sexta-feira, 19 de outubro de 2007


João Camossa [1926-2007]

"João Carlos Camossa de Saldanha era advogado e uma figura pública de grande encantamento. De raiz "anarco-comunalista" porque gostava de ser "senhor de si mesmo", professava a dissidência espiritual ou não fosse possuído de vasta e copiosa memória cultural. Era monárquico mas dos que prezam a liberdade e a vida. Repudiou sempre aqueles que, comprometidos com o salazarismo e o fascismo, eram (são) situacionistas. E, por isso, ficou cada dia mais só, esquecido, incompreendido, maltratado ..."

[ler mais no Almanaque Republicano]

domingo, 14 de outubro de 2007


Fausto Correia

O saudoso café Trianon, sitiado à esquina da Nicolau Chanterenne na bela Coimbra, lugar consumido pelas insónias por tantos de nós, onde as impressões, as (in)confidências, os arrufos políticos ou literários, o gozo daqueles olhares que tudo prometiam antes da partida para as festividades noctívagas, a noite de Coimbra que tremula no tempo mas que teima em resistir na nossa memória, perdeu um dos seus (dos nossos) melhores amigos: Fausto Correia. Quem por lá passou nesses tempos de oiro, jamais esquecerá a figura serena, tolerante, de rara generosidade e desmedida bondade, como sempre será lembrado Fausto Correia.

O tributo e o preito de homenagem que a sua cidade, ontem, lhe prestou, dizem isso mesmo. Porque esta Coimbra estima sempre quem lhe quer bem. E o Fausto é exemplo iluminado dos melhores que a exaltaram.

Até sempre, Fausto!

sexta-feira, 5 de outubro de 2007


5 de Outubro de 1910 – uma evocação

"A Pátria é um princípio de solidariedade colectiva. A Pátria é uma religião" [Sampaio Bruno]

Sob o tempo dos 97 anos passados, o dia 5 de Outubro, como outros tantos que testemunham a nossa história, converteu-se em mera jornada de lazer e esquecimento, da qual muitos, ironicamente, desconhecem a causa próxima ou o seu fausto. Percorridos os anos à "sombra das almas", de melancolia em melancolia, e consumidos os dias sem qualquer devir nacional (material, cultural ou espiritual), o dia em que os "arautos da nova ideia" saíram à rua repousa silenciosamente em antigos, quanto iluminados, estandartes que a Saudade consagrou. Um mundo, assim, não findou, mesmo que se aceite, com F. Pessoa, que "portugueses, deixaram de haver". Um mundo, assim, é intemporal. A Demanda, sabe-se, é por vezes "sombra e nevoeiro".

O Almanaque Republicano, como é mister, associa-se a esse retorno à alta glória, de sonho tão puro, onde a nossa gente levantou "o esplendor de Portugal". E muitos foram.

Nos próximos dias daremos aqui, e como temos vindo a fazer, fé disso mesmo. A narrativa republicana, paixão antiga e sacra, será sempre entre nós uma "cantiga de amigo". Que não acaba nem começa. Vive, apenas!

[via Almanaque Republicano]

terça-feira, 2 de outubro de 2007


Biblioteca do Dr. Alfredo Ribeiro dos Santos

Conforme, aqui e aqui, dissemos a preciosa Biblioteca do Dr. Alfredo Ribeiro dos Santos, organizada com o cuidado extremo de Manuel Ferreira, vai a leilão na Junta de Freguesia do Bonfim (Campo 24 de Agosto, Porto) amanhã (dia 3) e segue até ao dia 11, do corrente mês, sempre pelas 21 horas.

Alguns periódicos e outros órgãos de informação deram a devida atenção à riqueza bibliográfica da biblioteca do Dr. Alfredo Ribeiro dos Santos. E, ao que nos sugerem, mais que um mero produto de luxo era, de facto, uma fonte e ferramenta de trabalho para o seu possuidor e outros estudiosos. O que marca, também, uma evidente diferença entre alguns dos nossos mais conhecidos bibliófilos.

Algumas referências na imprensa: Livros, jornais e revistas raríssimas de Alfredo Ribeiro dos Santos em leilão no Porto [RTP] / Louco por revistas [Luís Miguel Queirós, Público, P2, dia 2/10/2007] / Memórias inéditas. Leonardo Coimbra, um caso de arrebatamento [Ana Sofia Rosado, O Primeiro de Janeiro - notas de uma entevista ao dr. Alfredo Ribeiro dos Santos / Durante a reviravolta: uma família [continuação]

Foto: retirada do jornal Público, com a devida vénia

[em actualização]