“Ah, meu povo traído,
Mansa colmeia
A que ninguém colhe o mel!
Ah, meu pobre corcel
Impaciente
Alado
E condenado
A choutar nesta praia do Ocidente!” [Miguel Torga]
Retomar a palavra, explodir a paixão, reconstruir a memória
adormecida, vencer o medo, dizer tudo para de novo recomeçar, antes que o tempo
nos traia o esquecimento desse “dia inicial inteiro e limpo”, é declaradamente a
nossa liberdade e condição de estarmos vivos. E há uma “roda de dedos no ar”. Vamos
lá então “transformar o amador na coisa amada”. Vamos lá então …
[publicado, também, no Almanaque Republicano]