domingo, 2 de novembro de 2008


A crise financeira e os "boys" do regime

O estouro do sistema de crédito internacional, sejam quais os motivos que o geraram, tornou os bancos insolventes. A acção do establishment político-financeiro nesta bancarrota mundial, mesmo que tais "génios" mostrem abundantes "lágrimas de crocodilo", configura a maior burla no sistema financeiro que há memória.

Conhece-se há muitos anos a total promiscuidade entre auditores, consultores e revisores de contas nas mais diversas empresas e instituições, e que tiveram o aplauso e o apoio exemplar de sinistras figuras indígenas – quase todos, não por acaso, angariadores de fundos partidários - que se alaparam nos conselhos de administração e nos conselhos fiscais dessas mesmas empresa. Não espanta o que a crise financeira agora revela, nessa nauseabunda fraude sem limites, mais a mais quando o regulador – com interesses próprios no jogo partidário – nunca actuou, nem estava "autorizado" a fazê-lo, por motivos óbvios.

Contra esta evidente certeza, bem conhecida por todos - mesmo entre os jornaleiros dos media de referência -, neste charco actual onde se vive, surge agora esse paradigmático "boy" do regime, de nome Victor Constâncio, impunemente e com o maior dos atrevimentos, a lavar as mãos enquanto autoridade de supervisão bancária da situação de bancarrota a que chegou o BPN. Este galhardo funcionário do Banco de Portugal, adornado de títulos académicos mas com um péssimo desempenho profissional no seu trabalho de supervisor, deveria tirar as ilações do seu (mau) trabalho, que é pago à custa dos contribuintes, e demitir-se. A sua avaliação de desempenho é manifestamente negativa.