tag:blogger.com,1999:blog-53988772024-03-05T21:29:33.041+00:00Almocreve das Petasmassonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.comBlogger2259125tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-56197660423348609952015-03-27T01:08:00.000+00:002015-03-27T10:55:17.754+00:00ATÉ SEMPRE DR. AMÉRICO CASEIRO [1947-2015] <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJnetpjux94qDOBfK_9QT0grWBeE89z_puA1Mad3wk2RfnRZcxtfFVz6ThdTCJLC6D8cyGHSwnpoMR56-_erncx4hcPsk4iUQC6Uc5O0oikQ1-Mq4pFDdtKELqA6FQfL4RI9Qp/s1600/AMERICO_CASEIRO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJnetpjux94qDOBfK_9QT0grWBeE89z_puA1Mad3wk2RfnRZcxtfFVz6ThdTCJLC6D8cyGHSwnpoMR56-_erncx4hcPsk4iUQC6Uc5O0oikQ1-Mq4pFDdtKELqA6FQfL4RI9Qp/s1600/AMERICO_CASEIRO.jpg" height="400" width="247" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><strong>Até Sempre Américo Caseiro</strong>
[n. 27 Maio 1947 - m. 26 Março de 2015]<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">“<em>Só morremos de nós mesmos</em>” [<strong>Herberto Helder</strong>]<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><strong>Américo Caseiro</strong> partiu, ainda o sol não mostrava o brilho dos
raios. Deixou-nos o tesouro da palavra, os nomes e rostos da claríssima luz, a
ternura do tempo e da noite sem fim, o prazer e a rebelião da viagem, a
lealdade fraternal, a requintada oferenda do “discurso do acordar e do
adormecer” [<strong>A.C.</strong>]. Ele, que amou e viveu a vida, com radiante paixão, partiu
(avançou) no seu próprio jogo. Pôs-se a caminho para urdir a sua própria
sombra. E deixou-nos no nosso trivial remanso. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">À sua esposa, <strong>Mariana Alface</strong>, à sua estimada <em><strong>família</strong></em> e a todos
os <strong><em>amigos</em></strong>, o nosso pesar. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><strong><em>Ao Américo a eterna Saudade … e até Sempre!<o:p></o:p></em></strong></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><strong>Nota</strong>: o seu funeral segue hoje de Coimbra para o Crematório da
Figueira da Foz, onde deverá chegar antes das 18 horas, desta <em><strong>sexta-feira</strong></em>.<em><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-style: normal;"><o:p></o:p></span></em></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt;">►</span><span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"> <strong>Américo José Lopes Caseiro</strong> nasceu a 27 de Maio de 1947, na
cidade de Coimbra, lugar que amava como poucos. Era filho de <strong>Adriano Maria
Caseiro</strong>, escrivão e solicitador em Ansião e de <strong>Fernanda Godinho Lopes Caseiro</strong>. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; mso-layout-grid-align: none; text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">“<em>Cresci, único homem (o meu pai so chegava à noite), no seio de
seis mulheres, a minha irmã muito conta como tal, e este facto traz as mais
agradáveis consequências - a maior relevância para o meu pai, homem belo de 120
quilos, de humor afável e irritável, terno, dócil, violento, brutal
incontestável - o meu ideal de beleza era ter 120 quilos e sentir-me belo e sedutor
como em muitos dias reparei que se via</em>” [<em>cf</em>. <strong>Américo J. L. Caseiro</strong>, <strong><em>Curriculum
Vitae</em></strong>, 1982].<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Fez a escola primária em <strong>Avelar</strong>, depois estudou no colégio de
<em><strong>Ansião</strong></em> (onde frequentou brilhantemente a Biblioteca Itinerante da Gulbenkian e
ali conheceu o <strong>Maia Alcoforado</strong>, “<em>poeta, revolucionário civil</em>”, republicano de
têmpera, combatente contra a ditadura), passando depois para <strong>Coimbra</strong> para fazer o
“<em>complementar dos liceus</em>” <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Em <strong>Coimbra</strong>, moço arribado ao liceu D. João III, conhece o “<em><strong>velho
Gomes Jacobino</strong></em>” que lhe revela o caminho da <em><strong>biblioteca</strong></em> (vício nunca
abandonado), encontra e percorre <strong>Freud</strong> e <strong>Nietzsche</strong>, deslumbra-se com <strong>Marx &
Engels</strong>, invoca <strong>Camus</strong>, aparece-lhe <strong>Sartre</strong>. O coração alumia-se. Entra em 1964 para
a Faculdade de Medicina da U.C. Três anos depois tem o seu primeiro casamento,
de que resulta um filho encantador. Na candura de uma vida de estudo, de
tentações de espelho e outros <em>rendez-vous</em>, foi “<em>incapaz de passar os Arcos do
Jardim</em>” e “<em>subir acima da Almedina</em>”: quatro anos de “<em>dedicação exclusiva do
prazer doutras matérias</em>” (o “<em><strong>sítio do pica-pau amarelo</strong></em>”). Licencia-se aos 27
anos. De permeio esteve “<em>em todas as lutas de estudantes e nas outras</em>”, ali,
vertical, com o <strong>Alfredo Misarela</strong>, o <strong>Joaquim Namorado</strong>, o <strong>Orlando de Carvalho</strong>,
<strong>Lousã Henriques</strong>, outros mais. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"></span></span> </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Mj_NmV0C4EU_29VuqyVu_C_modGbg5PTHnWuYp43Bf-3yH26VVMbcimfMlSLvuwNtoKVHYPVpeAomMJbQdnS9pff_CLNXiXQLYBpLMi1DN1Llo7_-UNpBElYFuhKIheAo6NS/s1600/AMERICO_CASEIRO1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0Mj_NmV0C4EU_29VuqyVu_C_modGbg5PTHnWuYp43Bf-3yH26VVMbcimfMlSLvuwNtoKVHYPVpeAomMJbQdnS9pff_CLNXiXQLYBpLMi1DN1Llo7_-UNpBElYFuhKIheAo6NS/s1600/AMERICO_CASEIRO1.jpg" height="400" width="363" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">O acordar da noite ensinou-o a gostar de <strong>Resnais</strong>, <strong>Fellini</strong>, <strong>Bergman</strong>
& tantos outros (o dr. <strong>Orlando</strong> adornava o alvoroço), enfaixa-se em <strong>Lacan</strong> em
seminários no <em><strong>café Tropical</strong></em> e na <em><strong>Brasileira</strong></em>, Levi-straussa na baixinha em
passeatas peripatéticas. A vontade de saber escorre-lhe interminavelmente.
<strong>Foucault</strong> ilumina-o, tal como o vinho e o tabaco com que teorizava e vigiava. <strong>Althusser</strong>
identifica-lhe os “<em>órfãos teóricos</em>” (os do sem pai teórico). <strong>Deuleuze</strong> & <strong>Guattari</strong>,
empresta-lhe o inevitável. A <em><strong>psiquiatria</strong></em> – que pratica, usa e abusa - é para
ele como a escrita de <strong>Leonardo</strong>, “<em>para ser lida ao espelho</em>” [<strong>A.C.</strong>]. Esteve no
serviço médico à periferia (Soure, Manteigas), transita para a <em><strong>Clínica
Psiquiátrica dos HUC</strong></em> (1979), faz-se exímio na profissão, (re)constrói o
(im)possível. Com inquietação, mas solidamente.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">O <strong>dr. Américo Caseiro</strong>, “<em><strong>o passáro sarapintado</strong></em>”, era um eterno
apaixonado. Da <em><strong>literatura</strong></em> (Joyce, Thomas Mann, <span style="mso-bidi-font-style: italic;">Dostoievski</span>, os clássicos sempre presentes, com pontualidade e
zelo), da <strong><em>música</em></strong> (que não aprendeu com “<em>grande arrependimento e mágoa</em>"), do
<em><strong>cinema</strong></em> e <em><strong>teatro</strong></em>, tudo o movia, sempre numa respiração insubordinada, que a
outros transmitia. Das suas últimas paixões deve-se referir o seu aprofundado
estudo e apontamentos sobre o “<a href="http://ocaodeparar.blogspot.pt/">Cão de Parar</a>”, espaço de “<em>conversação
e do elogio do cão</em>”, por nós (re)escrito a partir da narrativa assombrosa e
encantadora do <strong><em>Mestre Caseiro</em></strong>. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">O “<strong><em>pássaro sarapintado</em></strong>” morreu porque muito amou. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Na madrugada de <strong><em>26 de Março de 2015</em></strong>, com toda a serenidade. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><strong><em>Até sempre, dr. Américo Caseiro</em></strong>.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">[José Manuel Martins - publicado também no <a href="http://arepublicano.blogspot.pt/2015/03/ate-sempre-dr-americo-caseiro-1947-2015.html">Almanaque Republicano</a> e no <a href="http://0.0.0.0/">Cão de Parar</a>]</span></div>
massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-30014705099449439302015-03-26T12:10:00.000+00:002015-03-26T12:10:09.687+00:00IN MEMORIAM DE HERBERTO HELDER [1930-2015] – PARTE III<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw7h6rJUP-8accuFYiJVjV3T-Ydc7C56Q1HstTrpues8_gIhmqi7jcrzjdu0iHLquWb3Jmq6iSzapNnIA4getbpyNwMmz1hFeB51Uxa-QaVCLRjzN1pOTFFjf5xe7iXuWlZzWM/s1600/herberto-helder-alfredo-cunha.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw7h6rJUP-8accuFYiJVjV3T-Ydc7C56Q1HstTrpues8_gIhmqi7jcrzjdu0iHLquWb3Jmq6iSzapNnIA4getbpyNwMmz1hFeB51Uxa-QaVCLRjzN1pOTFFjf5xe7iXuWlZzWM/s1600/herberto-helder-alfredo-cunha.jpg" height="400" width="266" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt;">►</span><span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"> “No texto de abertura de <strong><em>Ou o poema contínuo</em></strong> (2001) – redução
da sua “<em>poesia toda</em>” a uma “<em>súmula</em>”, não a uma antologia – <strong>Herberto Helder</strong>
designa a época como a de um tempo de redundância: “<em>O livro de agora pretende
então aceitar a escusa e, em tempos de redundância, estabelecer apenas as notas
impreteríveis para que da pauta se erga a música</em>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Insinua-se aqui uma atitude radical que o poeta seguiu
rigorosamente, ao fazer com que a sua obra existisse apenas por si mesma,
impermeável a interferências mundanas, erguendo-se fora – e contra – o ruído do
mundo. Isto significou uma enorme severidade: de <strong>Herberto Helder</strong>, não
conhecemos senão <span style="color: #4d4d4d; text-decoration: none; text-underline: none;">uma
auto-entrevista</span>, umas raras fotografias e muito pouco da pessoa do
autor e da sua vida civil, muito embora muitos poemas, e sobretudo a prosa de
<strong><em>Passos em Volta</em></strong> e <strong><em>Photomaton & Vox</em></strong>, estejam cheios de referências crípticas
de ordem autobiográfica.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Mas de certo modo <strong>Herberto Helder</strong> tudo fez para erradicar a
pessoa do autor, ou melhor, para evitar que ele surgisse como mediação entre a
sua obra e os leitores. Retirou-se para deixar a obra fazer o seu percurso e
resplandecer em total autonomia. Atravessou incólume um tempo em que se
impuseram as determinações da “<em>vida literária</em>” e em que as regras do campo
literário ditaram aos autores a necessidade de se mostrarem e aparecerem para
além dos livros, de entrarem no jogo que faz da literatura um pretexto para
outra coisa. Isto significou a afirmação de uma autonomia incondicional da
obra, segundo um preceito que o modernismo tinha reivindicado e seguido como um
dos seus princípios estético-poéticos fundamentais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Ao retirar-se e subtrair-se a todos os procedimentos que
interferem nessa autonomia, <strong>Herberto Helder</strong> ganhou a imagem do poeta que recusa
apresentar-se e representar-se nos palcos público e mediáticos. E assim se foi
forjando algo a que poderíamos chamar o “<em>mito Herberto Helder</em>”, o mito do
“<em>poeta obscuro</em>” que, com o seu gesto de retirada, desafia algumas regras da
legitimação e consagração. De certo modo, ele foi um elemento escandaloso (não
o único, acrescente-se) da grande família literária, aquele que não contribuía
para os momentos festivos nem respondia aos apelos do culto, renunciando
sistematicamente a todos os prémios, segundo aquele princípio flaubertiano de
