domingo, 14 de dezembro de 2003

«MORAIS SARMENTO, C'EST MOI»



"Além de ministro já ninguém quer ir
Aquém de ministro já ninguém quer estar.
" [Pedro Oom]

Esta semana, o extraordinário Morais Sarmento deu um colossal uppercut no Código Cooperativo, maltratando vários artigos e, num assomo de cérebro em fogo, teve tempo de aplicar um golpe de olhos fechados (apoiado majority draw pela governação) à Fundação Espírito Santo, Fundação Calouste Gulbenkian e à Fundação de Serralves.

Pelo caminho ficaram estendidas várias outras Fundações invocadas no combate de retórica politica, pareceres do Instituto Cooperativo António Sérgio e da CNAVES. Sendo certo que o swing do Ministro não é de desprezar na chicana técnica-jurídica, acontece que, fora o Professor Marcelo (esta noite falará na TVI sobre o facto politico: «Aconteceu-me uma Fundação»), meia dúzia de taxistas de Lisboa, um sabido comentador de futebol, a minha funcionária a dias e os amigos do Bloco Central, todos num shadow boxing a celebrar o sapiência de experiência feita e iluminada de Morais Sarmento, na restante populaça ilustrada o mutismo foi total, exemplar. Contrariamente, pois, aos que prescrevem melhor protagonismo explicativo das politicas governativas, bastou alguém aparecer - braço dado com antigos inquilinos do Bloco Central - dizendo: «Morais Sarmento c’est moi», para todos meterem uma resma de Códigos "entre as pernas" e velozmente partirem (Ferro Rodrigues deu o Amem) para outro peditório político. Estamos conversados.