quarta-feira, 11 de julho de 2007


Nos dias de Julho ... é que se sacha!

Estamos no campo. Generosos, agasalhados e instruídos. Tudo isto é um bálsamo estranho. Uma ode à vida. Um remanso de ordem que deve ser evitado por cavalheiros incómodos e tumultuosos. Devemos confessar que o linguarejar público do ocioso sr. Jaime Silva, não faz parte dos nossos pensamentos. É só olhar à nossa volta para compreender a estrumação feita pelo fiel empregado da PAC. O arejamento & vadiagem que praticamos, não esquece o lamento íntimo do indígena local. Como poderia?

Sem causar murmúrios ou incómodos ao admirável mundo, descansamos, arruamos & acomodamos tudo e todos. Obrigações admiráveis as nossas: sachamos, podamos e abrimos pinhas. Entretanto lemos, alterados, antigos & doutos "Almanaque das Aldeias" ou o "Lunario e Prognostico Perpetuo". Santa paz!

Mais: dizem alguns profanos que se "a água correr em pedra aberta, costuma esta ter as juntas encruzadas". Nada mais sábio. Porém, nada mais imprudente. A mostra de água por aqui é pitoresca, erótica mesmo, mas o assunto carece de confirmação. Estamos confundidos, qual sagaz Vitrúvio. Este dizia, com a elegância de um provado arquitecto:"... para se conhecerem os lugares onde existe água, convém, um pouco antes de se levantar o sol, deitar-se sobre a barriga, tendo a barba apoiada sobre a terra, no sitio em que se procura a água, e observar ao mesmo tempo a campina em toda a sua extensão". É o que temos, ingenuamente, feito. E do sentencioso Vitrúvio, o trabalho nem vê-lo. O rio Teixeira desconhece a tipografia.

Como se espera, estamos com olhos encovados de tanto enxergar. E só as donzelas roliças, que têm sido a nossa cruz e nos tem consumido a alma - afinal o achamento proveitoso de Julho - nos impedem de sair deste acomodado lugar. Deo gratias!