que “as honras desonram”. Por essa distância, ele acabou por ganhar uma aura -
aquela “coisa” que desde Baudelaire os poetas tinham perdido e não se tinham
dignado a recuperar - que não encontramos em nenhum outro poeta seu
contemporâneo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Mas o mito <strong>Herberto Helder</strong> jamais se construiria por exclusiva
força destas circunstâncias. Fundamental, neste processo, é a própria poesia,
que tem uma tonalidade órfica e, sem deixar de ser profundamente do nosso
tempo, parece recuperar uma voz antiga, fazendo entrar nela uma dimensão que
não só não pertence ao nosso tempo, não é de aqui e de agora, mas nem sequer
pertence ao tempo da História. Vem de um tempo mítico, como os poemas das
civilizações antigas ou governadas pela ordem do ritual e do tempo cíclico que
ele traduziu. Muitas vezes, ela reenvia para o imemorial que fala através da voz
do mito e está fora da nossa cronologia.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">De certo modo, a poesia de <strong>Herberto Helder</strong>, nas suas anacronias,
no encontro que nela se dá entre o mais contemporâneo e o mais antigo (uma
antiguidade sem datas) obriga a colocar esta questão: será que ainda é possível
a poesia num mundo completamente secularizado? A sua poesia restitui algo que
nós, ainda que não o saibamos formular com exactidão, sabemos que foi perdido
ou só já tem uma existência secreta e remota. E disso se alimentaram também as
projecções e imagens públicas a que se prestou a figura de <strong>Herberto Helder</strong>
enquanto poeta”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">FOTO de <strong>Alfredo Cunha<o:p></o:p></strong></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">[<strong>António Guerreiro</strong>, in <a href="http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/entre-o-terror-e-a-beleza-tragica-1690237?page=-1">jornal Público, 25 de Março 2015</a>, p. 4]</span></div>
massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-85982512963410548332015-03-26T12:05:00.000+00:002015-03-26T12:05:14.063+00:00IN MEMORIAM DE HERBERTO HELDER [1930-2015] – PARTE II<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw7sptec4BGvjx-GG1hlkIvRu9yt1VbM3j9axNNyb9LoQOadJ0QzPQtwI6S_WWH-nhipnQyUuQ30mHlFhWgEX9aOVT_OxBEvDKK-OTW5YXNWqEGXvSKlVM1RVQuJV70Sxp3GuB/s1600/Herberto_Helder1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjw7sptec4BGvjx-GG1hlkIvRu9yt1VbM3j9axNNyb9LoQOadJ0QzPQtwI6S_WWH-nhipnQyUuQ30mHlFhWgEX9aOVT_OxBEvDKK-OTW5YXNWqEGXvSKlVM1RVQuJV70Sxp3GuB/s1600/Herberto_Helder1.jpg" height="265" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt;">►</span><span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"> “Nascido em 1930 no Funchal, <strong>Herberto Helder</strong> publicou os seus
primeiros poemas em antologias madeirenses – <i>Arquipélago </i>(1952) e <i>Poemas
Bestiais</i> (1954) –, e ainda na revista <i>Búzio</i>, editada por António
Aragão. A sua obra de estreia, <i>O Amor em Visita</i>, um pequeno folheto
editado pela Contraponto, saiu em 1958, quando frequentava, em Lisboa, o grupo
surrealista que se reunia no Café Gelo, convivendo com Mário Cesariny, António
José Forte ou Luiz Pacheco.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Por esta altura, abandonada a frequência universitária em
Coimbra (primeiro de Direito e depois de Filologia Românica), o poeta tivera já
vários empregos precários – passou pela Caixa Geral de Depósitos, angariou
publicidade, trabalhou no Serviço Meteorológico e foi delegado de propaganda
médica.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Em 1961, publicou o livro que desde logo o consagraria como uma
das vozes fundamentais da poesia portuguesa:<i> <strong>A Colher na Boca</strong></i>, editado
pela Ática, a chancela que então publicava as obras de Fernando Pessoa. Ruy
Belo, que também publicou na Ática, e no mesmo ano, o seu primeiro livro, <i>Aquele
Grande Rio Eufrates</i>, contou a Joaquim Manuel Magalhães, segundo este narra
em <i>Os Dois Crepúsculos </i>(1981), que “ao ver em provas na editora o livro
de Herberto Helder, teria sentido ser esse o livro e não o seu”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Entre a publicação, em 1958, do longo poema <i><strong>O Amor em Visita</strong></i>,
cujos versos iniciais todos os jovens leitores de poesia portuguesa
contemporânea sabiam de cor nos anos 60 e 70 – “<em>Dai-me uma jovem mulher com sua
harpa de sombra/ e seu arbusto de sangue. Com ela/ encantarei a noite (…)</em>” – e
o lançamento de <i>A Colher na Boca</i>, o poeta viajou pela Europa.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Tornou-se mítico o ecléctico e pitoresco inventário de ofícios
que foi desempenhando para sobreviver enquanto deambulava pela França, Holanda
e Bélgica. Foi operário metalúrgico, empregado numa cervejaria, cortador de
legumes numa casa de sopas, guia de marinheiros em Amsterdão e empacotador de
aparas de papel, curiosa ocupação para alguém que irá demonstrar uma permanente
pulsão para se transformar, ele próprio, em papel, desaparecendo no interior da
obra.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Regressado a Lisboa, trabalha nas Bibliotecas Itinerantes da
Gulbenkian. Depois passa pela Emissora Nacional e pela RTP, trabalha em
publicidade e torna-se, em 1969, director literário da Estampa, onde dá início
à edição das obras de Almada Negreiros, que sempre admirará.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Em 1963, publicara um livro que basta para lhe assegurar também
um altíssimo lugar entre os prosadores portugueses contemporâneos, <strong><em>Os Passos em
Volta</em></strong>. Ainda nos anos 60, saem <strong><em>Poemacto</em></strong> (1961), Lugar (1962), <em><strong>Electronicolírica</strong></em>
(1964), depois reintitulado <strong><em>A Máquina Lírica</em></strong>, <strong><em>Húmus</em></strong> (1967), o seu fascinante
diálogo com Raul Brandão, e <strong><em>Retrato em Movimento</em></strong> (1967). Em 1968 publica <strong><em>O
Bebedor Nocturno</em></strong>, o primeiro de vários volumes de traduções de poesia, e
<em><strong>Apresentação do Rosto</strong></em>, título que mais tarde rejeitará, ainda que vários dos
textos que o compõem ressurjam depois noutros livros.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">No início dos anos 70, volta a viajar pela Europa e, em 1971,
trabalha em Angola para a revista Notícia, de Luanda. Numa das suas
reportagens, ao viajar com o seu colega Eduardo Guimarães, que ia ao volante,
sofre um grave acidente de viação que quase lhe custa a vida.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Novamente em Lisboa, trabalha na editora Arcádia, e também na
RDP, e colabora em várias publicações, sendo um dos organizadores da revista
Nova (1976).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Em 1968 afirmara ir deixar de escrever – voltará a fazê-lo mais
vezes –, e, de facto, descontado <strong><em>Vocação Animal</em></strong> (1971), não publica nenhum novo
livro até <em><strong>Cobra</strong></em> (1977), se exceptuarmos também os dois volumes da Poesia Toda,
publicados na Plátano em 1973, ano em que viaja para os Estados Unidos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Mas <strong><em>Cobra</em></strong> assinala o início de um período muito criativo, que
inclui <em><strong>O Corpo o Luxo a Obra</strong></em> (1978), <strong><em>Flash</em></strong> (1980), ou <strong><em>A Cabeça Entre as Mãos</em></strong>
(1982). E ainda o volume de prosa e poesia <strong><em>Photomaton & Vox</em></strong> (1979), o
primeiro lançado com a chancela da Assírio & Alvim, de Hermínio Monteiro e
Manuel Rosa, que será durante décadas a sua editora.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Se descontarmos as compilações e traduções, e a sua muito
pessoal antologia da poesia moderna portuguesa, <strong><em>Edoi Lelia Doura</em></strong> (1985),
segue-se mais um período de silêncio até <strong><em>A Última Ciência</em></strong> (1988), e outros seis
anos até <strong><em>Do Mundo</em></strong>, publicado em 1994, o mesmo ano em que lhe é atribuído o
Prémio Pessoa, que Herberto Helder recusa, pedindo ao júri que não o anunciassem
como vencedor e dessem o prémio a outro.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Embora continue a reescrever a obra, <strong>Herberto</strong> eclipsa-se depois
durante quase uma década e meia. Mas o seu regresso com <strong><em>A Faca Não Corta o
Fogo</em></strong>, possivelmente o melhor livro de poesia portuguesa do século XXI, é
avassalador. Em 2013 publicou <strong><em>Servidões</em></strong>, e em 2014 saiu <strong><em>A Morte Sem Mestre</em></strong>, que
assinalou a sua passagem para a Porto Editora e recebeu críticas desiguais,
quebrando pela primeira vez o consenso quase absoluto que se gerara em torno da
sua obra ..."</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">[<strong>Luís Miguel Queirós</strong>, in <a href="http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/morreu-herberto-helder-a-voz-mais-fulgurante-da-poesia-portuguesa-1690151">jornal Público, 25 Março 2015</a>, pp 2-4]<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">[<strong><em>EM CONTINUAÇÃO</em></strong>]</span></div>
massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-90827532380790163912015-03-26T11:55:00.002+00:002015-03-26T11:56:52.777+00:00IN MEMORIAM DE HERBERTO HELDER [1930-2015] – PARTE I<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR1VXIuhaFqq0O16fECYclj_COh9rprikKf8qRFsEzEQoWZuYVzacuV48x-BBh-_yRWXvLIap-b4w8paNe80qdsVuIEnq-fJfY_Y9paef6cGOYkENrQ2JMhXUB-5JAmYfgsp5e/s1600/Herberto_Helder.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjR1VXIuhaFqq0O16fECYclj_COh9rprikKf8qRFsEzEQoWZuYVzacuV48x-BBh-_yRWXvLIap-b4w8paNe80qdsVuIEnq-fJfY_Y9paef6cGOYkENrQ2JMhXUB-5JAmYfgsp5e/s1600/Herberto_Helder.jpg" height="400" width="265" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="color: #cc0000;"><strong>Herberto Helder de
Oliveira <span style="color: black;">[</span><span style="color: #4d4d4d;">n. 23 Novembro 1930 - m. 23 Março de
2015</span><span style="color: black;">]<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></strong></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">“<em>(…) a morte faz do teu
corpo um nó que bruxuleia e se apaga,/ e tu olhas para as coisas pequenas/ e
para onde olhas é essa parte alumiada toda</em>”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10pt;">►</span><span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"> “Como Pedro Mexia
refere na sua reacção à morte do poeta, não tardará a tornar-se pacífico que
<strong>Herberto Helder</strong> é o poeta central da segunda metade do século XX, como Pessoa o
foi da primeira. Mas é uma centralidade que é ao mesmo tempo uma anomalia, porque
a mágica e bárbara linguagem de Herberto, mesmo na sua versão atenuada dos
últimos livros, parece vir do fundo dos tempos e ter nascido por engano nesta
modernidade.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Não
há na poesia portuguesa pós-Pessoa nenhum poeta que tenha exercido um tal poder
de atracção e gerado tantos epígonos. E nenhum mais absolutamente impossível de
imitar com proveito.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Quem
leu desprevenidamente esses primeiros livros de Herberto, nos anos 60 e 70,
há-de ter experimentado essa sensação de que a poesia só podia ser aquilo. Foi
sempre esse o maior e mais estranho dom de Herberto Helder: convencer-nos
(ainda que injustamente) de que escreve directamente em poesia, como se a
poesia fosse a sua língua materna, e todos os outros poetas se limitassem a
traduções mais ou menos conseguidas de um idioma perdido de que só ele detinha
a chave (…)<o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Gastão
Cruz lembra que conviveu muito com o poeta mais velho nos anos 60 e 70.
