fazer história ... É disso que fala o discurso ecológico, o discurso das mulheres, o discurso do quotidiano ...»
- João B. Serra e José Manuel Sobral (A Política e a História): «... Assistiu-se, assiste-se, ao investimento da matéria histórica por duas vulgatas como guias de leitura preferenciais. Uma vulgata marxista, que desfigura o próprio marxismo, reduzindo-o a uma mera filosofia da história, válida "urbi et orbi". E uma vulgata literária, assente em interpretações que se fundam numa suposta transparência entre o literário e o social ...»
- Sérgio Campos (A Crise do Estado Keynesiano): «... importa não interpretar as "crises" do sistema como o produto de erros de gestão, ou insuficiências de natureza técnica, que bastaria prevenir, ou bastará suprimir, para fazer reentrar a "economia" nos bons caminhos do equilíbrio (tal é a visão liberal do fenómeno), nem como acto agónico, sintoma ou expressão do fim catastrófico do sistema (concepção digamos leninista). È provável que ganhemos em claridade se explorarmos interpretativamente a "crise" actual como o propõe Attali (...): processo complexo e violento de regeneração biológica, de "desordem criadora" (na acepção destes termos em termodinâmica), graças ao qual o sistema faz pele nova, líquida, na instabilidade, os pesos mortos do seu passado e rompe caminho à implementação de condições apropriadas - sociais, económicas, politicas - a uma lógica renovada de reprodução ...»
- João Martins Pereira (O Militantismo e os Movimentos Colectivos): «...Como lançar uma ponte sólida entre o saber muito localizado mas muito profundo (...) do militante popular e o saber globalizante mas "estranho" do militante politico?...»
- José António Salvador (No tempo em que os soldados falavam a liberdade dormia nas casernas): «Que se passa hoje entre os muros dos quartéis das forças armadas portuguesas? ...»
- Jorge Almeida Fernandes (Duas ou três coisas que eu sei do "República") [Notas sobre os acontecimentos no jornal "República"]
- José António Salvador (Anos de 1970)
- Adelino Gomes (RCP em auto-gestão ...) [reflexão sobre o Rádio Clube Português]
- Nuno Teixeira Neves (Aqui não se matam cobras): «... Se os democratas portugueses só tivessem indignação para opor aos reaccionários não mereciam vencer. A indignação tende a tirar realidade aos adversários, porque é a ditadura do Valor sobre o Real. Ora a primeira regra para vencer um adversário é aceitá-lo no espaço e tempo de uma batalha. A segunda é separá-lo da sua serpente, fazendo que ela venha para nós, de aliada. Mas um grande número de pseudolutadores fazem o contrário: deixam ao adversário a serpente dele e ainda lhe atiram, por projecção, a sua própria ...»
- Teresa Joaquim e Fernando Belo (Roland Barthes) [Na morte de Barthes]:
«... Estar com quem se ama e pensar noutra coisa: é assim que tenho os melhores pensamentos, é assim que invento melhor o que é necessário ao meu trabalho. O mesmo se passa com o texto: ele produz em mim o melhor prazer quando consegue fazer-se ouvir indirectamente; quando ao lê-lo, sou levado a levantar muitas vezes a cabeça, a ouvir outra coisa. Não fico necessariamente cativado pelo texto de prazer; pode ser um acto ligeiro, complexo, ténue, quase irreflectido: movimento brusco da cabeça, como o de um pássaro que não ouve o que nós escutamos, que escuta o que nós não ouvimos ...» [R. B., in, O Prazer do Texto]
- António Sena (A Arte Photográphica) [Texto sobre a Revista "A Arte Photographica", primeiro periódico na Península Ibérica no domínio da fotografia. Anos de 1884/1885, Porto, Photographia Moderna]
- Maria Carlos Radick (Nos nomes das ruas e dos heróis Nas estatuas, as escolas e nos mitos)
- Carlos H. Silva (A propósito do "Hitler" de Syberberg): «... o esteticismo romântico de muitas cenas, inegavelmente de extraordinária beleza, não chega a produzir a impressão singular dado a multiplicidade de acrescentos, ou então, a monotonia do próprio texto utilizado. E assim, Hitler vai-se esbatendo no próprio texto e o medo de tratar deste tema transforma-se em Syberberg no prazer de continuar dizendo ...»
