terça-feira, 20 de setembro de 2005
Arrogâncias
Arrogância, s.f. (do lat. arrogante-). Em que há arrogância, altivo, soberbo, insolente || Que é valente, corajoso, intrépido, brioso || Soberba, altivez || Dito, acção soberba, insolência. [in GDLP, de José Pedro Machado]
Tudo é possível na/pela "arrogância", mas siga-se os seus passos e veremos que os protestos e o desassombro de muitos perante os sinais de tão infeliz "malvadez" são uma simplória satisfação de ressentimentos tardios. A "loucura moral" dos psicopatas da política, no sacudir das palavras grosseiras do putativo "arrogante" ou candidato, resulta quase sempre numa "ladainha" melíflua, mas descaradamente ardilosa na sua retórica, cega na sua pungente "dor" partidária e pouco misericordiosa em epítetos sobre essa "vil" prática. Daí que, e afinal, os insultados e caluniados somos sempre nós - os que não se iludem com facilidade. De certo modo, e a coberto da "etiqueta" ou do manual do politicamente correcto, os "castos" comentadores tentam resistir à sua "alienação" político-partidário. A patologia em todos estes casos de indignidade face ao bruto "meliante", ao exultado "arrogante", tão histrionicamente revelada ao "cidadão taberneiro" pelos "opinion-makers", é uma simples "psicose de defesa". Na melhor das hipóteses, uma simpática neurastenia.
Assim, não por acaso, o animoso debate Carmona versus Carrilho registou lastimosas análises sobre a alma do "bom" debate, que, evidentemente, alimentou toda a turba dos ressabiados da política. Depois de tosquiado o putativo "arrogante" ou "o grande ordinário", segundo a lisonja do eng. Carmona, não lhe foi sequer concedida qualquer desafronta, no desfecho do grande espectáculo. Ao que se presume, num pais civilizado, depois da copiosa chuva de "carinhos" e "meiguices" Carmonianos, a solenidade exigia que se trocasse cumprimentos afectuosos, no final. Mas nada disso aconteceu, como nos elucida a récita do politólogo-guru Ricardo Costa, como sempre inimitável no chocalho off-record & "sublime" na meditação das estratégias partidárias.
A partir daí, as queixas maviosas alastraram aos indígenas, que como se sabe têm por hábito levar e calar, desde os tempos de Cavaco & Guterres, até ao fadário de Barroso & Sócrates. E é bom de ver que a "bondade" destas observações levadas a cabo pela "milícia" dos comentadores do reyno, deixa de ser uma "luta" de (isentas) opiniões, para professarem complacentes alinhamentos político-partidários. Não há melhor perversidade. A "neurose de carácter" dos comentadores "dribla" qualquer um de nós e infesta tudo. Não há maneira de se lhe escapar. Resta levantar ... e fugir.