“Primeiro, no restaurante Toni dos Bifes, ao lado do prédio onde vivia Carlos
de Oliveira, e depois da morte de Carlos de Oliveira no café Monte Carlo.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><strong>Herberto</strong>
era muito amigo do poeta de <i>Sobre o Lado Esquerdo</i> e “sentiu muito a sua
morte”, diz Gastão Cruz: “A morte afectava-o, ele manifesta uma grande
dificuldade em enfrentar o envelhecimento e a morte, e isso é muito visível em <i>Servidões</i>
e em <i>A Morte sem Mestre</i>”.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Num e no outro livro, diz ainda, “vai por caminhos de linguagem
diferentes dos anteriores, mais metafóricos, mas continua a ter uma linguagem
fulgurante, só que com mais referências ao concreto”. A última poesia de
Herberto “era de uma grande força verbal”, diz, e “mantinha uma ligação
profunda com o que sempre foi a poesia dele, uma poesia de um poema único” (…)<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">A ensaísta Rosa Maria Martelo afirma dever a <strong>Herberto
Helder</strong> “horas sem conta de pura alegria de ler, de vislumbre, de paixão das
coisas do mundo”. E ao saber que o poeta “morreu de morte súbita”, diz que “ter
sido assim de repente” lhe parece “de uma grande justiça”. Nos últimos livros,
recorda, “tinha antecipado muitas vezes a morte própria, vivendo-a em poemas
exasperados, sem querer fugir à violência, ao pânico, mas em certos textos
desejava isto mesmo: morrer depressa e sem dor”. E acrescenta: “Ele que nos
últimos livros morreu tantas vezes, com evidente sofrimento”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><strong>Herberto</strong> deixa-nos, diz, “uma das obras maiores alguma vez
escritas em língua portuguesa, porque na sua poesia a língua extrema-se em
subtileza, nitidez, precisão conceptual e plástica”. E sublinha que o poeta
“escreveu com paixão absoluta” para notar que, “nestes tristes tempos, em que o
significado das palavras flutua constantemente ao sabor de interesses e
compromissos”, ele nos deixa “uma escrita que acontece literalmente no reverso
disso, do lado da verdade, que é onde as palavras são um corpo vivo, sempre
acabado de nascer”</span><br />
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"></span><br />
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">FOTO de <strong>Alfredo Cunha<o:p></o:p></strong></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">[<strong>Luís Miguel Queirós</strong>, in <a href="http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/morreu-herberto-helder-a-voz-mais-fulgurante-da-poesia-portuguesa-1690151">jornal Público, 25 Março 2015</a>, pp 2-4]<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">[<strong><em>EM CONTINUAÇÃO</em></strong>]</span></div>
massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-25842018457573881432014-04-25T02:00:00.001+01:002014-04-25T02:10:53.775+01:0040.º ANIVERSÁRIO DO 25 ABRIL DE 1974 – “VENCER O MEDO!”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV0DqNelpWYAQ54L_mGPEyRTaR2zV-S-Jjc6PQKN2Z3iBiCz0d3Z4eYRtvAIgy-YOhVbtQmTvMA72nuGqk_KrUavZNCVhHZHDHVdF0JFr0C2c750URx9FaefLiJPlw8gKv0Mlk/s1600/40-ANIVERSARIO-25-ABRIL.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV0DqNelpWYAQ54L_mGPEyRTaR2zV-S-Jjc6PQKN2Z3iBiCz0d3Z4eYRtvAIgy-YOhVbtQmTvMA72nuGqk_KrUavZNCVhHZHDHVdF0JFr0C2c750URx9FaefLiJPlw8gKv0Mlk/s1600/40-ANIVERSARIO-25-ABRIL.gif" height="387" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">“<em>Ah, meu povo traído,<o:p></o:p></em></span></div>
<div style="text-align: center;">
<em>
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Mansa colmeia<o:p></o:p></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em>
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">A que ninguém colhe o mel!<o:p></o:p></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em>
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Ah, meu pobre corcel<o:p></o:p></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em>
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Impaciente<o:p></o:p></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em>
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Alado<o:p></o:p></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em>
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">E condenado<o:p></o:p></span></em></div>
<div style="text-align: center;">
<em>
</em><span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><em>A choutar nesta praia do Ocidente!</em>” [<strong>Miguel Torga</strong>]</span></div>
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"></span><br />
<br />
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><o:p><span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Do “<em><strong>fascismo de sacristia</strong></em>” do Estado Novo ao “<em><strong>estado a que isto
chegou</strong></em>”, aguilhoados que estamos da nossa consciência de homens livres por este
raminho de gente malsã que habita o “<em>bom governo de Portugal</em>”, de comum, sim de
comum é que <strong><em>o medo</em></strong> regressou e a coragem resignou. As provações ungidas pelo
esse raminho de gente medíocre, vaidosa, sem escrúpulos, tomaram conta do
estandarte das palavras <em><strong>Liberdade</strong></em>, <em><strong>Igualdade</strong></em> e <em><strong>Fraternidade</strong></em>. Este tempo é um “<em><strong>remorso
de todos nós</strong></em>” [<strong>O’Neill</strong>]. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span><br />
<span style="color: black; font-family: Times New Roman; font-size: small;">
</span><br />
</o:p></span><div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"><span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">Retomar a palavra, explodir a paixão, reconstruir a memória
adormecida, <strong><em>vencer o medo</em></strong>, dizer tudo para de novo recomeçar, antes que o tempo
nos traia o esquecimento desse “<em><strong>dia inicial inteiro e limpo</strong></em>”, é declaradamente a
nossa liberdade e condição de estarmos vivos. E há uma “<em><strong>roda de dedos no ar</strong></em>”. Vamos
lá então “<em>transformar o amador na coisa amada</em>”. Vamos lá então …</span></span></div>
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #4d4d4d; font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 10pt;"></span> [publicado, também, no <a href="http://arepublicano.blogspot.pt/2014/04/40-aniversario-do-25-abril-de-1974.html">Almanaque Republicano</a>]</div>
</span><br />massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-30535610528116730802012-09-15T02:00:00.000+01:002012-09-15T02:08:28.143+01:0015 SETEMBRO - QUEREMOS A NOSSA VIDA!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW2mAz1RGBsaL_hYihYMeoDoo_ue1tK3QWmuJTVI0g6n7SmY4DM5FXTZVa5jGULn4XobqBMRBKEE_nQAj1cM9Ks6MPjOJIXXFtvFYSAWy4Iy33YnZ2PMZ204rRpqHiKF4qsl8E/s1600/15-setembro.jpg"target="_blank"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 397px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjW2mAz1RGBsaL_hYihYMeoDoo_ue1tK3QWmuJTVI0g6n7SmY4DM5FXTZVa5jGULn4XobqBMRBKEE_nQAj1cM9Ks6MPjOJIXXFtvFYSAWy4Iy33YnZ2PMZ204rRpqHiKF4qsl8E/s400/15-setembro.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5788201694932249122" /></a><br /><em>...Meu amor países pátrias têm todos um nome<br />de letras imundas que não é para escrever<br />Se ainda podes ouvir o búzio da infância<br />ouvirás com certeza o sinal de partir<br /><br />... está escrito que o <strong>homem livre</strong> fará o seu aparecimento<br />sob a forma de um cometa de cauda fascinante<br />que arrastará os amorosos até ao centro do mundo<br />donde partirão na rosa-dos-ventos e este será o sinal</em><br /><br />[<strong>António José Forte</strong>, <em>in</em> "<em>Azuliante</em>" (1984)]massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-24265663428095834842012-09-13T13:45:00.000+01:002012-09-13T13:52:38.665+01:00REGRESSO AO MERCADO <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijzwmLoqR63NlyJi5vlsbrycbK0PcmCfbNYsrc2bIoZi2py56Rrp-_fGV-eR64TurtmkHM4Gt-cAlQssf88EIEDtrUekoJquta7BuRAZ6LECG1nuDdIArioMO_6m4T1NF0P-q9/s1600/almocreve_petas.jpg"target="_blank"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 247px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijzwmLoqR63NlyJi5vlsbrycbK0PcmCfbNYsrc2bIoZi2py56Rrp-_fGV-eR64TurtmkHM4Gt-cAlQssf88EIEDtrUekoJquta7BuRAZ6LECG1nuDdIArioMO_6m4T1NF0P-q9/s400/almocreve_petas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5787638735721313186" /></a><br />“<em>Fazemos amanhã / o que podemos fazer hoje</em>” [<strong>Ernesto Sampaio</strong>]<br /><br />Ainda estamos por aqui! Depois de suspicaz <strong><em>descanso</em></strong> & silencioso poisio [nosso álibi], embora bem atentos ao temporal monomaníaco confeccionado pelo sábio <strong><em>Gaspar da Fazenda</em></strong> e pelo sediço & patético administrador <strong>Passos Coelho</strong>, estamos (<strong><em>decididamente</em></strong>) de regresso ao “mercado”. E bem a tempo de participarmos no estridente <strong><em>funeral</em></strong> da <strong><em>quadrilha "libaral"</em></strong>, mesmo se da paróquia - muito bem amortalhada que foi por essa insulada <strong><em>garotada</em></strong> - reste só os caboucos. Como sempre, estamos de volta ao “mercado” para fazer "<strong><em>mijar a caneta para cima do papel de jornal</em></strong>" [<strong>B. Péret</strong>]. Com todas as autorizações necessárias. <br /><br />Entretanto, fomos pintarolando por aí, ocupados, dedicados & seduzidos. <a href="http://arepublicano.blogspot.pt/"target="_blank">AQUI</a> sorvemos a grande <strong><em>Alma Portuguesa</em></strong>, itinerário do nosso eterno retorno; <a href="http://bibliomanias.no.sapo.pt/"target="_blank">ALI</a>, vasámos letras “colossais” às musas que nos <strong><em>iluminam</em></strong>, porque, meus caros amigos, a entrega ao prazer é uma ventura admirável; <a href="http://ocaodeparar.blogspot.pt/"target="_blank">ACOLÁ</a> postámos excursos autorizados, narrativas antiquíssimas em preito e elogio ao "<strong><em>cão de parar</em></strong>"; <a href="http://pt-pt.facebook.com/alfarrabistas.portugal"target="_blank">ALGUR</a> (e <a href="http://www.facebook.com/josemanuel.martins.106?ref=tn_tnmn"target="_blank">ALGURES</a>) rendemos carícias (vigilantes) às letras & alfarrábios da nossa praça, recordações & "<strong><em>amores antigos</em></strong>". Para ledores caprichosos! <br /><br />Regressamos para testemunhar a actividade, e máximas imprudentes, da (longa) oração da paróquia "<strong><em>libaral</em></strong>", que desde o início foi posta a correr pelos burlescos pregadores da governação (& seus <strong><em>validos amestrados</em></strong>) e que, curiosamente, se tornou <a href="http://blasfemias.net/"target="_blank">gramático</a> na sáfara blogosfera; o expediente que vemos na botica de <strong>Coelho & Portas</strong> não é mais que um “<em>latino suor/substantivo cuspo</em>” [<strong>J. D. Ribeiro</strong>] para com o gentio que se vê espoliado dos cobres do seu trabalho e para alegria e condição do “honesto” negócio do sistema financeiro. <br /><br />A virilidade devota de <strong>Portas & Coelho</strong> é, porque é, uma <strong><em>fúria alucinada & mirabolante</em></strong>, uma <strong><em>perseguição política militante</em></strong> – claro, está – contra o Povo, a Nação e o Estado; uma afadigada e <strong><em>doentia</em></strong> incursão que, a coberto de uma cerzida <strong><em>crendice</em></strong> ideológica atulhada de “reflexões econômicas” (!?), que revela o ralaço exibicionismo de quem <strong><em>nunca</em></strong>, com <strong><em>autoridade</em></strong> e <strong><em>competência</em></strong>, estudou, trabalhou e se fez Homem. Pelo contrário o que, meteoricamente, confirma a charamela de <strong>Coelho & Portas</strong>, com o arranjo cénico (de <strong><em>natureza persecutória</em></strong>, típica do estado paranóide) do inefável <strong>Gaspar</strong>, é o saque para proveito particular de alguns e dos próprios, a expensas do indígena e da paróquia. <br /><br />Na essência, a prosaica política destes inenarráveis sujeitos & seus validos é <strong><em>destruir</em></strong>, <strong><em>destruir</em></strong>, <strong><em>destruir</em></strong>. A insídia destes domésticos amestrados é <strong><em>o maior</em></strong> testemunho histórico, entre nós, de como a interminável farsa do amor pátrio proclamado pela classe política indígena readquiriu o labéu (sem surpresa) de intenção <strong><em>criminosa</em></strong>, o que, convenhamos, é muito mais que o eterno desprezo que nutrem pelos cidadãos eleitores. Até que um dia, <strong><em>de vez</em></strong>, o céu lhes caia sobre as cabeças. <strong><em>Et erit sepulchrum eius gloriosum</em></strong>. <br /><br /> <br /><strong><em>Bom dia</em></strong>!massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-85515774500939998942012-01-07T01:00:00.002+00:002013-10-05T02:38:27.151+01:00COMO IDENTIFICAR UM MAÇON * Anúncio completamente grátis<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/ddM7kJ9xQfA?rel=0" width="420"></iframe>