- Augusto Abelaira (O Burujandu) [Fragmentos do romance "O Triunfo da Morte"]
- Fernando Belo (A Nova Aventura): «... As massas é que fazem a história, era um dos nossos slogans. As massas são os nossos corpos e desejos, é por aqui que temos de recomeçar a fazer história ... É disso que fala o discurso ecológico, o discurso das mulheres, o discurso do quotidiano ...»
- João B. Serra e José Manuel Sobral (A Política e a História): «... Assistiu-se, assiste-se, ao investimento da matéria histórica por duas vulgatas como guias de leitura preferenciais. Uma vulgata marxista, que desfigura o próprio marxismo, reduzindo-o a uma mera filosofia da história, válida "urbi et orbi". E uma vulgata literária, assente em interpretações que se fundam numa suposta transparência entre o literário e o social ...»
- Sérgio Campos (A Crise do Estado Keynesiano): «... importa não interpretar as "crises" do sistema como o produto de erros de gestão, ou insuficiências de natureza técnica, que bastaria prevenir, ou bastará suprimir, para fazer reentrar a "economia" nos bons caminhos do equilíbrio (tal é a visão liberal do fenómeno), nem como acto agónico, sintoma ou expressão do fim catastrófico do sistema (concepção digamos leninista). È provável que ganhemos em claridade se explorarmos interpretativamente a "crise" actual como o propõe Attali (...): processo complexo e violento de regeneração biológica, de "desordem criadora" (na acepção destes termos em termodinâmica), graças ao qual o sistema faz pele nova, líquida, na instabilidade, os pesos mortos do seu passado e rompe caminho à implementação de condições apropriadas - sociais, económicas, politicas - a uma lógica renovada de reprodução ...»
- João Martins Pereira (O Militantismo e os Movimentos Colectivos): «...Como lançar uma ponte sólida entre o saber muito localizado mas muito profundo (...) do militante popular e o saber globalizante mas "estranho" do militante politico?...»
- José António Salvador (No tempo em que os soldados falavam a liberdade dormia nas casernas): «Que se passa hoje entre os muros dos quartéis das forças armadas portuguesas? ...»
- Jorge Almeida Fernandes (Duas ou três coisas que eu sei do "República") [Notas sobre os acontecimentos no jornal "República"]
- José António Salvador (Anos de 1970)
- Adelino Gomes (RCP em auto-gestão ...) [reflexão sobre o Rádio Clube Português]
- Nuno Teixeira Neves (Aqui não se matam cobras): «... Se os democratas portugueses só tivessem indignação para opor aos reaccionários não mereciam vencer. A indignação tende a tirar realidade aos adversários, porque é a ditadura do Valor sobre o Real. Ora a primeira regra para vencer um adversário é aceitá-lo no espaço e tempo de uma batalha. A segunda é separá-lo da sua serpente, fazendo que ela venha para nós, de aliada. Mas um grande número de pseudolutadores fazem o contrário: deixam ao adversário a serpente dele e ainda lhe atiram, por projecção, a sua própria ...»
- Teresa Joaquim e Fernando Belo (Roland Barthes) [Na morte de Barthes]:
«... Estar com quem se ama e pensar noutra coisa: é assim que tenho os melhores pensamentos, é assim que invento melhor o que é necessário ao meu trabalho. O mesmo se passa com o texto: ele produz em mim o melhor prazer quando consegue fazer-se ouvir indirectamente; quando ao lê-lo, sou levado a levantar muitas vezes a cabeça, a ouvir outra coisa. Não fico necessariamente cativado pelo texto de prazer; pode ser um acto ligeiro, complexo, ténue, quase irreflectido: movimento brusco da cabeça, como o de um pássaro que não ouve o que nós escutamos, que escuta o que nós não ouvimos ...» [R. B., in, O Prazer do Texto]
- António Sena (A Arte Photográphica) [Texto sobre a Revista "A Arte Photographica", primeiro periódico na Península Ibérica no domínio da fotografia. Anos de 1884/1885, Porto, Photographia Moderna]
- Maria Carlos Radick (Nos nomes das ruas e dos heróis Nas estatuas, as escolas e nos mitos)
- Carlos H. Silva (A propósito do "Hitler" de Syberberg): «... o esteticismo romântico de muitas cenas, inegavelmente de extraordinária beleza, não chega a produzir a impressão singular dado a multiplicidade de acrescentos, ou então, a monotonia do próprio texto utilizado. E assim, Hitler vai-se esbatendo no próprio texto e o medo de tratar deste tema transforma-se em Syberberg no prazer de continuar dizendo ...»
