quarta-feira, 5 de janeiro de 2005


François Villon [n. 5 Janeiro de 1431 ?]

«Hé! Dieu, se j'eusse estudié,
Ou temps de ma jeunesse folle,
Et a bonnes meurs dedié,
J'eusse maison et couche molle,
Mais quoi? Je fuyoie l'escolle,
Comme fait le mauvais enfant.
En escripvant cette parolle,
A peu que le cuer ne me fent.
»

[François Villon, Le Testament]

"Aqui se fecha o testamento
E se finda o pobre Villon.
Vinde, pois, ao sepultamento,
Quando ouvirdes os carrilhões,
Em trajes rubro-vermelhões .
Foi mártir do Amor a servir,
Isso jurou por seus colhões
Quando mundo quis partir.

E julgo bem que ele não mente,
Pois foi banido sem razões
Dos amores, qual cão demente.
Tal que daqui a Rossillon
Nem espinhos nem esporões
O pouparam, diz sem mentir,
De ferir-se com aguilhões,
Quando do mundo quis partir ,,,"

[François Villon, Outra Balada, trad. Sebastião Uchôa Leite]

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