<br />
<br />
<strong><em>V. Excia</em></strong> é da família do sr. <a href="http://www.associacaodeinvestidores.com/pdf/artigos/fp.pdf" target="_blank">José Cabral</a> (<em>genuflexão!</em>), aquele que escarafunchou & vassourou a infame <strong><em>Maçonaria</em></strong> da paróquia nos tempos idos do dr. <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B3nio_de_Oliveira_Salazar" target="_blank">Botas de S. Comba</a> (de muita memória), e está chocalhante de saudades desses sacros tempos? <strong><em>V. Excia</em></strong> arreganha (<em>graciosamente</em>) a dentuça quando se fala em <strong><em>maçonarias</em></strong>, enquanto dá brilho à venera cruz gamada ou à orelha de judeu que traz no bolso do casaco? <strong><em>V. Excia</em></strong> quer obsequiosamente conhecer a <a href="http://blasfemias.net/2012/01/04/a-proposito-da-maconaria/" target="_blank">estoriadora Helena Matos</a> para constituir família reaccionária e para se arrumar como escriba blasfémio em versão <strong>José Manuel Fernandes</strong> ou inspirado comentadeiro de blog, mas não sabe como desovar postas contra a <strong><em>infame pedreirada</em></strong> e o <strong><em>maçonismo</em></strong>? <strong>V. Excia</strong>, à cautela mas com grande espírito fraternal, deseja experimentar o sol alentejano (<em>com cão de caça ao fundo</em>) ou o Algarve pitoresco (<em>burricando por Monchique</em>) em companhia do eminente tudólogo <strong>M. Sousa Tavares</strong>, mas não sabe identificar um <strong><em>maçon</em></strong> (<em>com palavra, peso e medida</em>) de avental e jóias? <strong><em>V. Excia</em></strong> que tem uma paixão intelectual (<em>e carnal</em>) pelo sapientíssimo <strong>jornaleiro Ricardo Costa</strong> do <strong><em>Expresso/SIC</em></strong>, essa autoridade ou mito vivo da glória nacional, mas não dardeja (<em>ou esgaratuja</em>) um <strong><em>livre-pensador</em></strong> ou um <strong><em>jacobino</em></strong> (<em>de perfil suave</em>) a um palmo de si (<em>em pé e à ordem</em>) ou em contorno sugestivo? <strong><em>V. Excia</em></strong>, que é um <a href="http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/RaridadesBibliograficas/Exorcismos/BioJAMacedo.pdf" target="_blank">José Agostinho de Macedo</a> de sofá, almeja lutar pelo trono e o altar (<em>e a divina Providência</em>) espreitando, benevolente, trabalhos maçónicos, mas teme o irmão terrível e não sabe manejar o maço e o cinzel... então tem <strong><em>V. Excia</em></strong> ali (<strong><em>em cima</em></strong>) à sua disposição um magnifico <strong><em>vídeo doutrinal</em></strong> que não o deixa ficar filosoficamente atormentado quando se fala nos hereges <strong><em>filhos da viúva</em></strong>. <br />
<br />
<strong><em>Boa noute!</em></strong>massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-68941665445006859562012-01-02T18:25:00.003+00:002012-01-02T18:34:02.571+00:00EH! COMPANHEIRO: NÃO É A VIDA, NEM É A MORTE!<iframe width="370" height="287" src="http://www.youtube.com/embed/e7adFDo1Dyw?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br />"<strong><em>Queixa das almas jovens censuradas</em></strong>" - <strong>José Mário Branco</strong> [Poema de Natália Correia; Música de José Mário Branco; desenho de Jean Cocteau]<br /><br />"<em>...<br />Dão-nos um bolo que é a história<br />da nossa historia sem enredo<br />e não nos soa na memória<br />outra palavra que o medo<br /><br />Temos fantasmas tão educados<br />que adormecemos no seu ombro<br />somos vazios despovoados<br />de personagens de assombro<br /><br />...<br />Dão-nos um nome e um jornal<br />um avião e um violino<br />mas não nos dão o animal<br />que espeta os cornos no destino<br /><br />Dão-nos marujos de papelão<br />com carimbo no passaporte<br />por isso a nossa dimensão<br />não é a vida, nem é a morte</em>"massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-11775771027490081552012-01-01T00:01:00.000+00:002012-01-01T00:29:34.013+00:00BOM E FRATERNO 2012<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4MPTx_gBM_zQ0zseReIBH5FGMpTwG40xJ6xiaxXNctpxX-W6SJ6ynGtcacvk5wH4mgDDWO0thC1IQcQC37mzbRlflW4sn4UJDDGVV-lQ49Ee4UfFXKgcbAUQtzS78UTzgrrBZ/s1600/almocreve-petas.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 254px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4MPTx_gBM_zQ0zseReIBH5FGMpTwG40xJ6xiaxXNctpxX-W6SJ6ynGtcacvk5wH4mgDDWO0thC1IQcQC37mzbRlflW4sn4UJDDGVV-lQ49Ee4UfFXKgcbAUQtzS78UTzgrrBZ/s400/almocreve-petas.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5692453640975828834" /></a><br /><br />"<em>...Sabes de que cor são os meus olhos?<br />São castanhos como as da minha mãe<br /><br />Portugal gostava de te beijar muito apaixonadamente<br />na boca ...</em>"<br /><br />[<strong>Jorge de Sousa Braga</strong>, <em>in</em> <strong><em>De manhã vamos todos acordar com uma pérola no cu</em></strong>]massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-57380874978401005182011-12-18T23:30:00.005+00:002011-12-19T00:07:24.944+00:00NOTÍCIAS DA FRENTE<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHoLK6_AsKCjLUU87HWdBarv-1-KFR8pyr-MlXWnk2QONWO9WqyBpy1UqBlruQn7tlgBMe_CAtVMW-h2KQZ4Lw1NKEi6mjFEOERGPnCLEhP3J0C-slrPR1FODckHNUCZbYs6ml/s1600/noticias_frente.JPG"target="_blank"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 278px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHoLK6_AsKCjLUU87HWdBarv-1-KFR8pyr-MlXWnk2QONWO9WqyBpy1UqBlruQn7tlgBMe_CAtVMW-h2KQZ4Lw1NKEi6mjFEOERGPnCLEhP3J0C-slrPR1FODckHNUCZbYs6ml/s400/noticias_frente.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5687616726773038866" /></a><br />"<em>O bibliófilo é essencialmente um amante de livros e de temas que entra em demanda, que alguns denominam de <strong><em>caça</em></strong> (a <strong>venatio librorum</strong>, referida por <strong>Borba de Moraes</strong> e <strong>Pina Martins</strong>) …</em>" [<strong>Pedro Teixeira da Mota</strong>, <em>in</em> <a href="http://almocrevedaspetas.blogspot.com/2011/12/o-bibliofilo-aprendiz.html"target="_blank">O Bibliófilo Aprendiz</a>, <a href="http://www.letralivre.com/catalogo/detalhes_produto.php?id=81561"target="_blank">Letra Livre</a>, 2011] <br /><br />[a menos de cinco dias do <strong><em>Solstício de Inverno</em></strong>] A inverneira, é sabido, dispensa a rua, até porque o <strong><em>tumor orçamental</em></strong> já nem com cataplasmas vai. O sr. dos <strong>Passos Coelho</strong> (criatura com acolhimento na austeridade teutónica de <em>chez</em> <strong>Merkel</strong>) cobrará (sempre) aos inexperientes da coisa pública quase tudo. Por isso, a mergulhia da "canalha" nos lavores caseiros não o atrapalham, até porque as dormideiras políticas ou a <strong><em>calda orçamental</em></strong> deste <em>quasi</em> selado ano lhe acalmaram as inflamações financeiras. Estamos deste modo soberbos no doce lar, que a sorte nos manda. A <strong><em>moléstia</em></strong> profunda virá já a seguir! É uma questão de tempo - entoamos nós, recorrendo à boa dicção do <strong>Gasparzinho</strong> da fazenda. <br /><br />Por tudo isso, os errantes cultores de papéis andam felizes nos requebros do livro antigo. Afinal os <strong><em>amantes dos livros</em></strong> – esses – só se arrependem das obras não compradas. Os experimentados sabem (como recita o grande <strong>Palladio</strong>) que se o amador de livros for curioso não lhe faltará a graça do seu divino ofício e, evidentemente, copiosas bibliografias a respigar. E será então caso para dizer como mestre <strong>Borba de Moraes</strong>: "<strong><em>um colecionador sem bibliografias é um operário sem ferramentas</em></strong>". <br /><br />- informam-se os estimados leitores deste estabelecimento, e para <strong><em>V.</em></strong> merecimento, que o regresso do <a href="http://ocaodeparar.blogspot.com/"target="_blank">Cão de Parar</a> (ou moços do <strong><em>Vale do Mondego</em></strong>) ao <strong><em>V.</em></strong> aconchego vos (<strong><em>re</em></strong>)lança a sempre luminosa <strong><em>arte venatória</em></strong> (trabalhos de cena ou sacros) no meio dos <strong><em>mistérios ou ocultações bibliográficas</em></strong> que a alma do colecionador de livros perturbantemente professa … e cobiça. Para <a href="http://ocaodeparar.blogspot.com/"target="_blank">ledores caprichosos</a>! <br /><br />- o leitor - exaurido que anda nas leituras dos <em>Top livreiros</em> - não pode olvidar a republicação da preciosidade que é o "<a href="http://www.letralivre.com/catalogo/detalhes_produto.php?id=81561"target="_blank">Bibliófilo Aprendiz</a>", de <strong>Rubens Borba de Moraes</strong> – <a href="http://almocrevedaspetas.blogspot.com/2011/12/o-bibliofilo-aprendiz.html"target="_blank">AQUI adjudicado</a>. Prosa farta e afamada, peça fervorosa, contendo inumeráveis gramáticas para uso do <strong><em>amador de livros</em></strong>. A <strong><em>ofertar</em></strong> neste anno gasparziano. <br /><br />- nos próximos dias (<strong><em>20</em></strong> a <strong><em>22</em></strong> de Dezembro, pelas 15 horas) haverá lugar a um "<a href="http://www.pcv.pt/auction.php?n=272&ref=auctions"target="_blank">Leilão de Livros, Manuscritos, Gravuras, Postais e Cartazes</a>”, em parte proveniente do "<em>valioso conjunto da <strong>Colecção António Capucho</strong></em>". O martelo estará a cargo do <a href="http://www.pcv.pt/auction.php?n=272&ref=auctions#"target="_blank">Palácio do Correio Velho</a>. Consultar o seu <a href="http://www.pcv.pt/auction.php?n=272&ref=auctions#"target="_blank">catálogo AQUI</a>. O Leilão realiza-se, como habitual, na <strong><em>Calçada do Combro</em></strong>, 38 A - 1º, Lisboa. <br /><br />- <strong>CATÁLOGOS</strong> do Mês: a <a href="http://frenesilivros.blogspot.com/"target="_blank">Frenesi Loja</a> (<em>livros antigos, raros, esgotados, manuscritos</em>), convenientemente alojada na Internet, lançou um <strong><em>Catálogo</em></strong> especial com 795 peças bibliográficas, de muita estimação e a preços fora de crise, com descontos consideráveis. <a href="http://frenesilivros.blogspot.com/"target="_blank">Pedir AQUI</a>; saiu o <a