- Augusto Abelaira (O Burujandu) [Fragmentos do romance "O Triunfo da Morte"]
sexta-feira, 18 de julho de 2003
ARRUMAÇÕES E JORNAIS - GAZETA DO MÊS
Começamos a limpeza e resguardo dos periódicos. Por mero acaso, a coluna de hoje de JPP no Público é um registo elucidativo de alguma apetência que alguns têm por guardar jornais e revistas. Dantes era usual recortar as noticias que se queria e cola-las em folhas de papel, que depois de encadernava modestamente. Tenho alguns volumes curiosos, desde as eleições de Norton de Matos, Arlindo Vicente, Humberto Delgado, vários Primeiro de Janeiro, Diário de Lisboa e um sem fim de jornais, que comprámos em bom tempo.
No cimo do monte, salta-nos a Gazeta do Mês, de Lisboa. Só possuímos 3 números. O primeiro data de Maio de 1980 e o 3º e suponho último, de Julho do mesmo ano. O director era o João Martins Pereira, chefe da redacção Jorge Almeida Fernandes. Alguns colaboradores do 1º número: Adelino Gomes, António Lima (gráfico), António Sena, Augusto Abelaira, Eduarda Dionísio, Fátima Bonifácio, Fernando Belo, Helder Moura Pereira, João Miguel Fernandes Jorge, João Santos, Joaquim Manuel Magalhães, José António Salvador, Leonor Pinhão, Mário Botas, Pedro Saraiva, Rodrigues da Silva, Rui Oliveira, Teresa Ferrand, Teresa Joaquim, Vasco. A propriedade era de José Manuel Cortês. Custava 60$00.
Nº1 : Capa: SOS Estarreja. Primeiro Caderno e Revista.
No 1º Caderno, na critica de Livros, temos: "Ligeiras coisas:objectos principais" de A. Franco Alexandre, por Helder Moura Pereira; Joaquim Manuel Magalhães escreve sobre Augustina Bessa Luís e o livro Conversações com Dmitri e outras Fantasias; Jorge Roza de Oliveira sobre Ruy Belo (Despeço-me da terra da alegria) e, curiosamente, João Miguel Fernandes Jorge, num bonito texto, fala-nos sobre Ruy Cinatti, Lembranças de S. Tomé e Príncipe, 1972.
" ... Ruy Cinatti neste seu goso pelas terras do português não nos dá um movimento, dá-nos uma direcção: S. Tomé e Príncipe é uma direcção que não pertence a ninguém, mas é de todos; é um pouco como nos contasse o ritmo próprio do português no mundo ...
«É preciso viver entre os vivos». A frase do começo deste pequeno guia a um livro de Ruy Cinatti destrói-se com esta pratica de Montaigne. Contradizer a aventura seria contradizer a vida. Vida e aventura são estes falares das ilhas atlânticas ...
Inauguro a ilha. Vivo-a inteiro
sem receio de me estar sonhando
navegador heróico de outras eras.
Os frutos que me oferecem desalteram.
Sinto-me capaz de endoidecer
Mas de alegria só, mas deslumbrado
............... "
[continua]
No cimo do monte, salta-nos a Gazeta do Mês, de Lisboa. Só possuímos 3 números. O primeiro data de Maio de 1980 e o 3º e suponho último, de Julho do mesmo ano. O director era o João Martins Pereira, chefe da redacção Jorge Almeida Fernandes. Alguns colaboradores do 1º número: Adelino Gomes, António Lima (gráfico), António Sena, Augusto Abelaira, Eduarda Dionísio, Fátima Bonifácio, Fernando Belo, Helder Moura Pereira, João Miguel Fernandes Jorge, João Santos, Joaquim Manuel Magalhães, José António Salvador, Leonor Pinhão, Mário Botas, Pedro Saraiva, Rodrigues da Silva, Rui Oliveira, Teresa Ferrand, Teresa Joaquim, Vasco. A propriedade era de José Manuel Cortês. Custava 60$00.
