quarta-feira, 29 de setembro de 2010

FADOS DA REPÚBLICA



ESPECTÁCULO APRESENTAÇÃO - FADOS DA REPÚBLICA
DIA: 29 de Setembro (18,30 horas)
LOCAL: Fundação Mário Soares - integrada na Exposição "Enfim a República!"


FADOS DA REPÚBLICA - NEVOEIRO


FADOS DA REPÚBLICA - VIVE POBRE, O POBRE OP'RÁRIO

"O Fado é a canção de um povo, de uma alma, de uma história... Ao longo de todas as tristezas e alegrias de um país, de uma vida, o Fado cantou saudades, evocou desejos, criticou pensamentos e embelezou Portugal com uma cultura única.

Este espectáculo procura recriar Fados e poemas situados na queda da Monarquia fazendo um enquadramento histórico e cultural. Traz-se assim aos nossos dias a voz dos poetas que marcaram uma época acompanhados com uma linguagem musical portuguesa, orgânica, mas moderna mostrando assim os caminhos que a República abriu quer a nível de mentalidades, de vivências e de paixões
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"Fados da República é um projecto de fados contemporâneos, mas com recolha de textos da altura de implantação da República (1910, com textos de Fernando Pessoa, Luz da Matta, Adelino de Sousa, António Miguel Couto Viana, letristas populares anónimos).
O projecto pressupõe a edição de um disco com 12 músicas seguido de digressão nacional com espectáculos (...)
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via ALMANAQUE REPUBLICANO

domingo, 26 de setembro de 2010

ANTÓNIO TELMO 1927-2010


"O ocultismo (hoje, prefere-se dizer ‘esoterismo’) não é evidentemente aquilo que nos livros se expõe de ocultismo" [A. Telmo, in Gramática Secreta da Língua Portuguesa]

Na manhã do passado dia 21 de Agosto de 2010 morreu [ou de novo recomeçou, porque "a morte não mata" – cf. Roso de Luna] António Telmo [n. 2 de Maio de 1927], cidadão humilíssimo, professor e investigador iluminante, um subversivo deste "reino da quantidade" [Guénon] a cair de tédio e um "cavaleiro do amor" [Sampaio Bruno] indiscutível do destino e espiritualidade de Portugal. Até sempre!

BIBLIOGRAFIA: Arte Poética, Lisboa, Guimarães, 1963 / História Secreta de Portugal, Lisboa, Vega, 1977 / Gramática secreta da língua portuguesa, Lisboa, Guimarães, 1981 / Desembarque dos Maniqueus na Ilha de Camões, Lisboa, Guimarães, 1982 / Filosofia e Kabbalah, Lisboa, Guimarães, 1989 / O Bateleur, Lisboa, Átrio, 1992 / Horóscopo de Portugal, Lisboa, Guimarães, 1997 / Contos, Lisboa, Aríon, 1999 / O Mistério de Portugal na História e n'Os Lusíadas, Lisboa, Ésquilo, 2004 / Viagem a Granada, Lisboa, Fundação Lusíada, 2005 / Contos Secretos, Chaves, Tartaruga, 2007 / A Hora de Anjos Haver [poemas], Porto, 2007 / [co-autor] A Verdade do Amor, seguido de Adoração: Cânticos de amor, de Leonardo Coimbra, Lisboa, Zéfiro, 2008 / Congeminações de um neopitagórico, Lisboa, Zéfiro, 2009 / A Aventura Maçónica, Lisboa, Zéfiro, 2010 / Luís de Camões, Estremoz, Al-Barzakh, 2010 / O Portugal de António Telmo, Lisboa, Guimarães, 2010.

LOCAIS: Entrevista com António Telmo [por Américo Rodrigues, para a revista Praça Velha] / À Conversa com António Telmo [Lusophia] / Adeus António Telmo! [Évora Oculta] / As Duas Colunas [António Telmo] / António Telmo ... homenagem na Biblioteca Nacional [Jornal de Notícias] / Filosofia e Kabbalah [Recensão crítica ao livro de A. Telmo, por António Cândido Franco]

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

LIBRARIAN



"Quando era novo", disse o tio Guilherme ao filho,
"Receava que isso fizesse mal ao miolo.
Mas agora, que estou bem seguro que não tenho nenhum,
Faço o pino vezes sem conta, sabes?"


[Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll]

terça-feira, 21 de setembro de 2010

DE REGRESSO – NADA A DECLARAR!


"Não tive tempo de ser mais breve" [Pe. António Vieira, in História do Futuro]

Por não chegarmos a tempo (mérito nosso) desta apostada monomania indígena do diseur elogiativo e ululante do disparate nacional, com que se tornou esta paróquia do sr. Silva, Sócrates & Coelho, Lda, generosamente posta em lume raso pela brigada do costume, pedimos a V. bem-aventurança e candura. Compreendam: "em presença da mulher amada é aconselhável colher nuvens" [Cadavre exquis – como é evidente].

Nada, pois, a declarar! E já não é o nada que nos madura a vidinha (nós para aqui a pensar no futuro), mas tão só a contemplação da ruína a que tudo isto chegou. Mesmo que fatalmente esperada, o espectáculo insolente das carpideiras do regime – como essas endechas postas a correr por inúteis ex-governantes nas Tv's, entre os quais pontifica o pasmoso Silva Lopes – torna tudo de uma soberba inqualificável e sem remédio.

Assistir ao que se vai dizendo da fazenda pública, como se a crise gravíssima com que se deparam as democracias ocidentais não permanecesse ou a subsistir se resolvesse – sempre com a cegueira habitual do correr para a frente que em todos habita por inércia e falta de coragem política -, com o fim do bem-estar económico e social de mais de 60 anos e o correspondente retrocesso e derrocada civilizacional de um século (como todos esse exaltados e intratáveis figurões prescrevem), torna tudo inútil e irretorquível.

Que o roufenho António Costa (do D.E.) discorra sobre a charneca económica, depois de há 5 anos tecer hossanas à governação do sr. Sócrates está conforme o esperado para o pessoal doméstico; que a rincharia do citado Silva Lopes exista e persista, ou que o respigado prof. Cantiga, num turbilhão de emendas, veja a paróquia isolada do mundo e da alma económica global, é absolutamente normal ou não tivessem ambos óculos universitários; que o estremecido rapaz Nogueira Leite, agora iniciado na choça de Passos Coelho, entenda a paisagem económica como a imaginou esse lustre da lusitanidade, de nome Paulo Teixeira Pinto, não é estranho nem perturba a reedição do index liberal – as nulidades atraem-se; que os sobreditos & todos os outros paineleiros e colunistas observem a vulgata do dumping social, em que Portugal, a Europa, as Américas e o mundo livre se devam transformar numa magnificente China, com remunerações de 0,70 euros/hora e o fim do Estado Social que se seguirá, não deixa de ser uma intimidade curiosa, ou não viesse a comovida receita de sujeitos pouco habituados a trabalhar e que sempre viveram à conta dos cidadãos e dos seus impostos.

Como diria Aristóteles: consuetudo est altera natura.

Por isso, não temos nada a declarar! Vossas Excelências não têm nada a declarar?