href="http://www.jatellessylva.com/jats/frame.php?page=resbol&autor=&titulodesc=&nboletim=95"target="_blank">Boletim nº 120 da Livraria J. A. Telles Sylva</a>, como sempre irrepreensível para o amador de livros; a <strong><em>Livraria Castro e Silva</em></strong> apresenta o seu <a href="http://www.castroesilva.com/catalogos/cat131.pdf"target="_blank">131º Catálogo</a> com (680) peças muito estimados, seguramente de grande iluminação; a <strong><em>Livraria Moreira da Costa</em></strong> (<em>Porto</em>) lançou o seu <a href="http://www.moreiradacosta.com/"target="_blank">Boletim de Dezembro</a>, com um conjunto de peças bem curiosas. <br /><br />- [<strong>LÁ POR FORA</strong>] a <a href="http://www.ivres-de-livres.fr/#/librairie/3761307"target="_blank">Librairie Ivres de Livres</a> apresenta o catálogo do mês; é de seguir o curioso <strong><em>Leilão</em></strong> (dia <strong><em>20</em></strong>) da <a href="http://www.bibliorare.com/fp/cat-vent_drouot20-12-2011/HTML/index.html#/1/"target="_blank">Bibliothèque d’um Amateur</a> pela Baron Ribeyre & Associés (Paris). Catálogo <a href="http://www.bibliorare.com/fp/cat-vent_drouot20-12-2011/HTML/index.html#/1/"target="_blank">AQUI</a>; de novo recorremos a estimada <strong><em>Weiser Antiquarian Books</em></strong> e, naturalmente, ao seu autorizado quanto invulgar <a href="http://www.weiserantiquarian.com/catalogninetyfive/"target="_blank">95 º Catálogo</a> (online). <br /><br />- por último, os nossos curiosos ledores ao <strong><em>Vale de Coimbra</em></strong> têm o privilégio de assistir aos <strong><em>Natais do Torga</em></strong> pela <a href="http://www.bonifrates.com/"target="_blank">Bonifrates</a> (nossa casa paterna), nos próximos dias 20 (21,30 horas) e 22 (18,30 horas) na <a href="http://www.cm-coimbra.pt/cmmtorga/"target="_blank">Casa Museu Miguel Torga</a>. <strong><em>A não perder</em></strong>!massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-14956019812368618622011-12-09T19:55:00.003+00:002011-12-09T20:04:41.045+00:00DR. VALENTE AND MR. PULIDO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5NZrhqnYnCb-4Lvbtp1S4yv_RGxPRnK_PBaAWEsunYUlAHBUT_Pq7RyUgvn6vmm_FDMSMH3kIwBOGwayicKrKzo9YFiOFmT9FPh3AzMlx7oGA9wDFTA_UCrjjxpdnqfZWFTp7/s1600/vpp.jpg"target="_blank"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 132px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5NZrhqnYnCb-4Lvbtp1S4yv_RGxPRnK_PBaAWEsunYUlAHBUT_Pq7RyUgvn6vmm_FDMSMH3kIwBOGwayicKrKzo9YFiOFmT9FPh3AzMlx7oGA9wDFTA_UCrjjxpdnqfZWFTp7/s400/vpp.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5684219730346277282" /></a><br />“<em>e esta? Não era costume<br />personagem tão nobre entrar assim<br />quando a peça vai ainda no ensaio</em>” [<strong>M.C.V.</strong>] <br /><br /><strong>Vasco Pulido Valente</strong> (funcionário público), por caridade ao Estado que o amamenta e em concupiscência bem académica, <a href="http://jornal.publico.pt/#comente"target="_blank">planta</a> a sua conhecida boa-língua ao dono da paróquia – o varonil <strong>Passos Coelho</strong>. Que na moita de <strong>Mr. Pulido</strong> caiba - em absoluto - meio mundo, do híbrido <strong>Portas</strong> à <strong>Führer Merkel</strong>, passando pelo paisano <strong>Gaspar</strong> até ao bardo <strong>Álvaro</strong>, não incomoda nem é de espantar nesta exótica botica. O <strong><em>funcionário público</em></strong> é um sujeito (à cautela) esquecido, irrepreensível na oratória à voz do dono, esmerado nos confeites e nas ilusões das migalhas do poder e outras minudências. <strong>Vasco Pulido Valente</strong> (funcionário público) é, assim, juiz em causa própria. E não haverá sobressalto <strong><em>patriótico</em></strong> algum que o tire do seu doce remanso. <br /><br /><strong>Vasco Pulido Valente</strong> (ilustre historiador), por decência pessoal e amor às belas letras, afina as sua croniquetas nos <a href="http://jornal.publico.pt/"target="_blank">jornais</a> por diatribes palavrosas ao naufrágio histórico dos nossos egrégios avós. O conhecido <strong><em>historiador</em></strong> verbera & especula pranchas salvíficas enquanto escavaca (meticulosamente) os nossos sucessos inglórios, a nossa proverbial “<em>vil tristeza</em>” e a colossal “<em>habilidade indígena</em>”. O <strong>Dr. Valente</strong> (mito vivo da superstição “libaral”), à míngua da farpela universitária destes <em>dies irae</em>, em que pontificam <strong><em>alucinados merceeiros-contabilistas</em></strong>, numa assuada sem nenhuma argumentação credível, adscreve, num perfeito manual de civilidade, a desvirginação do casto <strong>Coelho</strong>, encomendando a sua viciada alma e o vulgar corpo a <strong><em>santa Merkel</em></strong>, a fim (como diria <strong>P. Louys</strong>) de o voltar a ser. A torrente “neolibaral” inspira sempre, por chateza pátria, um qualquer historiador.<br /><br />Temos, assim, na tribunícia anti-Estado, o <strong>dr. Valente</strong> e <strong>mr. Pulido</strong>, de olheiras pisadas pela velha República (à atenção do inefável contador de histórias <strong>Jorge Morais</strong>) e esbugalhado pela turgência do <strong><em>novo império alemão</em></strong>, a defender o pleito de <strong><em>Coelho & Portas</em></strong>, numa notável quanto desastrada facúndia. Nada de bipolar ali é esculpido, porque ao <strong>dr. Valente</strong> e <strong>mr. Pulido</strong> – que como se sabe, não é “capado politicamente” - após a sombra vem sempre a luz. O doce eflúvio está a florir. Esperemos, portanto, “<strong><em>sobre os dois seios de Trafalgar Square</em></strong>” [<strong>M.C.V.</strong>]. Disse!massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-9538518728082203442011-12-08T03:00:00.001+00:002011-12-08T03:03:48.470+00:00ANNIE ERIN CLARK - ST. VINCENT "STRANGE MERCY"<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ydS9mrzFodoIsXCS1dKaHi6tJFHzFF6ci-DDfYDk9i3WdxCfE0_a4mjAhMDbYRejgo9KBM_IY3MRVQABWtq5p3ayT1fMJIA1aOS8a8vsD1y2rMFSZAC-eHNT3IVYMgmtOD0Z/s1600/Annie_Erin_Clark.jpg"target="_blank"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 339px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_ydS9mrzFodoIsXCS1dKaHi6tJFHzFF6ci-DDfYDk9i3WdxCfE0_a4mjAhMDbYRejgo9KBM_IY3MRVQABWtq5p3ayT1fMJIA1aOS8a8vsD1y2rMFSZAC-eHNT3IVYMgmtOD0Z/s400/Annie_Erin_Clark.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5683582310353744626" /></a><br /><br /><iframe width="370" height="287" src="http://www.youtube.com/embed/rEFzHLJrouA?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><strong>"Strange Mercy" - St. Vincent</strong><br /><br />"<em>Oh little one I know you've been tired for a long, long time <br />And oh little one I ain't been around a little while <br />But when you see me, wait <br /><br />Oh little one your Hemingway jawline looks just like his <br />Our father in exile <br />For God only knows how many years <br />But when you see him, wait <br />Through double pain <br />I'll be with you lost boys <br />Sneaking out where the shivers won't find you ..."</em> [<a href="http://www.lyricsty.com/st-vincent-strange-mercy-lyrics.html"target="_blank">AQUI</a>] <br /><br /><strong>LOCAIS</strong>: <a href="http://www.myspace.com/stvincent"target="_blank">St. Vincent</a> / <a href="http://www.ilovestvincent.com/"target="_blank">St. Vincent</a> / <a href="http://www.cultseraridades.com/2011/09/st-vincent-strange-mercy.html"target="_blank">St. Vincent - "Strange Mercy"</a>massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-53976473057859785372011-12-06T23:58:00.002+00:002011-12-07T00:32:00.862+00:00O BIBLIÓFILO APRENDIZ<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggElrE25oQU0JJ5LvpdPyEmECHyhBjJupHHe1ZPP8OhGLsLCFMF1dRZVJz8eF8gXh-29SsZIpjkf58kLd7dQPYaUEhtuprSo0__XH3isCCgTaeJJFZ5B_G6xjzsSENXaARhbmg/s1600/borba_de_moraes.jpg"target="_blank"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 295px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggElrE25oQU0JJ5LvpdPyEmECHyhBjJupHHe1ZPP8OhGLsLCFMF1dRZVJz8eF8gXh-29SsZIpjkf58kLd7dQPYaUEhtuprSo0__XH3isCCgTaeJJFZ5B_G6xjzsSENXaARhbmg/s400/borba_de_moraes.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5683169249001530226" /></a><br /><strong>LIVRO</strong>: <a href="http://www.letralivre.com/catalogo/detalhes_produto.php?id=81561"target="_blank">O Bibliófilo Aprendiz</a> [c/ apresentação de <strong>Pedro Teixeira da Mota</strong>];<br /><strong>AUTOR</strong> – <a href="http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/235/236"target="_blank">Rubens Borba de Moraes</a>;<br /><strong>EDIÇÃO</strong> – <a href="http://www.letralivre.com/catalogo/detalhes_produto.php?id=81561"target="_blank">Livraria Letra Livre</a>.<br /><br />"<em>Só ontem pude iniciar a leitura, por outras sucessivamente adiada, de ‘<a href="http://books.google.pt/books?id=1Btb3cMMqFkC&lpg=PP1&hl=pt-PT&pg=PP1#v=onepage&q&f=false"target="_blank">O Bibliófilo Aprendiz</a>’, de <strong>Rubens Borba de Moraes</strong> (<a href="http://www.letralivre.com/catalogo/detalhes_produto.php?id=81561"target="_blank">edição Letra Livre</a>). Tratando-se, como bem avisa nota de capa, da ‘<strong>prosa de um coleccionador para ser lida por quem gosta de livros</strong>’, não me deixei intimidar pela circunstância de não ser coleccionador de obras raras, ainda que visitante episódico e pouco criterioso de alfarrabistas. Entro nos alfarrabistas como entro nas igrejas vazias, para sentir a atmosfera, namorar e folhear, e quando calha, comprar livros que, naquele momento, me possam seduzir. Não tenho um plano, salvo se procuro alguma edição preciosa para apoio ao trabalho na rádio. Entrei, assim, neste livro, com um aprazimento desobrigado de quem apenas se rende à prosa fina e cativante de um homem de muito saber. Logo no prefácio, ele faz uma declaração de intenções: <br /><br />‘<strong>Falar de livros é a melhor das prosas</strong>’.<br /><br /><a href="http://www.cartacapital.com.br/cultura/a-serventia-dos-livros/"target="_blank">Rubens Borba de Moraes</a>, falecido em 1986, fundou e dirigiu bibliotecas, coleccionou e estudou livros antigos. A <strong>biblioteca de Borba de Moraes</strong>, tomada por um outro coleccionador [<a href="http://almocrevedaspetas.blogspot.com/2010/02/in-memoriam-jose-mindlin-1914-2008-je.html"target="_blank">José Mindlin</a>] brasileiro (que a juntou à sua já considerada uma das mais importantes da América Latina) foi doada à Universidade de São Paulo. Estou a lê-lo como se o escutasse falando de livros agora que, como ele escreve, ‘<strong>não se proseia mais à porta de livraria, não há mais café onde se possa conversar, não se vai mais à casa de um amigo dar uma prosa, com medo de perturbar o seu programa de televisão</strong>’. <br /><br />Ele escreve para bibliófilos e não me sinto excluído. Sigo o fio das suas histórias, como se ele folheasse para mim, proseando, o ‘<strong>Tratado único da Constituição Pestilencial de Pernambuco</strong>’, de João Ferreira da Rosa, impresso em Lisboa em 1694, o livro em que surge ‘a primeira observação, a descrição clara e inconfundível da febre amarela’, um livro raríssimo. Ou o primeiro livro sobre o Brasil escrito em português, ‘<a href="http://purl.pt/121"target="_blank">Historia da prouincia sa[n]cta Cruz a que vulgarme[n]te chamam Brasil</a>", impresso em Lisboa em 1576, escrito por Pêro de Magalhães Gândavo, do qual eram conhecidos sete exemplares em todo o mundo até que, em 1946, surgiu um oitavo que ele, <strong>Borba de Moraes</strong>, comprou para a <strong>Biblioteca Nacional do Rio</strong>.