Nº1 : Capa: SOS Estarreja. Primeiro Caderno e Revista.
No 1º Caderno, na critica de Livros, temos: "Ligeiras coisas:objectos principais" de A. Franco Alexandre, por Helder Moura Pereira; Joaquim Manuel Magalhães escreve sobre Augustina Bessa Luís e o livro Conversações com Dmitri e outras Fantasias; Jorge Roza de Oliveira sobre Ruy Belo (Despeço-me da terra da alegria) e, curiosamente, João Miguel Fernandes Jorge, num bonito texto, fala-nos sobre Ruy Cinatti, Lembranças de S. Tomé e Príncipe, 1972.
" ... Ruy Cinatti neste seu goso pelas terras do português não nos dá um movimento, dá-nos uma direcção: S. Tomé e Príncipe é uma direcção que não pertence a ninguém, mas é de todos; é um pouco como nos contasse o ritmo próprio do português no mundo ...
«É preciso viver entre os vivos». A frase do começo deste pequeno guia a um livro de Ruy Cinatti destrói-se com esta pratica de Montaigne. Contradizer a aventura seria contradizer a vida. Vida e aventura são estes falares das ilhas atlânticas ...
Inauguro a ilha. Vivo-a inteiro
sem receio de me estar sonhando
navegador heróico de outras eras.
Os frutos que me oferecem desalteram.
Sinto-me capaz de endoidecer
Mas de alegria só, mas deslumbrado
............... "
[continua]
segunda-feira, 14 de julho de 2003
AINDA ... REINALDO FERREIRA - O REPÓRTER X
Afinal temos, apenas, 115 números do antigo semanário Repórter X. A colecção completa, ao que sei é de 128 números [REPORTER X. SEMANÁRIO DAS GRANDES REPORTAGENS - Director Reynaldo Ferreira (Reporter X) e chefe da redacção, Mário Domingues. Nº 1 (9 de Agosto de 1930) ao Nº 128 (23 de Junho de 1933). Lisboa, 1930-1933]. Ficámos angustiados.
Algumas curiosidades:
- "Existem Templários em Portugal?" [refª ao texto do alemão Paulo Kopper, publicado no Instituto Histórico de Leipzig, nº 9 de 20/09/1931] - in, Repórter X, Ano II, nº 63
- "Cavaleiro de Oliveira - um admirável e quási ignorado jornalista planfetário do século XVIII" [Trata-se de um artigo sobre Francisco Xavier de Oliveira (Cavaleiro de Oliveira), com referências ao seu panfleto (muito citado por Camilo e, posteriormente por Aquilino Ribeiro) "Amusement Periodique", publicado em francês e que apenas 3 exemplares chegaram a Portugal (e um às mãos de Camilo)] - in, Repórter X, Ano II, nº 67
- "Hitler, o homem que mete medo ao mundo" [um texto bem premonitório]] - in, Repórter X, Ano II, nº 72
- "O último instantâneo de Joshua Benoliel" - in, Repórter X, Ano II, nº 80
- "O que se passa entre os hebreus e os «Marranos» do Norte?" [refª à revista mensal Há-Lapid, órgão da comunidade isrealita do Porto] - in, Repórter X, Ano II, nº 96
- "Os mistérios da Revolução de 5 de Outubro" - in, Repórter X, Ano III, nº 100
- "Trotski o antigo comissário de guerra russo ... esteve alguma vez em Portugal? " - in, Repórter X, Ano III, nº 105 e 106
- "Finanças Literárias. Os rendimentos dos escritores, nacionais e estrangeiros ... " - in, Repórter X, Ano III, nº 106
- "António Ferro, Salazar. António Ferro, a sua entrevista e o seu entrevistado" - [texto de Reinaldo Ferreira] - in, Repórter X, Ano III, nº 112
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