<br /><br />‘<strong>Coleccionar não é juntar livros (...) É o prazer em encontrar o exemplar desejado</strong>’, escreve ele. E mais: ‘<strong>O verdadeiro bibliófilo sabe o que compra</strong>’. Isso o distingue do mero comprador de livros. Ora eu, mero comprador de livros, que tantas vezes não soube o que comprava, vou continuar a mergulhar neste livro como se entrasse num lugar de culto. Como um bibliófilo aprendiz.</em>" [<strong>Fernando Alves</strong>, <em>in</em> programa <strong><em>SINAIS</em></strong>, <strong><em>TSF</em></strong> - sublinhados nossos]massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-6815546522829169682011-12-01T18:00:00.002+00:002011-12-01T18:04:54.754+00:00RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVZXBYckYuZOmA3E9RvAYBGrmupCfadAzKollsTSF0UbiirPTM15XaToaGtsDaOJoHE3IgXXkUfYw5ixAChdKPd1IuTp3DVXjw_Im3nL1I0Wt00lFDiNDkE1zEzy9KdJJ_bfo4cg/s1600/comedia_portugueza.gif"target="_blank"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 297px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVZXBYckYuZOmA3E9RvAYBGrmupCfadAzKollsTSF0UbiirPTM15XaToaGtsDaOJoHE3IgXXkUfYw5ixAChdKPd1IuTp3DVXjw_Im3nL1I0Wt00lFDiNDkE1zEzy9KdJJ_bfo4cg/s400/comedia_portugueza.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5681198280397286802" /></a><br />"<strong><em>Em 1640</em></strong><em>, uns bravos que não olhavam para os homens do país vizinho, positivamente como nós olhamos para as mulheres, tiveram a ideia de os despedir da sua longa visita de sessenta anos e, um dia, ao jantar, atiraram-lhes com os pratos à cara, voltaram a mesa de banquete e arremessaram-nos pelas portas e janelas.<br /><br />Este facto, que pode parecer, à primeira vista, de uma indelicadeza espantosa, tem todas as cores de uma bela acção, quando se pense que os portugueses entravam no banquete para servir à mesa, de onde os haviam tirado à força. <br /><br />Ora a luta pela vida é uma verdade incontestável e fatal; demais os hóspedes comiam como uns desalmados e os pobres criados limitavam-se a escorropichar os copos ou a engolir sorrateiramente alguma batata frita, no caminho da cozinha para a casa de jantar.<br /><br />Isto era triste, e como a paciência tem limites, um belo dia levantaram-lhes a manjedoura, como se costuma dizer, furaram uns, esfolaram outros, e esta coisa foi chamada a <strong>Restauração de Portugal</strong></em>”<br /><br /><em>in</em> <a href="http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/AComediaPortuguesa/AComediaPortuguesa.htm"target="_blank">A comedia portugueza: chronica semanal de costumes, casos, política, artes e letras</a>, 1 de Dezembro de 1888 [digitalizado <em>via</em> <a href="http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/Periodicos/AComediaPortuguesa/AComediaPortuguesa.htm"target="_blank">Hemeroteca Municipal de Lisboa</a>]<br /><br />via <a href="http://arepublicano.blogspot.com/"target="_blank">ALMANAQUE REPUBLICANO</a>massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-34999792199267792492011-11-19T23:50:00.003+00:002011-11-20T00:38:57.120+00:00BIBLIOTECA DE ANTÓNIO BARATA - LEILÃO DIAS 21 A 23 DE OUTUBRO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3NJ8GtLBSKGMn9WpYOu6zRG0ZCM86UD6Utu0O-32mBfacedOxHOe_ulLv1eOtVisTIq_gi4oIqgWCy5aej7rULRvevjkXdSKpfMa8h4uu73uO2DaVMqUIpfLD8h_WCSUuBZRE/s1600/ANTONIO_BARATA.jpg"target="_blank"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 269px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3NJ8GtLBSKGMn9WpYOu6zRG0ZCM86UD6Utu0O-32mBfacedOxHOe_ulLv1eOtVisTIq_gi4oIqgWCy5aej7rULRvevjkXdSKpfMa8h4uu73uO2DaVMqUIpfLD8h_WCSUuBZRE/s400/ANTONIO_BARATA.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5676863866277714098" /></a><br /><strong>LEILÃO</strong>: <strong><em>Biblioteca de António Barata e Outras Proveniências</em></strong>;<br /><strong>DIAS</strong> – <strong><em>21</em></strong>, <strong><em>22</em></strong> e <strong><em>23</em></strong> de Novembro (21 horas);<br /><strong>LOCAL</strong> – Palácio da Independência (Largo S. Domingos, 11, Rossio), Lisboa;<br /><strong>ORGANIZAÇÃO</strong> – <a href="http://www.livraria-olisipo.com/"target="_blank">José Vicente</a>, Leilões <br /><strong>CATÁLOGO</strong> – <a href="http://www.livraria-olisipo.com/catalogos.php"target="_blank">AQUI</a> <br /><br /><strong>José Vicente</strong> (<a href="http://www.livraria-olisipo.com/"target="_blank">Livraria Olisipo</a>) organiza um curioso <strong><em>Leilão de Livros, Pintura, Gravura, Desenho, Serigrafia e Fotografia</em></strong> nos próximos dias <strong><em>21</em></strong>,<strong><em> 22</em></strong> e <strong><em>23</em></strong> de Outubro (21 horas) no <strong><em>Palácio da Independência</em></strong> (ao Rossio, Lisboa). São 1513 peças bibliográficas de muita estimação. Parte delas eram pertença do "distinto" <strong><em>livreiro António Barata</em></strong>, fundador da mítica <strong><em>Livraria Barata</em></strong> (Av. De Roma) e que toda uma geração de bibliófilos ou simples amigos dos livros e da leitura muito bem conhece. <br /><br />Consultar <a href="http://www.livraria-olisipo.com/catalogos.php"target="_blank">AQUI o CATÁLOGO</a>.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht2-yGyxe3WqZi2K_Tcc2qv2d40QBi2ueXfqjWfbSzCm7pXk2iN5lGqZtZB_z0r_mo8Vy3EfELU_44WQGweT7nUsr4ftBLmNQaDZwe9l5tmfS-N6FeoGODlpx5R5xPLcy-KWi5/s1600/antonio_barata_1.jpg"target="_blank"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 259px; height: 350px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht2-yGyxe3WqZi2K_Tcc2qv2d40QBi2ueXfqjWfbSzCm7pXk2iN5lGqZtZB_z0r_mo8Vy3EfELU_44WQGweT7nUsr4ftBLmNQaDZwe9l5tmfS-N6FeoGODlpx5R5xPLcy-KWi5/s400/antonio_barata_1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5676866236228535298" /></a><br />"<strong>António Barata</strong> (1925-1983) <em>foi um distinto livreiro, fundador da <strong>Livraria Barata</strong>, na Avenida de Roma, em Lisboa. Dedicou mais de meio século de vida ao livro. Começou a actividade na pequena livraria e tabacaria, dando mais tarde lugar ao espaço ampliado que hoje conhecemos. A biblioteca, com escolha criteriosa é composta de livros de arte, descobrimentos, história, regionalismo, literatura e poesia, muitos em tiragens especiais acompanhados de desenhos ou serigrafias, de que destacamos a importante obra de André Malraux - Roi, Je T’Attends à Babylone, ilustrada com 14 pontas secas de Salvador Dali e assinada pelo autor, por Dali e pelo editor Skira, publicada em Genève, em 1973. Compreende ainda muitos livros de oferta, com as dedicatórias dos respectivos autores.</em><br /><br />Para melhor compreendermos esta figura da cultura portuguesa, seleccionamos algumas frases suas e de personalidades da cultura incluídas na obra - <strong><em>António Barata</em></strong> – <strong><em>Um perfil</em></strong><br /><br />'<em>...Da vária e intensa colaboração que Barata, a seu modo, deu à cultura portuguesa é supérfluo falar. Retenhamos apenas a anotação breve de que, na sua dedicação á actividade que exerceu, António Barata contribuiu para que nós, os escritores, pudéssemos existir…</em>' [<strong>Vergílio Ferreira</strong>]<br /><br />'...<em>Tal como o próprio livro que «só se abre se o alguém o abre», como escreveu João Cabral de Melo Neto, António Barata, no natural retraimento da sua personalidade, a ninguém desejava impor-se – e antes pacientemente aguardava que o «folheassem», que o consultassem, para só então entre mostrar todo o imenso tesouro da sua sensibilidade e da sua inteligência….</em>'. [<strong>David Mourão-Ferreira</strong>]<br /><br />Em <strong><em>1964</em></strong>, <strong>António Barata</strong> foi preso pela PIDE na sequência de imensas buscas à Livraria e á sua residência. Permaneceu um mês na cela 11 do Aljube.<br /><br />'<em>Estive preso, não por pertencer a algum movimento, como muita gente pensava, mas por causa dos livros.</em>'<br /><br />'<em>O fim do negócio é sempre o lucro, mas neste ramo, é um pouco diferente, a paixão já é uma quota parte desse lucro.</em>'<br /><br />Após a sua morte, a esposa <strong>D. Zélia Barata</strong> mandou proceder ao inventário da biblioteca. A empresa encarregada da catalogação, colocou no frontispício dois carimbos distintos: um com o nome de D. Zélia e outro com uma minúscula barata. Este último carimbo aparece também em algumas folhas do texto.<br /><br />Uma biblioteca que ficará disponível para ser ser disputada por bibliófilos, comerciantes e coleccionadores. Cumpre-se o círculo: Os livros são pertença da humanidade e pagamos para os ter durante um período da nossa vida"<br /><br /><strong>José F. Vicente</strong>, <em>in</em> <em><strong>Biblioteca de António Barata</strong> - nota introdutória ao <strong>Catálogo do Leilão da Biblioteca António Barata e Outras Proveniências</strong></em>massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-6076257743853207402011-10-23T23:55:00.001+01:002011-10-24T00:30:10.325+01:00VIVA BRASSENS!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCNk8EW4YeiUy0X9If0dtnGHHTCshGZe0P_RpaOSyaPJzsSVJ8TG8A8LA84DWzSLEZsNhnjwCy15ZYIVF3dCoJv1hGeDaV-2g1tF7P2W3T0Fndt-jDi0lPjqtC7Mlw6OCdXLQ0/s1600/georges_brassens.gif"target="_blank"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 199px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCNk8EW4YeiUy0X9If0dtnGHHTCshGZe0P_RpaOSyaPJzsSVJ8TG8A8LA84DWzSLEZsNhnjwCy15ZYIVF3dCoJv1hGeDaV-2g1tF7P2W3T0Fndt-jDi0lPjqtC7Mlw6OCdXLQ0/s400/georges_brassens.gif" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5666830905458852418" /></a><br /><br /><iframe width="370" height="281" src="http://www.youtube.com/embed/l4Q7urIVYAE" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br />"<em>Je veux dédier ce poème<br />A toutes les femmes qu'on aime<br />Pendant quelques instants secrets<br />A celles qu'on connait à peine<br />Qu'un destin différent entraîne<br />Et qu'on ne retrouve jamais ...</em>"<br /><br /><strong>GEORGES BRASSENS</strong> - <a href="http://letras.terra.com.br/brassens-georges/51294/"target="_blank">Les Passantes</a>massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-47904923485387286802011-10-23T01:02:00.004+01:002011-10-23T01:15:54.501+01:00O BELO E O MONSTRO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5IT-w0ciZCcNk_WhkiHhIESF5E78kAU6R13aYLSo1ifTSsnn1a97f4ii8PoavPEv3tsd-sXKeeYwopnoTWKU1XjKAE503a9l0p98n3oRXP0CkZmrDAJqKZgg2WkWGCI9VM8CE/s1600/c_verlinde.jpg"target="_blank"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 362px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5IT-w0ciZCcNk_WhkiHhIESF5E78kAU6R13aYLSo1ifTSsnn1a97f4ii8PoavPEv3tsd-sXKeeYwopnoTWKU1XjKAE503a9l0p98n3oRXP0CkZmrDAJqKZgg2WkWGCI9VM8CE/s400/c_verlinde.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5666472293203896690" /></a><br />"<em>Princeps legibus solutus</em>" <br /><br />Nesta insultuosa contenda sobre a "<strong><em>crise</em></strong>", onde o malabarismo verbal convida muitos gênios e tudólogos da felicidade económica - quase todos <em>ex</em> e actuais funcionários públicos (como o inefável <strong>Eduardo Catroga</strong> ou o funcionário público <strong>VPV</strong>) -, a perorar o amanhã que pronunciará a eficiência económica indígena (com <strong>Musgrave</strong>, claramente, alheio a essa douta actividade de afectação e estabilização de recursos) e a pensar os <strong><em>bens públicos</em></strong> e o nível da sua despesa (e como mediram o seu output? Oh! respeitáveis sábios) com atrevidos óculos "libarais", a nossa putativa remissão será sempre essa comédia ingénua (ou esse cavar de vida) de a tudo isso complacentemente assistirmos, <strong><em>provincianos</em></strong> que somos.<br /><br />O túmulo que nos espera, fruto desse <strong><em>fervor neoliberal</em></strong> talhado por um curioso grupelho provocatório & de ambição desmedida, cerra (de vez) a nossa incontornável falta de <strong><em>assombro cívico</em></strong>, de vigor para com o progresso e a evolução social e ornamenta a nossa frontaria duma colossal falta de liberdade e exercício cívico, liberdade essa que, aliás, nunca soubemos (ou quisemos) exercer. O <strong><em>cortejo fúnebre</em></strong> do rebanho dos eleitores da governação será (é, já!) colossal. <br /><br />O enxertado governo (ou agremiação de suicidas) que preside à paróquia age numa vaidade escouceante e <strong><em>total impunidade</em></strong>. Na sua singular agonia, a gerência da fazenda é, em modéstia e por piedosa falha de <em>verve</em> intelectual, administrada por duas figuras <strong><em>aventureiras</em></strong> e <strong><em>obscuras</em></strong>, ambas curveteadas a essa "<em>grande arte de viver</em>" (<strong>Cícero</strong>) da ortodoxa troika. <br /><br /><strong><em>Um</em></strong> tacteia a intimidade doméstica do país em <strong><em>sucessivas mentiras programadas</em></strong> (batendo copiosamente o eng. <strong>Sócrates</strong>) e, em messiânicos discursos (decerto, por modéstia profissional), julga-se o salvador da pátria, numa assombrosa e dissimulada impostura; <strong><em>o outro</em></strong>, o "idiota útil" – aquele que uma vez <strong><em>sublimou</em></strong> o espírito com a leitura de <strong>Marx</strong> –, enturvado no seu <strong><em>ódio ao Estado</em></strong> e ao <strong><em>funcionalismo público</em></strong>, representa o poder dos burocratas e do grupo de interesse neoliberais. Sem mácula, <strong><em>o belo</em></strong> "idiota útil" assume que a eficiência nos custos da austeridade são os que transportam menores "custos de peso-morto" no <strong><em>mercado político</em></strong> (e que levaria - sem rebuço - ao óptimo de <strong>Pareto</strong>), pelo que a <strong><em>eficiência</em></strong> e <strong><em>equidade</em></strong> das medidas tomadas contra a canalha do funcionalismo (essa corja!) estariam explicadas, mesmo se a lacrimosa advertência do economista <strong>Cavaco Silva</strong> (<strong><em>o monstro</em></strong>) o acosse. O <strong><em>belo</em></strong> "idiota útil", na sua <strong><em>mecânica racional</em></strong> e estouvada utilidade métrica da austeridade, poderá destruir o Estado, anestesiar os indígenas, sangrar o país e o que mais lhe aprouver na sua <strong><em>monomania ideológica</em></strong>, mas <strong><em>nunca</em></strong> vergará a liberdade individual de participar na <strong><em>res publica</em></strong> e de assim sermos, <strong><em>com dignidade</em></strong>, homens livres - <em>patiens quia aeternus</em>.massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-6613925677582576322011-10-21T19:50:00.001+01:002011-10-21T19:55:56.832+01:00LEILÃO DE LIVROS, MANUSCRITOS, FOTOGRAFIA, PINTURA, GRAVURA, DESENHO, ACÇÕES – 24 A 26 DE OUTUBRO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVQFL4ER44bSJnnyltsiD5-WtZBliE37gzoYWs4g5_L0OvYKVBazhdKxJLsTkAwn2yNnk7W2FTdAFnu5pVPQWjls7uKPXTM2VOmXYVSkuXtDl2xT77t-7NDBoKrz33pRjltew7/s1600/Jose_Vicente.jpg"target="_blank"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 261px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVQFL4ER44bSJnnyltsiD5-WtZBliE37gzoYWs4g5_L0OvYKVBazhdKxJLsTkAwn2yNnk7W2FTdAFnu5pVPQWjls7uKPXTM2VOmXYVSkuXtDl2xT77t-7NDBoKrz33pRjltew7/s400/Jose_Vicente.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5666016312976643266" /></a><br /><strong>LEILÃO</strong>: <strong><em>Livros, Manuscritos, Fotografia, Pintura, Gravura, Desenho, Acções</em></strong><br /><strong>DIAS</strong> – <strong><em>24</em></strong>, <strong><em>25</em></strong> e <strong><em>26</em></strong> de Outubro (21 horas);<br /><strong>LOCAL</strong> – Palácio da Independência (<em>Largo S. Domingos, 11, Rossio</em>), Lisboa;<br /><strong>ORGANIZAÇÃO</strong> – <strong><em>José Vicente</em></strong>, Leilões <br /><strong>CATÁLOGO</strong> – <a href="http://www.livraria-olisipo.com/catalogos.php"target="_blank">AQUI</a> <br /><br /><a href="http://www.livraria-olisipo.com/index.php"target="_blank">José Vicente</a>, estimado alfarrabista de Lisboa (<strong><em>Livraria Olisipo</em></strong>), organiza um interessante <strong><em>Leilão de Livros, Manuscritos, Fotografia</em></strong> & outras peças de grande valor, no próximo dia <em><strong>24</strong></em>, <strong><em>25</em></strong> e <strong><em>26</em></strong> de Outubro (21 horas) no Palácio da Independência (ao Rossio, Lisboa). São 1597 peças seleccionadas muito estimadas, valiosas e raras que são colocadas em praça e que os amantes dos livros (ou simples curiosos) podem <a href="http://www.livraria-olisipo.com/catalogos.php"target="_blank">AQUI</a> confirmar, via o seu esmerado catálogo.<br /><br /><strong>ALGUMAS REFERÊNCIAS</strong>: importante e valioso conjunto de <strong><em>Manuscritos</em></strong> (mais de 100 lotes, de assuntos variados, sendo de realçar as <strong><em>Pruebas</em></strong> de Nobleza e Hidalguia de D. Martin de Hondategui Urrutia, um <strong><em>Auto da Fé</em></strong> celebrado em Lisboa em 24 de Outubro de 1717, uma curiosa carta de <strong><em>Lyon de Castro</em></strong> convocando (mais uma) reunião conspirativa contra Salazar, autógrafos (67), <strong><em>Estatuto da Venerável Ordem Terceira</em></strong>, dois <strong><em>Diplomas Maçónicos</em></strong> proveniência do GOLU emitidos a Euclides Goulart da Costa, etc.) / um conjunto bem curioso de <strong><em>Acções e Títulos</em></strong> (sec. XIX e XX) / <strong><em>Pombalina</em></strong> (lote de leis interessante) / um conjunto apreciável de<strong><em> Desenhos, Gravuras e Serigrafias</em></strong> de distintos autores (Stuart Carvalhais, Cruzeiro Seixas, Francisco valença, Vieira da Silva, …) / lotes de <strong><em>Fotografias</em></strong> (de notáveis figuras nacionais) / a invulgar e rara peça de colecção de <strong>José Maria Bomtempo</strong>, Compendios de Matéria Medica …, 1814 / [revista] <strong><em>Almanaque</em></strong> (18 vols), <strong><em>Graal</em></strong> (IV vols), <strong><em>Litoral</em></strong> (VI numrs), <strong><em>Mundo Literário</em></strong> (53 numrs), <strong><em>Operação 1</em></strong> (do Jornal do Fundão) / <strong><em>Enciclopédia Tauromáquica Ilustrada</em></strong>, de J. Duarte de Almeida, 1962 & (do mesmo autor) a importane <strong><em>História da Tauromaquia</em></strong>, 1951, II vols / a raríssima <strong><em>Arte da Cavallaria de Gineta e Estardiota</em></strong> …, de A. Galvão d’Andrade, 1678 / A <strong><em>História Geral dos Jesuítas</em></strong> …., de Lino de Assunção / rara obra publicada em Londres, <strong><em>Authentica Memoirs Concerning the Portuguese Inquisition</em></strong> …, 1761 / a rara obra <strong><em>Mosteiro da Batalha</em></strong>, do Visconde de Condeixa, 1892 / A Chronica do descobrimento e Conquista da Guiné, de Azurara (1841) / peças bibliográficas de <strong>Camões</strong> (o raríssimo Lusíadas, Off. Vicente Alvarez, 1612 & outras edições do vate Camões), <strong>D. Duarte</strong> (Leal Conselheiro, 1854?), <strong>Francisco Sá de Miranda</strong>, <strong>José Agostinho de Macedo</strong>, Charles <strong>Darwin</strong> (Zoonomie, ou Lois de la Vie organique, IV vols), <strong>William Beckford</strong>, <strong>Duarte Nuno de Leão</strong>, Kircher (<strong><em>Sphinx Mystagoga</em></strong>, 1676, 2º ed.), <strong>Louis Ligier</strong> (notável peça), Bourgoing (<strong><em>Voyage du Duc du Chatelet, en Portugal</em></strong>, 2ª ed., II vols), <strong>Buffon</strong>, Chaumeton (<strong><em>Flore Medicale</em></strong>, 1814, VI vols), José <strong>Ferreira Borges</strong>, <strong>Capello e Ivens</strong>, J. <strong>Martins de Carvalho</strong> (de interesse maçónico) / os 16 vols da procurada <strong>Biblioteca de Instrução Profissional</strong> / os 18 notáveis opúsculos editados por <strong>Rómulo de Carvalho</strong> / o raro <strong><em>Órgão dos Bombeiros Voluntários Portugueses</em></strong>, Porto, 1889-92 / a admiravel, importante e muito rara <strong><em>Galeria Biographico-Contemporanea Luso-Brasileira</em></strong> (120 biografias, com respectiva fotografia, em III vols) / uma curiosa <strong><em>Camiliana</em></strong> (<em>registe-se as edições primitivas do Amor de Perdição, Bohemia de Espírito, Delictos da Mocidade, Echos Humoristicos do Minho, Maria da Fonte, Maria! não me mates que sou tua mãe, Mosayco e silva, Nostalgias, 8 opúsculos da Questão da Sebenta, O Regicida, A Sereia, Seroens de S. Miguel de Seide, etc.</em>) / Obras (edições primevas) de Agustina Bessa Luís, Alberto Pimentel, Alexandre O’Neill, <strong>Almada Negreiros</strong>, Ana Haterly / António Botto, António Feijó, António Ramos Rosa, Aquilino Ribeiro, <strong>Bocage</strong> (as Eróticas, publ. Bruxelas), <strong>Eça de Queiroz</strong> (importantes e raras peças), Eugénio de Castro (excelente acervo), <strong>Fernando Pessoa</strong> (vide a 2ª e muito rara ed. da Mensagem), Ferreira de Castro, Fiame H. P. Brandão, Garrett, Henrique Galvão, <strong>Herberto Helder</strong> (vide A Colher na Boca), José Cardoso Pires, José Régio, Mário Domingues (10 obras), Mário Henrique Leiria, Manuel de Lima, Melo e Castro, Miguel Torga, Natália Correia, <strong>Padre Manuel Bernardes</strong>, Raul Brandão, Reinaldo Ferreira (ou o Repórter X), <strong>Rocha Martins</strong> (curioso!), Rodrigues Miguéis, Rosalia de Castro, Ruy Belo, <strong>Ruy Cinatti</strong> (5 peças notáveis), Sophia Mello Breyner, Sttau Monteiro, Tomás da Fonseca, Vergílio Ferreira (Mudança, 1949), Vitorino Nemésio (8 peças ). <br /><br />Façam favor de consultar <a href="http://www.livraria-olisipo.com/catalogos.php"target="_blank">AQUI o Catálogo online</a>.massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-10185919842663098072011-10-20T01:00:00.001+01:002011-10-20T01:09:51.839+01:00OBRIGADO! PROFESSOR GOMES CANOTILHO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtxQsZjBAkSI6qNVGVavz1zmyPsmk8mxm8L7AtzAoBi_c70aKtMcr2LLB-CcxU33bsmZWbutisz5VXh8Nw9t402-ytgzLdHIYNacF0I8qpNKJBlIKsv5JjDDBwdBfHoT_uZbk1nA/s1600/gomes_canotilho.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 254px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtxQsZjBAkSI6qNVGVavz1zmyPsmk8mxm8L7AtzAoBi_c70aKtMcr2LLB-CcxU33bsmZWbutisz5VXh8Nw9t402-ytgzLdHIYNacF0I8qpNKJBlIKsv5JjDDBwdBfHoT_uZbk1nA/s400/gomes_canotilho.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5665356461173815490" /></a><br />Hoje [<em>dia 19 Outubro</em>] teve lugar, no auditório da Faculdade de Direito de Coimbra, a <a href="http://tv2.rtp.pt/noticias/index.php?t=Gomes-Canotilho-despede-se-de-50-anos-de-vida-academica.rtp&headline=20&visual=9&article=490331&tm=8"target="_blank">jubilação do professor doutor José Joaquim Gomes Canotilho</a>: uma vida académica de um "<em>vigor intelectual</em>" [<strong>Jónatas Machado</strong>] generoso e eloquente, de raro brilhantismo e sincera eloquência, um guardião da ideia de liberdade e um "<em>tribuno do direito e da justiça</em>" [<em>ibidem</em>], um pensador activo e livre, "<em>indiscutivelmente um aristocrata republicano da cultura e do talento</em>" [ibid.], um "<em>jurista completo</em>" [<em>ibid.</em>], um cidadão íntegro.<br /><br /><strong><em>Ao professor Gomes Canotilho o nosso Obrigado!</em></strong><br /><br />[na filosofia e na ética republicana] "<em>as principais temáticas estão condensadas nas obras dos 'maitre-penseurs' (...): republicanismo, humanismo cívico, comunitarismo, democracia deliberativa, Estado de Direito e democracia, inclusividade política e social, e republicanismo pós-nacional. Afinal, a República é passado e futuro</em>" [<strong>G.C.</strong> - ver <a href="http://www.ideiasconcertadas.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=946:coloquio-internacional-no-ambito-das-comemoracoes-do-centenario-da-republica-na-uc&catid=34:uc100rp"target="_blank">AQUI</a>]<br /><br />"<em>O núcleo essencial dos direitos sociais já realizado e efectivado através de medidas legislativas deve considerar-se constitucionalmente garantido, sendo inconstitucionais quaisquer medidas estaduais que, sem a criação de outros esquemas alternativos ou compensatórios, se traduzam na prática numa ‘anulação’, ‘revogação’ ou ‘aniquilação pura e simples desse núcleo essencial. A liberdade do legislador tem como limite o núcleo essencial já realizado</em>" [<strong>Gomes Canotilho</strong>]<br /><br />"É uma prova de humildade assumir que temos as mãos sujas" [e] "isso começa por nós" [<strong>G.C.</strong>]<br /><br />via <a href="http://arepublicano.blogspot.com/"target="_blank">Almanaque Republicano</a>massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-32491435671989566212011-10-18T11:30:00.000+01:002011-10-18T11:36:03.706+01:00PEDRO PASSOS COELHO - BEST OF 2010/2011<iframe width="370" height="281" src="http://www.youtube.com/embed/gNu5BBAdQec?rel=0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe><br /><br /><strong>PEDRO PASSOS COELHO - BEST OF 2010/2011</strong> [<em>via</em> <a href="http://aventar.eu/2011/10/13/pedro-passos-coelho-best-of-2010-2011/"target="_blank">Aventar</a>]<br /><br />"<strong><em>não dizemos hoje uma coisa e amanhã outra</em></strong>" / "Não basta austeridade e cortar… não se pode cortar cegamente" / "<strong><em>espero que este orçamento não traga mais impostos</em></strong>" / "espero como futuro primeiro-ministro, nunca dizer ao país ingenuamente, que nunca conhecemos a situação" / "<strong><em>passados 5 meses o governo limitou-se a aumentar os impostos. Foi o próprio governo que confessou a sua incapacidade ... sempre o caminho mais fácil</em></strong>" / "...que não matemos o doente com a cura" / "<strong><em>não basta austeridade e cortar ...</em></strong>" / "...o IVA não é para subir" / "<strong><em>o governo está a prometer alienar participações como quem quer vender os anéis para ir buscar dinheiro</em></strong>" / "e que representa sempre o mesmo esforço, de tratar os portugueses à bruta e dizer ... agora não há outra solução ... nós temos um défice muito grande e temos de o pagar" / "<strong><em>o Estado deve dar o exemplo. Não devemos aumentar os impostos ... o orçamento que foi apresentado na AR este ano (ahhh) de alguma maneira vai buscar a quem não pode fugir ... que é os funcionário públicos ... e portanto precisamos de um governo não-socialista em Portugal</em></strong>".massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-32997813494243377032011-10-17T23:00:00.001+01:002011-10-17T23:02:13.004+01:00O INTELIGENTE<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivL6DLqTPYFoyG6moM2Z1SNDZf9s4KySsqm4IemiGSGSEHOiOD5ZyKUJPAGaxMKjLPMf8RciSV1DoO7vY-KMhHLtxz81m_5LgsqquF9xzeDEVf0jrQauCgZJoPzAK9DWzk70m8/s1600/Luiz_Pacheco.jpg"target="_blank"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivL6DLqTPYFoyG6moM2Z1SNDZf9s4KySsqm4IemiGSGSEHOiOD5ZyKUJPAGaxMKjLPMf8RciSV1DoO7vY-KMhHLtxz81m_5LgsqquF9xzeDEVf0jrQauCgZJoPzAK9DWzk70m8/s400/Luiz_Pacheco.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5664583851980799090" /></a><br /><br />"O mais <strong><em>inteligente</em></strong> dos homens é, em douta opinião, aquele que se chama <strong><em>imbecil</em></strong> ao menos uma vez por mês, e hoje quem vai nisso? É reparar no que dizem, escrevem e fazem os nossos pluralistas duma figa.<br /><br />Noutros tempos, um <strong><em>imbecil</em></strong> compenetrava-se de que o era, até convinha. Na longa noite fascista (<em>oh, estes lugares-comuns são deliciosos</em>) era prudente. Agora, acabou-se! E baralharam tão bem as cartas, numa batota tão sabida e repetida, que um homem <strong><em>inteligente</em></strong> já não se distingue do imbecil. Estes tipos, pós 25 de Novembro, fizeram-no de propósito. <br /><br />Um <strong><em>imbecil</em></strong>, aliás não tem preço. Isto é, não vale nicles. Um traque sempre é qualquer coisa. E esta referência escatológica lembra-me que estou na hora de jantar..."<br /><br /><strong>Luiz Pacheco</strong>, <em>in Textos de Guerrilha</em>massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-85303824383888536902011-10-08T23:45:00.000+01:002011-10-09T00:32:41.368+01:00ALFABETO<iframe src="http://player.vimeo.com/video/29274467?title=0&byline=0&portrait=0" width="400" height="225" frameborder="0" webkitAllowFullScreen allowFullScreen></iframe><p><a href="http://vimeo.com/29274467">The Alphabet 2</a> from <a href="http://vimeo.com/n9v">n9ve</a> on <a href="http://vimeo.com">Vimeo</a>.</p>massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-39063682989535367092011-10-06T23:50:00.001+01:002011-10-07T00:28:16.866+01:00ORAÇÃO REPUBLICANA<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitE0bQY44VnCsMx7SFLroM98rv1aJ5GLd5bWVZ8f5nu-ppu5VBFuujow9cAcon4ZKpWgZqpbwkjYsbsIPZh2AU28_eeQiywzVY4WsCSkGfn5UFev_OuwpT8sxiKaOxLWZS9vHsBA/s1600/republicanossa.jpg"target="_blank"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 261px; height: 310px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitE0bQY44VnCsMx7SFLroM98rv1aJ5GLd5bWVZ8f5nu-ppu5VBFuujow9cAcon4ZKpWgZqpbwkjYsbsIPZh2AU28_eeQiywzVY4WsCSkGfn5UFev_OuwpT8sxiKaOxLWZS9vHsBA/s400/republicanossa.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660520603529432946" /></a><br />"<em>Mãe Nossa, que estais na Terra, bem abençoada seja a Vossa face, venha a todos nós a Justiça, a Igualdade sem demagogia, o sentirmo-nos gente entre gentes, capazes de fruir da Felicidade que o nosso Trabalho for capaz de conquistar, e seja feita a nossa vontade, nós que somos Obreiros do Tempo e da Charrua, da Pena e do Escopro, da Enxada e da Espátula, do Músculo e da Palavra. O Pão nosso de cada dia haveremos de o conquistar, contra o devorismo e a desmedida ambição, contra a manipulação e o Privilégio. Nós, que somos gente comum, sem deixarmos de ser Gente de suma importância nos caminhos do Futuro, nós que temos a universal certeza de que em nós reside o pão e a sopa quotidiana, o saciar da fome e a vingança da Iniquidade, nós, gente comum entre seres humanos vulgares, nós que somos a gota de água no deserto, o grão de trigo na Terra Inóspita do Sem Fim, nós que temos na palma da nossa mão o querer de uma vida mais séria e melhor, nós aqui vimos, junto da ara da Humanidade, colados à responsabilidade da Nossa precária Humanidade, para te dizeremos, Irmão de todas as estações, que não desistiremos de fazer a Justiça, de fazer a Liberdade sem licença, de edificar a Res Publica sem corrupção, para que as Crianças possam nascer em Paz e para que o Sol nascente nos ilumine a todos, nós aqui declaramos o nosso AMEN, como charneira de Salvação, como Arca de Aliança para todo o Sempre. Amen !</em>"<br /><br /><strong>Amadeu Carvalho Homem</strong> [in <a href="http://livre-e-humano.blogspot.com/2011/10/oracao-republicana.html"target="_blank">blog Livre e Humano</a>] <br /><br /><em>via</em> <a href="http://arepublicano.blogspot.com/"target="_blank">Almanaque Republicano</a>massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5398877.post-47318358974881982832011-10-05T02:16:00.000+01:002011-10-05T02:18:29.870+01:00VIVA A REPÚBLICA!<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWTnwt8P4bmR0fEFTZZQRj_qoN-LXO0Vyg_xDl25LTQdrqnjMfNObNDOZsT9XWg0KrRPphuzzWU_WGHCnrN4VFDK5wSTsj70Fnz4Aw-ic72R0S8UXPrXbJsMGjklnQSWmVTMoNXw/s1600/republica_2011.jpg"target="_blank"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 234px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWTnwt8P4bmR0fEFTZZQRj_qoN-LXO0Vyg_xDl25LTQdrqnjMfNObNDOZsT9XWg0KrRPphuzzWU_WGHCnrN4VFDK5wSTsj70Fnz4Aw-ic72R0S8UXPrXbJsMGjklnQSWmVTMoNXw/s400/republica_2011.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5659787049136378050" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkfhlcxZge3lyfg6GF6rYnZyg8oGir5thR6zyVRdUnjxnfx4hjz_QveAUg-8rvfNuOvzj7Nl5C286yAxx9xSHSIfB6ti5xZ_-nVA9SNIEzZCTh1773r5UP1gkumBO5meB233YLSw/s1600/Republica-2011.jpg"target="_blank"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 233px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjkfhlcxZge3lyfg6GF6rYnZyg8oGir5thR6zyVRdUnjxnfx4hjz_QveAUg-8rvfNuOvzj7Nl5C286yAxx9xSHSIfB6ti5xZ_-nVA9SNIEzZCTh1773r5UP1gkumBO5meB233YLSw/s400/Republica-2011.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5659787160135642354" /></a><br /><br /><strong>VIVA O 5 DE OUTUBRO! VIVA A REPÚBLICA!</strong><br /><br /><object height="28" width="335"><param value="http://www.divshare.com/flash/audio_embed?data=YTo2OntzOjU6ImFwaUlkIjtzOjE6IjQiO3M6NjoiZmlsZUlkIjtzOjg6IjE1ODY4NDE0IjtzOjQ6ImNvZGUiO3M6MTI6IjE1ODY4NDE0LTBjZSI7czo2OiJ1c2VySWQiO3M6NjoiODg4ODcyIjtzOjEyOiJleHRlcm5hbENhbGwiO2k6MTtzOjQ6InRpbWUiO2k6MTMxNzc3MTk5Nzt9&autoplay=default" name="movie"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed wmode="transparent" height="28" width="335" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" src="http://www.divshare.com/flash/audio_embed?data=YTo2OntzOjU6ImFwaUlkIjtzOjE6IjQiO3M6NjoiZmlsZUlkIjtzOjg6IjE1ODY4NDE0IjtzOjQ6ImNvZGUiO3M6MTI6IjE1ODY4NDE0LTBjZSI7czo2OiJ1c2VySWQiO3M6NjoiODg4ODcyIjtzOjEyOiJleHRlcm5hbENhbGwiO2k6MTtzOjQ6InRpbWUiO2k6MTMxNzc3MTk5Nzt9&autoplay=default"></embed></object><br /><strong>FADOS DA REPÚBLICA - DESTRUIR A MONARQUIA</strong><br /><br /><object height="28" width="335"><param value="http://www.divshare.com/flash/audio_embed?data=YTo2OntzOjU6ImFwaUlkIjtzOjE6IjQiO3M6NjoiZmlsZUlkIjtzOjg6IjE1ODY4NDI2IjtzOjQ6ImNvZGUiO3M6MTI6IjE1ODY4NDI2LTc5NyI7czo2OiJ1c2VySWQiO3M6NjoiODg4ODcyIjtzOjEyOiJleHRlcm5hbENhbGwiO2k6MTtzOjQ6InRpbWUiO2k6MTMxNzc3MjA1Mjt9&autoplay=default" name="movie"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed wmode="transparent" height="28" width="335" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" src="http://www.divshare.com/flash/audio_embed?data=YTo2OntzOjU6ImFwaUlkIjtzOjE6IjQiO3M6NjoiZmlsZUlkIjtzOjg6IjE1ODY4NDI2IjtzOjQ6ImNvZGUiO3M6MTI6IjE1ODY4NDI2LTc5NyI7czo2OiJ1c2VySWQiO3M6NjoiODg4ODcyIjtzOjEyOiJleHRlcm5hbENhbGwiO2k6MTtzOjQ6InRpbWUiO2k6MTMxNzc3MjA1Mjt9&autoplay=default"></embed></object><br /><strong>VITORINO - FADO REPUBLICANO</strong><br /><br />"<em>Sou <strong>republicano e livre-pensador</strong> por um ditame de consciência ou, por outras palavras, por um mandamento de moral</em>" [<strong>Raul Proença</strong>]<br /><br /><em>"... para um verdadeiro democrata, não há apenas a <strong>liberdade</strong>, mas nada existe, como fim humano, superior à <strong>liberdade</strong>; nada se pode fazer só com a <strong>liberdade</strong>, mas nada de humano de pode fazer também, sem ou contra ela. Que ideias tão maneirinhas não tenham ainda penetrado na consciência republicana é o que nos pode explicar muita coisa (…) Numa palavra, somos em geral maus democratas porque somos maus pensadores; por outras palavras, porque pensamos falsamente. O maior serviço que se pode prestar, pois, a este país, é obrigá-lo a pensar justo. Obrigá-lo … significa aqui criar todas as condições para se criar uma nova mentalidade …</em>" [<strong>Raul Proença</strong>]<br /><br /><strong><em>VIVA A REPÚBLICA!</em></strong><br /><br />Saúde e Fraternidade <br /><br />via <a href="http://arepublicano.blogspot.com/"target="_blank">ALMANAQUE REPUBLICANO</a>massonhttp://www.blogger.com/profile/01817151143172151254noreply@blogger.com0